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Desbrave o Alasca com o navio Norwegian Jewel

Pela primeira vez em dias de viagem o navio inteiro fica em silêncio. Quando a beleza da natureza se impõe até as crianças se calam. A embarcação começa sua entrada no fiorde Tracy Arms em direção às geleiras Sawyer. São quase duas horas de trajeto, montanhas cobertas de vegetação bem verde e recortadas por quedas de águas vindas dos picos nevados contrastam com os blocos de gelo despedaçados. Esse é um dos pontos mais emocionantes do cruzeiro de sete noites pelo Alasca do Norwegian Jewel.

De maio a setembro, fim de primavera e verão no hemisfério norte, navios partem de diversos pontos rumo ao Alasca. A cidade da qual saem mais embarcações para o destino é Seattle, em Washington, Estados Unidos. Só este ano, são 11 embarcações que deixam o local para fazer o roteiro. Dentre todos esses navios, os da Norwegian Cruise Line (NCL), o Pearl e o Jewel em 2015, se destacam na paisagem cinzenta de Seattle. Com seus cascos pintados de cores vibrantes, eles são logo notados parados em um dos dois píeres.

Foi em um desses navios, o Norwegian Jewel, que o Viajar é Simples embarcou em maio deste ano para conhecer um pedacinho do Alasca. Um cruzeiro de sete noites parando em três cidades do extremo sul do Estado – território chamado de Inside Passage – são elas: Ketchikan, Juneau e Skagway. O Canadá, que está ali ao lado, não ficou de fora do roteiro, tem um dia de parada em Victoria.

Planejar uma viagem para o Alasca ainda pode parecer uma aventura distante para muitos brasileiros. Mas, fazer um cruzeiro é um modo confortável de conhecer esse destino que pode assustar por sua fama de ter baixas temperaturas. No verão não é assim, no extremo sul o clima é bem agradável nessa época do ano.

Agora, prepare-se para embarcar e saber cada detalhe de todas as paradas desse roteiro e do Navio Norwegian Jewel.

O passo-a-passo da chegada ao embarque em Seattle

O embarque começa a partir do meio-dia. Seattle tem dois píeres de embarque, o 66 e o 91. Os navios Norwegian Jewel e Pearl, que fazem a temporada de Alasca em 2015, saem do 66 (Alaskan Way, 2225). Para chegar lá desde o aeroporto é possível pegar o Link Light Rail, descer nas estações University ou Westlake e tomar um táxi. A corrida dá cerca de US$ 10, não muito mais que isso.

Chegando ao porto, deixe suas malas e informe o número de sua cabine. Peça para seu agente de viagem fazer seu check in com antecedência ou faça no My NCL, que é o portal do passageiro da companhia na internet, com todas as informações do seu cruzeiro.

A fila do embarque costuma ser um pouco extensa. Quando entregar seus papéis de check in será exigido um cartão de crédito internacional para despesas. Se não quiser pagar no cartão, quando entrar no navio, faça depósitos em dólar. Pelo aplicativo da Norwegian iConcierge para Android e IOS você consegue controlar como está sua conta. Sugiro depositar pequenas quantias de dinheiro se optar por essa opção, caso sobre, é um pouco burocrático o reembolso.

Feito o check in, você entra no navio. Para os brasileiros em cruzeiro pelo Alasca é muito importante que, além do visto dos Estados Unidos, tenha o visto canadense, o qual explicamos como ser requisitado aqui. No caso do Norwegian Jewel, além de parar em uma cidade do Canadá, ainda há passeios no próprio Alasca que ultrapassam a fronteira com o país vizinho. Por isso, no momento do check in seus dois vistos serão requisitados.

Provavelmente, quando embarcar você estará morrendo de fome. Não se preocupe. A área da piscina vira uma grande festa com direito até a churrasco. Mesmo com o friozinho que geralmente faz em Seattle, os hóspedes chegam até a pular na água, que são aquecidas, claro. Nesse momento, é capaz de você esquecer que está indo para o Alasca e pensar que seu destino é o Caribe. Aproveite, há um dia inteiro no mar antes de seu primeiro porto de parada.

Primeira parada: Ketchikan

Abrir os olhos de manhã e ver as belas montanhas verdinhas do Alasca e toda sua natureza exuberante é sinal de que você está chegando à cidade mais ao sul do Estado, Ketchikan. O destino recebe o Norwegian Jewel com a neblina das primeiras horas do dia, apesar do sol ter nascido às quatro da manhã. Por ali, nos meses mais quentes anoitece às 22h00 e amanhece na madrugada. Com o avanço do relógio, o tempo vai abrindo aos poucos e a paisagem fica cada vez mais nítida e linda.

Ketchikan é uma cidade pequena. Tem 14 mil habitantes. O porto fica bem no centro dela, com seus prédios de madeira e vegetação ao redor. Nesse momento, nem parece que você está nos Estados Unidos. As redes de fast food não chegaram ali, ao invés disso, restaurantes com os melhores frutos do mar e peixes do Alasca, tudo fresquinho. Lojas de departamento? Não mesmo. Mas prepare-se para encontrar muitos comércios vendendo joias com diamantes e outras pedras preciosas, a mineração no Estado é bem forte. Também não se assuste ao se deparar com casacos de pele totalmente verdadeiros e caríssimos, isso é normal por lá. Em todas as cidades que o Norwegian Jewel para irá encontrar, basicamente, os mesmos tipos de produtos.

Se a área urbana da cidade é pequena, o espaço que só a natureza ocupa é muitas vezes maior. Ketchikan está na Tongass National Forest, a maior floresta dos Estados Unidos, com quase 70.000 km² e que abrange outros municípios do Alasca. Ela tem geleiras e fiordes, além de ser casa de animais como o salmão, ursos marrons e pretos e a águia símbolo dos Estados Unidos, a bald eagle.  Para emoldurar tudo isso, montanhas com cerca de 1.000 metros de altura.

Passeios

O Norwegian Jewel oferece passeios em todas as suas paradas, assim como outros navios da companhia. Se no Brasil compensa, algumas vezes, fechar os tours com agência locais ao invés da companhia de cruzeiro, no Alasca os valores não variam. Para aproveitar toda a exuberância de Ketchikan, há diversas opções, mais de 30, na verdade, entre céu, terra e mar.

Uma popular excursão é a The Bering Sea Crab Fishermen´s Tour. A cidade tem toda uma tradição de pesca, já que e a capital mundial do salmão e foi fundada por conta dessa atividade. Muito comum por ali também é a pesca do king crab, um caranguejo gigante que vive nas águas geladas no Alasca. Esse é um passeio de pouco mais de três horas no barco Aleutian Ballad, o qual já participou de um episódio do programa Pesca Mortal do Discovery Channel´s.

O Aleutian Ballad faz sua saída bem pertinho do porto, do navio até ele é só ir andando. O valor do passeio é de US$ 189,99 para adultos e US$ 119,99 para crianças. Navegando pelas águas do Alasca, os pescadores contam suas aventuras pelo Mar de Bering e mostram os animais mais capturados por ali. Por último, a estrela, o king crab. Se nos outros animais é possível tocar e até tirar fotos juntos, com esse não é possível por que suas unhas pontudas podem machucar.

Não vá pensando em ver apenas o king crab nesse passeio. Como o Aleutian Ballad navega por águas nas quais é comum a observação de baleias, fique atento porque pode encontrar alguma pelo caminho. Com certeza, ao navegar ao redor de Annette Island muitas águias símbolo dos EUA vão te saudar. Os pescadores já sabem o local que elas ficam e jogam peixes para atraí-las. É uma verdade (e emocionante!) revoada ao redor do barco.

Para quem quer conhecer a área florestal de Ketchikan de outras maneiras, há opções de passeio de canoa, veículos 4×4, caiaque e caminhadas. Pelo ar, é comum o uso de hidroaviões, os quais sobrevoam geleiras e fiordes. Pelo centrinho da cidade e arredores também são oferecidas algumas atrações. Uma curtinha é o Great Alaskan Lumberjack Show. É uma apresentação de pouco mais de uma hora na qual lenhadores, algo muito comum no Alasca, mostram suas habilidades. Custa US$ 35,99 e US$ 17,99 para adultos. E que tal andar em um veículo anfíbio que pode desbravar terra e água, algo entre um ônibus e um barco? É o chamado Duck. Os tours passam pelas ruas históricas de Ketchikan e pelos arredores do porto. Custa US$ 42,99 para adultos e US$ 25,99 para crianças com o Norwegian Jewel.

Para encerrar sua visita à cidade, almoce por lá. Tudo bem que as refeições são inclusas no navio, mas você não pode deixar de experimentar umas patinhas de caranguejo, algo com salmão, mesmo que seja um sanduíche, ou o fish and chips feito com linguado (halibut). Dois lugares bem legais para comer são: Crab Cracker Seafood Bar (Salmon Landing Market 5) ou o Alaska Fish House   (3 Salmon Landing), um de frente para o outro. Uma refeição em cada um dos dois custa por volta de US$ 20.

Segunda parada: a capital, Juneau

Com um belo e pequeno centro histórico rodeado pelo mar, Juneau pode não parecer por sua simplicidade, mas é a capital do Alasca. Não é a mais populosa do Estado, com apenas 32.000, esse título pertence a Anchorage, mais ao norte.  Mas ao chegar em Juneau pouco importa se ela é capital ou tem relativamente pouca gente morando lá, o mais importante é que a cidade é a casa da geleira Mendenhall e imensos campos de gelo.

Não pense que só porque Juneau parece ser o paraíso do gelo no sul do Alasca lá faz muito frio no verão. Nada disso, na cidade em si, rodeada por árvores verdinhas, a temperatura é bem agradável, chega a passar dos 20ºC.  A geleira fica a cerca de 20 quilômetros do centro da cidade e apenas se for até lá vai começar a esfriar.

Passeios

A lista de passeios interessantes em Juneau é imensa. Só o Norwegian Jewel oferece 40 opções. Tem observação de baleias ou ursos, passeios pela geleira, churrasco de salmão no campo, pesca ou voos e caminhadas pelas florestas.

Diante de tanta coisa legal para fazer em apenas um dia de parada do navio, qual escolher? A reportagem do Viajar é Simples optou por um voo de helicóptero até a geleira Mendenhall com direito a parada e caminhada no topo dela! A aventura começa já no porto. Um ônibus da empresa que faz o passeio, a Temsco Helicopters, pega os passageiros e leva para a base deles que fica a poucos quilômetros do local de parada dos navios.

Uma vez na sede da empresa, os turistas ganham botas especiais para caminhar na neve. Elas são usadas por cima do calçado regular mesmo. As roupas devem ser apropriadas para enfrentar o frio no topo da geleira, vá, se possível, com roupa de esqui, peças térmicas e gorros, a Temsco só oferece mesmo as botas.

Nos helicópteros vão, geralmente, quatro passageiros e o piloto. Ao levantar voo, a paisagem começa a se desenhar, lagos, o mar e vegetação bem verde. A proximidade da geleira muda o cenário, o verde dá lugar ao branco da neve e, em poucos minutos, você só vê um deserto de gelo pontilhado do azul intenso da água ainda líquida por ali.

O helicóptero, então, para na geleira e é hora de descer. Mesmo com as botas, é um pouco escorregadio. Mas a beleza do lugar é tão grande que você vai querer correr por cada pedaço dele. Um guia espera os grupos e conta um pouco sobre a geleira. Todos são levados até caminhos de água cristalina, pura e, claro, muito gelada, dá para parar e beber um pouquinho. A alegria no meio da neve dura pouco, cerca de meia hora, logo é hora de voltar para a base.

O valor? US$ 299,99. Cuidado, se pesar mais de 114 quilos a empresa cobra mais US$ 100. Quem pesa mais que essa quantia pode ocupar o lugar de dois passageiros já que o helicóptero tem limite de peso. Sendo assim, para a empresa não ter prejuízo, essa taxa foi colocada.  Apesar do preço, é um passeio imperdível e deve ser feito se possível. A sensação de estar em cima de uma geleira no Alasca é única.

Outra boa opção de passeio em Juneau é a observação de baleias. Há tours de vários tipos, duração e preços oferecidos pelo Norwegian Jewel e todos têm garantia de devolução de US$ 100 caso os animais não sejam vistos.

Terceira parada: Skagway e a corrida pelo ouro

Sinta-se no Velho Oeste em pleno século XXI e no meio do Alasca. Skagway parece uma daquelas cidades saídas de um filme. São casinhas coloridas de madeira, um verdadeiro saloon (como aqueles cabarés antigos), ruas tranqüilas e nem 1.000 moradores por ali. Apesar do tamanho, tem um Starbucks pelo centrinho.

Skagway nasceu por conta da corrida do ouro no Alasca lá pelos idos de 1900. Por conta da ânsia pelo metal precioso a ser explorado na região de Klondike, fizeram a linha de trem que vai de Skagway até Carcross, já no Canadá, chamada de White Pass & Yukon Rail Road. Yukon é um Estado canadense que faz fronteira com o Alasca.

Passeios

A maioria dos passeios em Skagway gira em torno da história do ouro na região. São várias as maneiras de conhecer os belos caminhos que percorriam os mineradores no início do século passado. A mais famosa delas é o passeio de trem pela ferrovia White Pass & Yukon Railroad. Ela já mais extensa, porém, a parte hoje utilizada para o turismo é de apenas 110 quilômetros.

O Norwegian Jewel oferece diversos passeios pela ferrovia, combinados até com volta em outro tipo de veículo. Essas excursões começam nos US$ 129,99 para adultos e US$ 59,99 para crianças. E o que tanto atrai os turistas por essa rota? Talvez sejam as imensas montanhas cobertas de neve, ou os belos lagos cor de esmeralda ou, até, um deserto, o Carcross Desert, bem no meio das montanhas com picos nevados.

A mesma rota que faz o trem pode ser percorrida em outros veículos. O navio oferece excursões em micro-ônibus e em carros 4×4. A rodovia chamada de Klondike reserva as mesmas belas paisagens da ferrovia com o conforto de poder parar a cada cenário para tirar uma foto ou, quem sabe, beber água de uma fonte pura.

Em Skagway, os brasileiros que escolherem pelos passeios que passam pelo território de Yukon devem estar com o visto de turista do Canadá em dia. E, uma dica, não deixe de atravessar a fronteira, seja de carro ou de trem, o passeio tem paisagens que nunca mais irão sair de sua memória.

Quarta parada: histórica Victoria

Depois de deixar o Alasca, o Norwegian Jewel passa um dia navegando e faz sua quarta parada na cidade canadense de Victoria, capital do Estado de British Columbia. O destino é um luxo com seus prédios históricos construídos, principalmente, entre 1850 e 1920. Andar pelas ruas bem divididas de Victoria é quase como fazer um passeio no passado.

Além da beleza arquitetônica, a cidade é naturalmente bonita. Localizada ao sul da ilha de Vancouver, ela é recortada por baías, algo que proporciona belos tours por suas águas.

Passeios

O Norwegian Jewel chega no meio da tarde em Victoria. Como muitos museus e atrações fecham cedo, por volta das 18h00, não dá para escolher várias atividades culturais, é uma ou outra. O embarque é feito à noite, às 21h00, então dá para curtir outras delícias do destino mais tarde.

Apesar do Norwegian Jewel oferecer cerca de dez excursões por Victoria, desde que você não queira ir às atrações fora dos limites urbanos da cidade, pode montar seu roteiro sozinho. Na descida do porto é preciso pegar um transfer até o centro, que é pago separadamente, ida e volta custam 11 dólares canadenses (coisa de US$ 10). Esse ônibus tem um ponto de parada que fica na Government Street.

Pelo centro, pode caminhar por Inner Harbour, apreciar os prédios históricos do Parlamento e do hotel Fairmont Empress, que data de 1908. Em frente ao hotel, descendo para a marina, há um estande de vendas do Victoria Harbour Ferry, que oferece passeios de pequenas embarcações por toda a baía. Há diversos trajetos, eles custam, em média, US$ 25. Um dos mais procurados e ideais para fazer em um fim de tarde é o que vai até Fisherman´s Wharf. O local é uma delícia, cheio de lojinhas, quiosques e restaurantes, sendo que a maioria deles prepara gostosos fish and chips. Além disso, os residentes por ali são bem especiais, lindas focas habitam o lugar.

Victoria também é um local para fazer observação de baleias. Se você não teve tempo de fazer no Alasca, essa pode ser sua chance. Pelo menos dez empresas fazem expedições de pouco mais de três horas para ver esse mamífero gigante nas águas. Uma das companhias que oferece a excursão é a Orca Spirit Adventure com diversas saídas diárias, a mais tarde (e ideal se você chegar às 15h00 com o Norwegian Jewel) é às 17h00 no verão. O trajeto inclui passagem pelos estreitos de Juan de Fuca e Haro. Custa 105 dólares canadenses por adulto, crianças menores de três anos não pagam, de quatro a 11 pagam 75 e de 12 até 17 anos pagam 85 dólares canadenses.

Na parte cultural da cidade, o BC Museum  é bem emblemático e impossível de não se notado por quem vai do porto até o centro de Victoria. As exposições fixas recontam a história do Canadá e, principalmente, da British Columbia, passando por períodos como a Era do Gelo ou o surgimento dos dinossauros. Em uma área de tempos mais recentes, há documentos e fotos desse Estado coletados desde 1984. O BC conta, ainda, com uma sala IMAX com tela de 18.59m x 25.9m que exibe filmes educacionais. A entrada regular para adultos (sem o IMAX) custa 23 dólares canadenses e para jovens, crianças e idosos sai por 17 dólares canadenses.

Algo bem peculiar na cidade é o Craigdarroch Castle. O castelo construído pelo milionário Robert Dunsmuir ficou pronto apenas um ano depois da morte de seu idealizador, em 1890. A viúva, Joan, viveu no local até falecer, por oito anos. Com madeiras nobres e com umas das melhores janelas de vidro da América do Norte, é uma boa pedida para conhecer a história de Victoria. Ele fica a cerca de 5 quilômetros do centro da cidade e a entrada para adultos custa 13,95 dólares canadenses.

Uma volta em Seattle

Seattle não é apenas uma cidade portuária em que o passageiro embarca e desembarca e não tem nenhum atrativo. Muito pelo contrário, Seattle é vibrante apesar de seus cerca de 200 dias cinzentos por ano. O destino tem vida própria e conhecê-lo só enriquece seu cruzeiro pelo Alasca. Tente reservar pelo menos dois dias antes de subir no navio ou após deixá-lo.

Tem muito para ver em Seattle, a começar pelo seu mundo subterrâneo. Isso mesmo! As ruas do centro da cidade são, atualmente, cheias de prédios e lojas de marcas mundialmente famosas, mas isso é bem recente. Até 1889 o cenário era outro e, digamos, um pouco mais embaixo. Naquela época, a maioria das construções era feita de maneira. O material permitiu que um pequeno incêndio se alastrasse e destruísse rapidamente cerca de 25 quarteirões. O governo da época tomou uma atitude ousada, decidiu, literalmente, reerguer Seattle. Novas ruas foram construídas dois níveis acima do anterior.

Não demorou muito para que a cidade subterrânea ganhasse vida e se transformasse em área fácil para prostituição e uso de ópio. A farra durou pouco. Em 1907, o mundo underground de Seattle foi fechado. Apenas em 1965 uma pequena parte foi reaberta.

Para tentar imaginar como era a vida naquele final de século 19 e conhecer as curiosidades do mundo subterrâneo, é possível fazer o Underground Tour. Com duração de 75 minutos, o passeio começa em um antigo bar e percorre três diferentes quadras subterrâneas, inclusive a histórica Piooner Square, que teve seu nome mantido até os dias de hoje. Alguns dizem que são corredores assombrados, vai ter coragem de enfrentar? O ingresso custa US$ 19 para adultos, US$ 16 para maiores de 60, US$ 16 para estudantes de 13 a 17 anos e US$ 9 para crianças. De abril a setembro ocorre diariamente das 09h00 às 19h00.

Já que conheceu a cidade antiga, vamos partir para a nova?

Seattle para ver e ouvir

É uma tarde de sábado, na Pike Street uma multidão olha para cima. No alto do prédio do Hard Rock Cafe, uma banda desconhecida toca grandes sucessos do rock. Tem gente que canta junto, outros dançam. Mais abaixo, outra aglomeração, é a entrada do Pike Place Market, cheio de frutos do mar, peixes, temperos e frutas com cores vibrantes.

O Pike Place Market  é um dos locais imperdíveis de Seattle. Os turistas se misturam, são chineses, japoneses, coreanos, britânicos e alemães, principalmente, atraídos pelos produtos frescos do local. Ele se espalha pelos dois lados da Pike e até pelas ruas atrás dela. Em uma das entradas, há a estatueta de uma porca como forma de tributo aos animais. Mais atrás dela, o Pike Place Fish, um comércio de peixes e frutos do mar que é uma atração por si só. Sempre que um peixe é escolhido, um vendedor da tenda grita e joga pelos ares o produto para que outro pegue. É uma bagunça divertida e chama a atenção de quem passa.

Muitos produtos do Alasca também são encontrados ali, como o king crab e o linguado. As frutas e as flores deixam o mercado ainda mais colorido. São morangos enormes, pêssegos deliciosos e variedades de cereja, dentre outras. E, claro, você pode provar antes de comprar, ou só experimentar mesmo se for o caso.

Passar pelo mercado na hora das refeições é uma ótima pedida. Há várias tendas de petiscos, restaurantes nos diversos prédios do mercado e nos arredores. Para que quiser uma vista linda do mar e seus navios, pode optar pelo Lowell´s Restaurant & Bar que, desde 1957, serve café da manhã, almoço e jantar, sempre com frutos do mar e peixes frescos.

No mercado você pode aproveitar e conhecer o primeiro Starbucks do mundo! Aberto em 1971, a loja é conhecida mundialmente e se quiser tomar um café lá, reserve pelo menos uns 40 minutos para ficar fila. Se não tiver muito tempo, bata só uma foto, tem Starbucks em cada esquina na cidade.

O Pike Place Market fica aberto todos os dias (exceto Dia de Ação de Graças e Natal) a partir das 06h00, a área de artesanato funciona das 10h00 às 16h00 e o comércio, no geral, fecha às 18h00. A maior parte dos restaurantes funciona também à noite.

Space Needle e seus arredores

A poucas quadras do Pike Place Market, fica uma das duas estações do Monorail da cidade, na 5th Avenue com a Pine Street.  Apenas 90 segundos separam as paradas do Monorail, sendo que a outra é no Seattle Center, que abriga o Space Needle, ícone de Seattle. Se já assistiu a série Grey´s Anatomy deve ter visto imagens aéreas da torre de 184 metros de altura.

Construído em 1962 para a World´s Fair, o Space Needle  tem a melhor vista da cidade em 360º. Durante o verão, é possível ver os navios que vão para o Alasca parados no Píer 66 ou no 91. O local conta com restaurante panorâmico, o Skycity, e deck de observação, que pode ser visitado de dia ou de noite, são duas experiências visuais bem diferentes. Para que os visitantes façam suas selfies, o Space Needle disponibiliza câmeras automáticas ao redor do observatório, é só passar seu tíquete de entrada no leitor de códigos e fazer a fotografia gratuitamente. Antes de ir embora, pare em um dos totens, ache seu arquivo e mande para o e-mail de sua preferência.

O Space Needle é aberto diariamente das 08h00 até meia-noite. Entrada a partir de US$ 18 para adultos, crianças de quatro a 11 anos pagam US$ 11 e idosos a partir de US$ 16.

Outra atração imperdível é a exposição Chihuly Garden and Glass . São 11 áreas com obras em vidro do artista Dale Chihuly. Dez espaços são fechados, no final, uma área aberta, o jardim, com verdadeiras esculturas a céu aberto. Olhando um pouco para cima, o topo do Space Needle completa a paisagem.  Fica aberto de segunda a quinta das 08h00 às 21h00 e de sexta a domingo das 08h00 às 22h00. Entrada a partir de US$ 23 para adultos, US$ 14 para crianças de quatro a 11 anos e US$ 18 para idosos.

Outro prédio impossível de não ser notado é o do Pacific Science Center com seus arcos ao redor. Quando você entra percebe que eles são rodeados por animais como…dinossauros! O centro reúne diversas curiosidades científicas explicadas em brincadeira de criança e adultos também. Uma parte imperdível é o planetário, para ver as exibições é preciso incluí-lo no seu ingresso por mais três horas. Se tiver um tempinho, confira a programação das duas salas IMAX que o complexo tem e veja um filme educativo com direito a comer pipoca!
Aberto todos os dias das 10h00 às 18h00 até 07 de setembro. Entrada a partir de US$ 19,75 para adultos e a US$ 11,75 para crianças.

Para ter um gostinho da cena musical agitada de Seattle, o EMP Museum  é o local certo. O Monorail passa por dentro da sua construção enorme e em cores fortes que é impossível de não ser notada das ruas ao redor. Há uma parte do museu totalmente voltada para a história do Nirvana, o grupo de Kurt Cobain e companhia explodiu em 1991 e sua trajetória é recontada no EMP.

Mesmo que você não seja um grande conhecedor de música, vai ficar impressionado com a escultura com mais de 500 guitarras no hall do EMP. Ela foi feita pelo artista Tripin e não é apenas bonita visualmente, os visitantes podem colocar fones de ouvido e escutar o som que ela provoca! Além da música, ficção científica e até videogames acabam entrando nas atrações do EMP, o suficiente para passar algumas horas entretido.

O EMP fica aberto no verão, 22 de maio até 07 de setembro, das 10h00 às 19h00; no inverno, de 08 de setembro até 21 de maio, abre das 10h00 às 17h00. Entrada de adultos e idosos por US$ 22, crianças de cinco a 17 por US$ 16.

CityPass Seattle

Se você quer visitar a maioria das atrações do Seattle Center, incluindo uma visita durante o dia e outra noturna ao Space Needle, há uma forma de economizar. O CityPass Seattle oferece entrada para cinco atrações da cidade por um preço promocional, US$ 69 por adulto e US$ 49 por criança. É uma economia de cerca de US$ 30 e quem tem o CityPass ainda tem algumas vantagens, como não pegar filas.

A cena grunge

Se você é fã do grunge, que nasceu na cidade no final da década de 80, talvez só a visita ao EMP Museum não seja o suficiente para sua sede de música. Para conhecer melhor o cenário musical de Seattle há vários pontos na cidade que podem ajudar. Locais como o Re-bar, onde foi realizada a festa do álbum Nevermind do Nirvana ou o El Corazón, bar no qual o Pearl Jam fez sua primeira apresentação.

Se não quiser ficar correndo pelo destino tentando achar esses lugares, tem um tour que te leva a todos eles e a mais 22 outros que tentam recontar a cena musical nas décadas passadas. O nome dele é Stalking Seattle e dura, aproximadamente, duas horas e meia. Feito em uma Dodge Caravan, não é permitido crianças, já que assuntos como o uso de drogas e suicídio são abordados.

O tour parte do número 345 da Harrison Street e tem duas saídas diárias, às 10h00 e às 13h00, custa US$ 45.

O Norwegian Jewel

Lazer e relax no navio

Durante sete noites, você terá muitas horas para desfrutar do Norwegian Jewel. Só o cruzeiro pelo Alasca tem dois dias inteiros no mar sem descida. O que fazer nesse tempo, tem atividades para os mais de 2.000 hóspedes que o navio pode transportar? Claro! Por exemplo, quando não estiver muito frio, dá para ir às piscinas, que são aquecidas. São duas de adulto, uma para crianças e seis jacuzzis (as mais quentinhas).

Para se exercitar, há a academia com aparelhos para atividades aeróbicas e de musculação, além de aulas. Quem quiser fazer exercícios ao ar livre pode caminhar ou correr na pista de jogging no deck 13 ou jogar basquete, vôlei, tênis ou golfe. Não tem uma turma para te acompanhar? Sem problemas, há partidas com horários marcados na programação, é só acompanhar e se divertir.

Outros três locais preparados para entreter os adultos são a livraria, a sala de carteado e o cassino. Esse último fica aberto quase 24 horas por dia e tem diversos jogos, como Black Jack, roleta e caça-níqueis disponíveis. Quer algo, digamos, mais musical? O Stardust Theather tem apresentações noturnas em diversas exibições para que todos possam assistir. O Fyzz Lounge é outro espaço que costuma ter pequenos shows, como a cover de Michael Jackson.

Se quiser relaxar de verdade, seu lugar é no deck 12, precisamente, no Mandara Spa. Os tratamentos não estão inclusos no pacote e são cobrados em sua conta. Oferece massagens, procedimentos estéticos para corpo, rosto e cabelo e ainda conta com salão de beleza. É possível adquirir, também, um passe para a área termal do spa, cheia de duchas especiais e saunas.

Para as crianças, a diversão fica por conta do Bob Espoja e da Dora Aventureira. Os personagens da Nickelondeon, junto com os monitores, cuidam do entretenimento da criançada. Outros locais adequados para os pequenos e os jovens são: Splash Academy Center, Entourage Youth Center e Vídeo Arcade, cheio de fliperamas.

Para comer e beber – Freestyle Dining

Opções gastronômicas não faltam no Norwegian Jewel. São 13 restaurantes. E a companhia não tem aquela chatice de marcar horário e mesa de jantar dos passageiros em locais selecionados pela direção, nada disso. Você faz sua refeição no horário que preferir, no local de sua escolha e senta só com o seu grupo na mesa, nada de sentar com desconhecidos se não quiser.

O Azura Main Dining Room e o Tsar´s Palace são os maiores restaurantes a la carte do navio e estão inclusos em todos os pacotes. O Azura serve pratos internacionais e só abre para o jantar. Se quiser, pode reservar uma mesa, mas ele costuma ter espaço disponível. Já o Tsar´s abre para todas as refeições, nem sempre para o almoço, só alguns dias. É basicamente o mesmo cardápio do Azura. O café da manhã é a la carte com diversas opções e para o jantar também pode haver necessidade de reserva.

O grande restaurante estilo buffet do navio é o Garden Café. Ele abre para todas as refeições e, apesar de acomodar muitas pessoas, está quase sempre cheio. As refeições são bem variadas, mas se quiser algo mais tranquilo, prefira um dos restaurantes a la carte.

Outro restaurante incluso no pacote é o O´Sheehan´s Neighnorhood Grill. Ele abre bem cedo, fecha tarde e serve todas as refeições. O cardápio é enxuto e fixo. Parece um pub, para almoço e jantar serve sanduíches, alguns pratos e deliciosas entradas. Não deixe de provar os frangos empanados ou os sticks de muçarela. Ele nunca fica muito cheio, tem mesas com escotilhas, é ótimo fazer uma refeição por lá.

O Chin Chin Asian Restaurant é a opção de comida asiática a la carte inclusa no pacote. As outras, mas cobradas separadamente, são os restaurantes Teppanyaki e o Sushi Bar. Que tal um restaurante francês ou italiano? É só reservar uma mesa no Le Bistrô French ou La Cucina Italian, ambos não estão inclusos nas diárias.

Para os amantes das carnes vermelha, há duas opções especializadas no Norwegian Jewel, a Moderno Churrascaria, estilo as nossas no Brasil, com espetos passando, e a Cagney´s Steakhouse, um restaurante de carnes bem característico dos EUA.

Quer fazer uma refeição rápida perto das piscinas?  Vá ao Topsider´s Bar & Grill, tem sanduíches, hambúrgueres e grelhados. O melhor acontece nas tardes em que montam churrasqueiras em frente ao bar, toda a área vira uma grande festa com muito churrasco, assim como no dia de embarque de passageiros.

A Norwegian não inclui bebidas em seus pacotes. Apenas água e alguns sucos industrializados durante as refeições. Para beber sem limite, é preciso adquirir os pacotes de bebida que podem incluir apenas as não-alcoólicas ou as alcoólicas também. Bares são diversos. Todos servem mais ou menos as mesmas opções. Destaque para o Atrium Café e Bar, bem em frente à recepção, que tem uma parte de aos doces da Carlo´s Bakery, famosa confeitaria de Nova York comandada pelo chef Buddy Valastro. Não deixe de comer um cupcake por lá. Além disso, o espaço tem todas as noites um pequeno show musical.

Compras

Brasileiro, geralmente, gosta de comprar. Pois no Norwegian Jewel dá para fazer compras em alto-mar. Tem uma loja de perfumes e cosméticos com bons preços se comparados com os do Brasil. Há ainda alguns dias com ofertas especiais. Uma loja grande abriga diversos tipos de produtos, são relógios, joias, bolsas de marcas internacionais, chocolates, roupas, bebidas e óculos escuros. Como não podia falta, há lembranças do destino para qual o navio faz o roteiro, no caso, o Alasca.

Internet
A conexão com a internet não está inclusa nos navios NCL. Há pacotes de minutos disponíveis ou o pagamento conforme o uso. Tem preço médio de US$ 1 o minuto, sendo que esse valor fica mais baixo nos pacotes. Apesar de ser internet por satélite, ela funciona bem.

Uma boa opção para ter conectividade de internet pelo celular, geralmente 4G, é comprar um chip dos Estados Unidos. A equipe do Viajar é Simples testou o produto fornecido pela empresa Shoppusa que engloba internet e linha telefônica. O chip funcionou normalmente no Alasca e em Seattle. Mas, claro, nos dias de navegação não há sinal e é preciso usar a conexão do navio. De qualquer maneira, é uma boa saída para economizar. A experiência completa está nesse link,

Cabines

Após excursões e de aproveitar as atividades do navio, nada melhor do que curtir sua cabine, não é mesmo? No Norwegian Jewel há cerca de mil em diversas categorias. As mais econômicas são as internas sem escotilha, seguidas pelas externas com escotilha. Há, ainda, cabines com sacada. Se quiser muito luxo, pode aproveitar as acomodações e instalações chamadas de The Haven. A maior delas é a Garden Villa, com três quartos e que acomoda até oito pessoas, além de salas de estar e jantar, banheira de hidromassagem e jardim privativo. Ah, e ainda tem vista panorâmica. Todos que ficam nas suítes The Haven têm check in especial e um deck exclusivo.

Se o Alasca é o seu destino, o Norwegian Jewel é uma confortável casa em pleno mar.

O que levar na mala?

Então você vai para um cruzeiro pelo Alasca? Não se esqueça que é verão no destino. Para andar pelas ruas, fazer tours simples, é preciso apenas calças ou bermudas comuns, assim como blusas e camisetas, no máximo, e um abrigo. Pela manhã costuma fazer mais frios nas cidades, mas as tardes são quentes, com temperaturas que passam dos 20ºC.

Se for fazer passeios nas geleiras as roupas precisam ser apropriadas. Para isso, coloque na mala uma calça própria para esqui, uma jaqueta impermeável e corta vento, luvas e gorros. Roupas térmicas, calças e camisetas também são indicadas. Os calçados, nesse tipo de passeio, são oferecidos apropriados. Para a observação de baleias e outros passeios de barco, as roupas térmicas também são indicadas, costuma ventar bastante. Para as caminhadas, leve um tênis ou botas apropriados.

Onde encontrar? Se já quiser sair do Brasil com seus produtos, uma boa opção é a Decathlon, que tem lojas físicas espalhadas pelo Brasil e venda online. A grade de tamanhos é extensa e atende até quem usa números maiores. Esses itens também podem ser adquiridos nos Estados Unidos em lojas de departamento ou naquelas especializadas.

Serviço

Sites de destino

Alasca: www.travelalaska.com

Seattle: www.visitseattle.org

Victoria: www.tourismvictoria.com

Fuso Horário

Seattle e Victoria
– menos 04 horas em relação ao horário de Brasília

Ketchikan, Juneau e Skagway
– menos 05 horas em relação ao horário de Brasília

Cruzeiro

NCL – Norwegian Cruise Line
Cruzeiro de sete noites no Alasca com o Norwegian Jewel – saídas para setembro de 2015 a partir de R$ 2.515 por pessoa sem as taxas portuárias. Se já quiser se programar para cruzeiros em 2016, há tarifas a partir de R$ 1.707 por pessoa. A NCL tem diversas formas de pagamento, incluindo o parcelamento em dez vezes sem juros em reais. Informações: www.ncl.com.br

Como chegar – Seattle
Do Brasil não há voos diretos para Seattle. A Delta Airlines tem voos com saindo do Brasil com conexão em Atlanta, já a American Airlines possui voos com conexão em Dallas-Fort Worth. A Virgin America não tem voos para o Brasil mas liga Seattle com 15 cidades dos EUA.

Onde ficar – Seattle

Hilton Seattle Downtown
O hotel está a poucas quadras do Monorail e do Pike Place Market. Sua cobertura tem vista panorâmica da cidade e a área é aberta para o café da manhã. Tem diárias a partir de US$ 179 por casal. Informações: www3.hilton.com

Doubletree Arctic Club Hotel Seattle-Downtown
O hotel fica em frente a uma estação de trem Link Light. Equipado com business center, academia, o bar Polar e o restaurante Juno. Tem quartos com base para MP3, DVD player, mesa de trabalho, serviço de café Starbucks e cookies quentes de chocolate no momento da chegada. Diárias a partir de US$ 287. Informações: www3.hilton.com

*A equipe do Viajar é Simples teve apoio da Norwegian Cruise Line, City Pass, da GTA Assistência em Viagem e do Visit Seattle