Cruce Andino

Puerto Varas é ponto de partida do Cruce Andino no Chile - Crédito: Divulgação

Cruce Andino: rota de lagos e vulcões entre Chile e Argentina

por: Sylvia Barreto
1 de dezembro 2015

Montanhas, lagos e picos nevados que talvez a gente imagine que só exiseam na Europa ou na América do Norte. Mas cenário de cinema está logo ao lado do Brasil e pode ser apreciado em um roteiro lindo chamado Cruce Andino.

Paisagens impressionantes estão bem pertinho do Brasil, exatamente nos arredores das fronteiras dos nossos vizinhos Chile e Argentina. A rota chamada de Cruce Andino é explorada pelo turismo há mais de século e surgiu com os índios Huilliches há mais de 400 anos e, depois, ainda foi utilizada por jesuítas em suas missões.

Desde 1913 o trajeto virou produto turístico a partir da ideia de Ricardo Roth, que fundou a empresa também chamada de Cruce Andino e que faz a travessia diariamente levando centenas de pessoas a conhecer os belos lagos e montanhas entre Chile e Argentina. E, sabe quem foi um dos primeiros a percorrer esse antigo caminho indígena? O ex-presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt.

O turista pode iniciar a viagem em duas cidades: Bariloche (Argentina) ou Puerto Varas (Chile). Saindo de qualquer uma, o trajeto é o mesmo, só muda a ordem dele dependendo da cidade escolhida para partida.

O Viajar é Simples fez tanto a rota a partir de Puerto Varas como de Bariloche. A chegada foi pelo Chile. Quando feita por esse país, o mais fácil para o brasileiro é ir até Santiago e, de lá, pegar um voo para Puerto Montt e se hospedar em Puerto Varas, cheia de hotéis charmosos e local de início do trajeto pelo Chile. Pela Argentina, o acesso se dá com voo para Buenos Aires e de lá para Bariloche.

Puerto Varas foi construída ao redor do Lago Llanquihue,- Crédito: Sylvia Barreto

Como você ainda nem deve imaginar como fazer todo esse caminho entre um país e outro, vem com a gente para saber.

Puerto Varas: que comece a aventura do Cruce Andino

Vamos começar o nosso trajeto do Cruce Andino por Puerto Varas, Chile. A pequena cidade não tem aeroporto, é preciso desembarcar a meia hora de lá, em Puerto Montt, que não é tão charmosa e cheia de hotéis aconchegantes como sua vizinha. Mas Puerto Montt, além de concentrar os voos, é também conhecida pela atividade pesqueira, inclusive o salmão, competindo na produção mundial com destinos como Alasca e Noruega. Por isso, se você gosta do peixe, não deixe de prová-lo em um dos municípios da região, também dá para comprar as latinhas no supermercado e trazer para o Brasil.

Já em Puerto Varas, a paisagem não podia ser melhor. A cidade é construída ao redor do Lago Llanquihue, ao fundo, o vulcão Osorno completa o cenário. Para deixar o visual ainda mais charmoso, o local é de colonização alemã e tem diversas casas com arquitetura típica do país europeu. Dê uma volta pelas ruas e não irá se arrepender. Aprecie casas como a Gotschlich, que é bem tradicional e fica na esquina da Rua do Hospital com a San Javier e data do início do século passado.

Um ponto ícone da cidade é a igreja Sagrado Corazón de Jesús, construída entre 1915 e 1918. Ela fica no centro e de seu pátio dá para ter uma visão geral de Puerto Varas, inclusive do vulcão Osorno nos dias de céu claro.  Já a rua Del Salvador e seus arredores concentram as lojas, shopping e casas de câmbio do local. A Avenida Costanera acompanha o contorno do lago, vale uma caminhada para apreciar a vista ou um passeio de bicicleta, que é oferecida em muitos hotéis locais.

Conhecida também como Cidade das Rosas, pelas flores que enfeitam suas ruas, Puerto Varas não rende apenas um passeio diurno. A noite pode ser aproveitada para quem gosta de jogos.  O Dreams Casino de Puerto Varas, que fica dentro de um hotel, mas é aberto a todos. Ele foi o terceiro cassino do Chile, aberto em 1969. É grande e com diversas mesas de jogos, incluindo modernas máquinas de caça-níquel. Fica bem no centro da cidade na rua De Salvado, 21. Apesar de funcionar o dia todo e madrugada adentro, o melhor é mesmo ir à noite para aproveitar também os shows no local.

Arredores

Puerto Varas tem arredores privilegiados, por isso reserve pelo menos duas noites para se hospedar por lá. Ainda ao redor do lago Llanquihue, a pouco menos de 30 quilômetros de Puerto Varas, fica a pequena Frutillar. Também de colonização alemã e fundada no fim do século 19, ela é charmosa como sua vizinha e também tem vista para o vulcão Osorno.

A principal atração de Frutillar é o Teatro do Lago. Aberto em 2010, após 12 anos de construção, tem concertos, espetáculos artísticos e apresentação de óperas. Seu espaço principal acomoda 1178 pessoas e o anfiteatro tem capacidade para até 275 espectadores. É comum haver shows de grupos locais aos finais de semana. Os turistas também pode apenas fazer o tour guiado para conhecer as instalações, vale a pena, já que a arquitetura, por si só, é um espetáculo. As visitas ocorrem de segunda a domingo ao meio-dia, dura uma hora e custa US$ 10. A vista do lago é linda. O teatro fica na Avenida Philipp, 1000. O site é esse: www.teatrodellago.cl

Teatro do Lago, Frutillar – Crédito: Sylvia Barreto

Algo obrigatório antes ou depois de ir ao teatro é comer um tipo de torta alemã, a kuchen, em um lugarzinho chamado Kuchenladen. É um estabelecimento bem pequeno, com poucas mesas que fica na Avenida Philipp mesmo, mas no número 1155. As guloseimas são simplesmente deliciosas e de vários sabores, como chocolate, nozes e doce de leite. O estabelecimento abre de segunda a sábado das 10 às 20h30 e aos domingos das 11h00 às 20h00.

Seja em qualquer horário, compre um pedaço de kuchen, que, aliás, é bem grande, e vá comer em um dos bancos ao redor do lago. Depois, continue passeando pela rua, aprecie a arquitetura das casas e vá até o deck da cidade, a vista de lá, com o teatro ao fundo, é linda.

Fazer trekking na geleira do vulcão Osorno é uma das opções de passeio ao redor de Puerto Varas – Crédito: Divulgação

Se você não quiser ficar parado só olhando o vulcão Osorno  ou, diga-se de passagem, tentando vê-lo, já que nos dias nublados ele não aparece muito – vá até o próprio. Há excursões diárias para o local ou pode ir de carro se preferir, são apenas 60 quilômetros desde Puerto Varas até o vulcão de 2652 metros de altura, que fica dentro do Parque Nacional Vicente Pérez Rosales.

Dentre as atividades para fazer no local, o destaque é o trekking até a geleira. Acompanhados de um guia, os grupos sobem com teleférico até os 1700 metros de altura para começar a caminha de uma hora e meia até o começo da geleira que cobre o Osorno, com uma linda vista de outros vulcões, do lago Llanquihue e do rio Petrohué. É feito o trajeto com, no mínimo, duas pessoas. O valor é de 25.000 pesos chilenos, algo em torno de US$ 35 por turista.

Outra aventura bastante procurada no verão é a tirolesa de 1500 metros dividida em quatro partes. É possível comprar a atividade junto com os trechos de teleférico. Valores a partir de 15.000 pesos chilenos ou US$ 21. Torre de escalada, restaurante, mirante e loja de souvenirs também fazem parte do passeio.

Os pequenos destinos do Cruce Andino

Depois de conhecer Puerto Varas e as pequenas cidades dos arredores, é hora de partir rumo Bariloche pelo Cruce Andino. A empresa responsável pelo trajeto passa nos hotéis a partir das 08h00. A primeira parte da viagem é feita em ônibus até Petrohué e dura cerca de duas horas com uma parada no caminho.

Parada no Parque Nacional Vicente Pérez Rosales em Petrohué – Crédito: Sylvia Barreto

No meio do trajeto o ônibus para no Parque Nacional Vicente Pérez Rosales, o mesmo que fica o vulcão Osorno, porém, na entrada com enfoque nos lagos Llhanquihue e Todos os Santos. Eles são ligados por lindas cascatas, os Saltos de Petrohué, de águas cristalinas. Se o dia não estiver nublado, dá para ver o Calbuco ao longe. Depois da paradinha, hora de voltar para o transporte e seguir até Petrohué

No píer de Petrohué é hora de entrar em uma embarcação, a primeira do trajeto. Outras virão. A rota até a próxima parada, Peulla, dura 01h40 pelo Lago de Todos os Santos. A atração é mesmo a bela paisagem. Com um pouco de sorte e tempo bom, é possível ver os vulcões Osorno, Puntiagudo e o Cerro Tronador. Há, ainda, belas cachoeiras entre as montanhas que ficam nas margens do lago, como a Cascata Yefe com 120 metros de altura. Se der fome, há sanduíches e bebidas no barco, mas o preço é um pouco elevado.

Hora de mudar de país

Chegando a Peulla, é hora de embarcar em um ônibus. Nesse ponto, o viajante pode escolher se quer passar uma ou algumas noites no destino ou seguir viagem. É uma zona rural com criação de animais e belas paisagens. Há duas opções de hospedagem: Hotel Peulla ou Hotel Natura. Também há a possibilidade de apenas almoçar por ali.

É em Peulla que o viajante saí do Chile pela aduana, sem muitos trâmites, é bem rápido, Quem quiser ficar no povoado, tem várias excursões para adquirir. Dá para voar de helicóptero pelas sete geleiras ao redor do vulcão Tronador, fazer tirolesa, observação de pássaros, cavalgadas por bosques milenares, passear de barco ou fazer alguns trajetos de um tipo de Jeep, conhecido como “Jabali” pelas áreas mais reservadas. Se estiver cansado e quiser apenas relaxar, aproveite o sossego e se hóspede no Hotel Natura, bem rústico, aconchegante e com o morro Telhado em frente. Só não deixei de observar pelo caminho até Puerto Frias os 3554 metros do vulcão Tronador.

Entrada na Argentina durante trajeto de ônibus – Crédito: Sylvia Barreto

Vizinha argentina

O trajeto que separa Peulla de Puerto Frías leva cerca de duas horas. Ao entrar na parte argentina do roteiro, no marco entre os dois países, pode até haver neve nas épocas mais frias no ano. A aduana fica à beira do lago Félix Frías, no qual os viajantes irão navegar a bordo da embarcação Victoria del Sur por vinte minutos até a próxima parada: Puerto Alegre.

A parada em Puerto Alegre é rápida, é só o tempo de trocar de meio de transporte. Um pequeno ônibus leva os turistas por 03 quilômetros até Puerto Blest, onde o lago Frías se junta ao Nahuel Huapi. A vista ali, lagos de águas cristalinas e montanhas cobertas de vegetação, não poderia ser melhor.

Para apreciar e vista e a tranqüilidade de Puerto Blest  dá para almoçar ou se hospedar no hotel que leva o nome do povoado. Aberto no início de século passado, ele acaba de ser reformado e tem 15 charmosas suítes, além de uma bela piscina. As paredes das habitações levam frases famosas sobre a natureza exuberante da região. Uma viagem romântica? O lugar é perfeito para o tema.

Durante o Cruce Andino, um dos lagos do roteiro é o Félix Frías – Crédito: Sylvia Barreto

Belo Nahuel Huapi

Uma das últimas partes do Cruce Andino sentido Bariloche é feita pelo lago Nauel Huapi em um trajeto de uma hora de barco desde Puerto Blest. É mais uma oportunidade de aproveitar a bela paisagem ao redor se o sol estiver brilhando, reparar em cada pequena cascata que sai do topo das montanhas e vai encontrar o lago.

O trajeto será concluído de ônibus de Puerto Pañuelo até Bariloche, e, então, outra aventura começa na cidade que atraia centenas de brasileiros todos os anos que vão, principalmente, aproveitar pistas de esqui no inverno. Porém, nas outras estações do ano, a paisagem revela todo o esplendor da região

O que fazer em Bariloche?

Sem dúvida, não importa e época do ano, o que mais chama a atenção em Bariloche é a natureza exuberante. A cidade em si, parece uma Buenos Aires menor e poderia estar com prédios e hotéis melhores conservados. Porém, sofreu com cinzas de vulcões chilenos em algumas temporadas recentes de inverno e a ação turística diminuiu muito, o que talvez tenha dificultado os investimentos em conservação. Mas a beleza natural não precisa de filtro de smartphones, ela está ali, às margens do Nahuel Huapi e outros lagos e aos pés da Cordilheira dos Andes.

Para começar a conhecer a cidade em si, vá até o Centro Cívico, com construções históricas e em madeira e uma bela vista para o Nahuel Huapi. Aliás, as mesmas cinzas de vulcão que prejudicaram a atividade turística serviram para deixar os lagos de Bariloche com a cor de um esmeralda ainda mais intenso, dizem os argentinos do destino. Depois de apreciar a vista e ver algum cachorro da raça São Bernardo pronto para tirar foto por alguns pesos cobrados pelos donos, vá caminhar pela rua Mitre, a qual concentra o comércio da cidade, cheia de lojas de souvenirs, câmbio, roupas, acessórios e, claro, chocolates. A Rapa Nui, que fica na esquina com a Villegas, é ótima pedida para comprar doces, aceita pesos argentinos, reais e dólares com boas cotações. Ali perto também tem um McDonald´s, caso queria fazer uma refeição barata e rápida.

Centro Cívico de Bariloche – Crédito: Sylvia Barreto

Cerveja

Se você não dispensa uma “gelada” mesmo no inverno, Bariloche é seu destino ideal. Com pelo menos 15 cervejarias artesanais, algumas delas oferecem degustações aos visitantes, acompanhadas de petiscos. Como exemplo, a La Cruz, a Blest e a Cervecería Gilbert.

As fábricas de Bariloche produzem cerveja a partir de diferentes matérias-primas, como cevada, malte e lúpulo. Por lá, encontramos variedades mais elaboradas ou mais simples da bebida, incluindo as classes Stout, Ale, Porter, Bock e Pilsen, entre outras.

Se quiser sair à noite para tomar uma bebida feita na cidade, há duas ruas indicadas: a Neumeyer  e a Ada Maria Elflen. No número 30 da Neumeyer fica a Berlina Pueblo, um pub com bons pratos e deliciosas pizzas e, claro, diferentes tipos de cerveja da casa, a Berlina, com fábrica no destino. Na esquina da Neymeyer com a Ada fica o gastropub da Manush, premiada marca da região. Além das bebidas, não deixe de provar os petiscos e sobremesas.

Nos bares de cervejas produzidas em Bariloche, a gastronomia também se destaca – Crédito: Sylvia Barreto

Seguindo pela Ada Maria Elflen, no número 47 está a Cerveceria Antares. O menu é bem completo, desde saladas, cardápio infantil, tapas, pizzas, lanches e pratos. Para beber, além das tradicionais como Kolsch, não deixe de provar a Honey Beer. Na carta de cervejas ainda há indicação de qual tipo de prato harmonizar.

No número 90 da Ada Maria Elflen está a Bachmann. Com cozinha gourmet e nove tipos de cerveja, é o local ideal para apenas comer umas empanadas ou ter um jantar.

O básico

Para conhecer as belezas mais famosas de Bariloche, há dois circuitos que podem ser feitos em qualquer época do ano. O importante é que esteja um dia bonito, com o sol aparecendo, mesmo que com baixas temperaturas. Caso contrário, a visibilidade será um pouco prejudicada.

O Circuito Chico, como o nome diz, é um roteiro bem tradicional que começa no centro da cidade e segue pela parte sul do lago Nahuel Huapi. A 17 quilômetros do coração de Bariloche a parada é no Cerro Campanario. Dá para subir ao local de teleférico. Do seu cume a vista não podia ser melhor, é possível avistar os lagos Nahuel Huapi e Perito Moreno, a lagoa El Trébol, as penínsulas de San Pedro e Llao Llao, Isla Victoria, os cerros Otto, López, Goye, Bellavista, Catedral e Capilla. Além disso, há uma cafeteria na qual o visitante pode comer um delicioso bolo e apreciar a paisagem em ambiente com calefação. Acredite, se estiver frio, será quase indispensável fazer isso. O teleférico fica aberto das 09h00 às 17h300 e custa 140 pesos argentinos por adulto, algo em torno de US$ 10.

Do alto do Cerro Campanario é possível apreciar uma das vistas mais bonitas de Bariloche – Crédito: Divulgação

Ao todo, o Circuito Chico tem 50 quilômetros, seu completo é conhecer o histórico Hotel Llao Llao, casas de chá, o Parque Municipal Llao Llao, ideal para caminhadas. Outra parada é na capela Santo Eduardo, um ícone da região.

Quem tiver mais tempo em Bariloche, pode fazer o Circuito Grande pela estrada 237. O trajeto cruza o Arroyo Ñineco, os rios Ñirihuan e Limay, no limite das províncias de Rio Negro e Neuquén. Um dos pontos altos é o Valle Encantado, com várias figuras incrustadas nas pedras. Depois, é o momento de passar pelo lago Traful até a vila que leva o mesmo nome.Seguindo de El Portzuelo o caminho cruza com a rota 234, conhecida como a Rota dos Sete Lagos, que é seguida nesse trajeto pelo sul passando pelas margens dos lagos Espejo e  Correntoso até a charmosa Villa la Angostura, também com opções de esqui no inverno. A última passagem antes da volta à Bariloche é Bahía Manzano.

 

Para esquiar no inverno ou apenas ter uma vista bonita da cidade em qualquer época do ano, o ideal é conhecer os cerros Otto e Catedral. O Cerro Otto fica a apenas cinco quilômetros do centro da cidade. Da base, o turista acessa a confeitaria giratória do local com gôndolas panorâmicas para até quatro passageiros a uma altura de 1405 metros. Ela tem sua circunferência toda de vidro e oferece uma linda vista da região. Entre as ruas Mitre e Quaglia há tranporte gratuito ao local.

O Cerro Catedral é o maior centro de esqui da América do Sul e rodeado pelo Parque Nacional Nahuel Huapi. São mais de 50 pistas de esqui para todos os níveis de praticantes, desde os iniciantes até os avançados. Ao todo, são  120 quilômetros de pista, haja fôlego.  Há 40 meios de elevação, como teleféricos e outros. As crianças de três a 11 anos tem espaço e atividades especiais no Kids Club. Durante todo o ano o local oferece diversos tipos de tour e atividades fora da temporada de neve. São 19 quilômetros do centro da cidade até o local, é possível ir com uma agência de viagens, táxi ou até ônibus que saem das 07h00 às 20h00 a cada uma hora do terminal e passam pelo centro.

Cerro Catedral no inverno é o local ideal para quem quer praticar esportes de neve em Bariloche – Crédito: Divulgação

O Cruce Andino saindo de Bariloche

De Bariloche a Puerto Varas o Cruce Andino tem exatamente o mesmo trajeto. Porém, devemos destacar que no trajeto feito de barco de Puerto Pañuelo a Puerto Blest pelo lago Nahuel Huapi as gaivotas viram uma atração. Geralmente, esse trajeto na ida até Bariloche é feito à tarde. Porém, no sentindo Chile, ele é feito pela manhã. Os pássaros acompanham a embarcação durante quase todo o caminho e acabam pegando bolachas salgadas das mãos de quem oferece a elas, mas faça isso assim que aparecerem, no final, nenhum deles quer mais ser alimentado.

Durante o trajeto do Cruce Andino para Puerto Varas, os trâmites de entrada no Chile são feitos em Peulla. Os oficiais da aduana são bem rigorosos e revistam todas as malas, sem exceção, por isso, cuidado com alimentos frescos que comprar na Argentina, eles podem não entrar no Chile.

Se você irá fazer o Cruce Andino partindo do Chile ou da Argentina não importa. O essencial é fazê-lo, ficar quantos dias necessário em cada lugar e aproveitar as belas paisagens que ficam a apenas poucas horas de voo do Brasil.

Gaivotas viram atração no Lago Nahuel Huapi – Crédito: Sylvia Barreto

Serviço

Site oficiais

Corporación de Turismo y Cultura de Puerto Varas
www.puertovaras.org/

Portal Chileno de Turismo
http://chile.travel/pt-br/

Bariloche Quiero Estar Ahí
barilocheturismo.gob.ar

Quando ir

O Cruce Andino é feito durante todo o ano. Porém, nos meses de inverno é possível ver a paisagem com bastante neve e aproveitar os locais que oferecem pistas de esqui. Até outubro ainda há um pouco de neve no caminho. Nos meses da primavera e verão a paisagem muda completamente e é possível observar as cores exuberantes da flora.

Cascata Yefe no Lago de Todos os Santos no caminho de Petrohué a Peulla – Crédito: Sylvia Barreto

Cruce Andino

O Cruce Andino inclui todos os transportes desde Puerta Varas até Bariloche ou de Bariloche até Puerto Varas. Ele pode ser feito em um dia, total de 12 horas de trajeto, ou mais dias. A empresa se encarrega também do transporte da bagagem. O preço é de US$ 280 por pessoa na alta temporada e US$ 230 na baixa. Quem quiser adquirir a ida e a volta tem 50% de desconto na volta. Ou seja, se pagar US$ 280 na ida, a volta sairá por US$ 140 por pessoa, em um total de US$ 420. As reservas podem ser feitas pelo site. Não inclui hospedagem e refeições.
Informações: cruceandino.com

Excursões pelo trajeto

Turistour – A empresa fornece diversos passeios pelos destinos do Cruce Andino, mesmo para aqueles que não estão fazendo o roteiro, apenas passando pelas cidades do trajeto no Chile.
Informações: turistour.cl/tour/

Onde ficar

Puerto Varas

Hotel Cabaña del Lago
Com vista privilegiada para o vulcão Osorno e o lago Llanquihue, o hotel foi aberto em 1980 por uma família de origem alemã. Desde então, cresceu e passou por diversas reformas, mas sem perder seu charme e estilo rústico. São 157 quartos, sendo 32 cabanas do Club de Lago. Possui piscina aquecida e coberta no Spa, que também possui sauna e cinco salas de massagem, além de jacuzzi ao ar livre e com vista para o lago. Diárias a partir de US$ 65 para casal.
Informações: www.hotelcabanadellago.cl/

Vista dos quartos no hotel Cabaña del Lago em Puerto Varas – Crédito: Sylvia Barreto

Hotel Patagônico
Aberto em 2009, o hotel combina um ambiente sofisticado, mas totalmente integrado à paisagem de lagos e vulcões da região. Pelas paredes, poemas de Pablo Neruda e outros autores chilenos deixam os espaços ainda mais charmosos. São 91 suítes divididas em diferentes categorias. Tem piscina ao ar livre e outra aquecida dentro do Spa Kalul, o qual também possui jacuzzi. Pacote de duas noites para temporada baixa a partir de US$ 406 o casal.
Informações: hotelpatagonico.cl

Bariloche

Hotel Edelweiss
Em uma das principais avenidas do centro de Bariloche, fica o tradicional hotel Edelweiss. Passou por reforma recente e oferece quartos de seis categorias. Os andares mais altos têm uma linda vista das montanhas e do lago Nahuel Huapi. Tem restaurante que serve café da manhã e demais refeições, além de academia e piscina aquecida. Diárias a partir de US$ 169 por casal
Informações: www.edelweiss.com.ar/

Lirolay Suites
Ideal para viagens românticas, o Liroraly Suites. Sua estrutura é feita de madeira e pedras da região e todos os quartos têm vista para o lago Nahuel Huapi. São seis tipos de suítes, todas com jacuzzi e muito aconchego. O spa é bem completo, oferece tratamentos estéticos e relaxantes. Diárias para casal a partir de US$ 124.
Informações: http://www.lirolaysuites.com/

*A repórter viajou a convite da empresa Cruce Andino

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