Como fugir da alta do IOF nas viagens ao exterior?

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1 de fevereiro 2014

Desde o dia 28 de dezembro de 2013, subiu o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para compras realizadas com os cartões pré-pagos de viagem e os cheques de viagem (traveller checks) por brasileiros no exterior. Antes, o IOF para esses meios de pagamento era de 0,38%, agora passa a ser de 6,38%, o mesmo cobrado nos cartões de crédito.

Quem utilizava esse meio de pagamento, que é mais seguro do que quando o dinheiro é levado em espécie, deve fazer o que agora? Veja as dicas do Viajar é Simples.

Cartão de Crédito x Cartão pré-pago ou cheque de viagem

Esses meios de pagamento estão agora com o mesmo IOF. Por exemplo, se você comprar algo no exterior por US$ 10 e pagar com qualquer um desses cartões, no cartão será descontado US$ 10,638. Em uma quantidade pequena, parece irrisório, porém, imagine se gastar US$ 1.000? O valor debitado será de US$ 1063,80, ou seja, 63,80 só de imposto!

No cartão de crédito, você tem o crédito, talvez nem tenha o dinheiro no dia, mas quando a fatura vencer, o ideal é que tenha o valor para pagar. Porém, o valor do dólar só é calculado no dia que a sua fatura vence. Por exemplo, no dia que você fez a compra, o dólar poderia custar R$ 2,35, mas, no dia da fatura, pode ter subido e você, além do imposto de 6,38% ainda não tem segurança do quanto gastou em real.

No cartão pré-pego você precisa ter o dinheiro antes de usá-lo, porque uma compra só pode ser feita se tiver o valor dela no cartão, você não tem o crédito. Porém, quando você carrega o cartão pré-pago na moeda que deseja (por exemplo: dólar, euro, libra esterlina) você sabe quanto está pagando por aquela moeda, sem surpresas no futuro. Um exemplo, você carrega com US$ 100 pagando R$ 2,35 por dólar. Esse dinheiro já está no cartão na moeda escolhida, se durante sua viagem o valor da moeda aumentar ou diminuir em relação ao real, isso não influenciará seus gastos.

Resultado: o cartão de crédito te dá um limite de compras com prazo para pagar, porém, você não sabe o quanto irá pagar nas compras do exterior, fica refém do valor do dólar no dia do fechamento da fatura. O cartão pré-pago não te dá um limite de compras maior do que aquele que você teria no momento, mas também não há sustos dependendo da flutuação da moeda.

Dinheiro x Cartão pré-pago ou cheque de viagem

Hoje em dia, o modo mais econômico de gastar no exterior é usar dinheiro. Quando trocamos real por qualquer moeda estrangeira em um banco ou casa de câmbio no Brasil, pagamos IOF de 0,38 %. No crédito ou pré-pago, é de 6,38% esse IOF. Ainda que, na hora da compra, o câmbio para carregar o cartão pré-pago seja mais favorável, não cobre o aumento do IOF.

Porém, o dinheiro tem uma desvantagem, se você for roubado ou perder, não pode recuperá-lo (pelo menos não de maneira fácil). Já nos cartões pré-pagos ou no cheque de viagens disponíveis no Brasil, as empresas bloqueiam os meios de pagamento em caso de perda ou roubo e seu dinheiro é poupado. E, geralmente, elas mandam outro cartão ou cheque no local em que está com rapidez.

Resultado: A maneira mais econômica ainda é levar dinheiro vivo. Portanto, se quer economizar, leve mais dinheiro em espécie. Porém, não dispense o uso de um cartão pré-pago, porque ele é um método seguro e, em caso de necessidade, uma pessoa indicada no Brasil pode te fazer um depósito em dinheiro no cartão.

Antes da viagem

Tudo que puder ser pago no Brasil e em real, ajuda a economizar. Por exemplo, passagens aéreas, hotel, passeios, ingressos. Diversas agências de viagem comercializam ingressos dos mais diversos tipos e passeios no exterior. Se comprar antes, ao invés de pagar na moeda estrangeira, pagará em real, sem o imposto incluído.

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