Maranhão de norte a sul

por: Sylvia Barreto
1 de janeiro 2011

Um único estado, muitos cenários. Um estado da região nordeste do país, mas que guarda características do norte brasileiro, que começa bem ao seu lado. Ao norte, praias no litoral e uma imensidão de areia pontilhada por lagoas, ao sul, uma bela chapada, a das Mesas.  A paisagem muda de uma ponta a outra, mas algo permanece: a temperatura elevada.
A capital, São Luís do Maranhão, está situada em uma ilha. Pelo menos um milhão de habitantes dos seis milhões que vivem no estado está na cidade que é patrimônio histórico da humanidade por seus prédios e arquitetura antigos. Já foi considerada a Atenas Brasileira por ter abrigado ícones da lira poética e literária, como Gonçalves Dias e Aluízio de Azevedo.
Não importa qual a sua praia, o Maranhão tem a programação certa para você. É só escolher a época do ano, a região que quer conhecer e colocar na mala muito protetor solar e disposição! Alguns percursos são difíceis, mas vale a pena caminhar por alguns minutos se no final haverá uma lagoa, praia ou cachoeira pronta para te refrescar.

São Luís: lindas praias e prédios históricos
Caminhando pelas ruas de pedra do centro de São Luís do Maranhão é como entrar em um túnel do tempo. Ali, o passado é representando pela arquitetura. Os casarões do local têm azulejos portugueses pintados à mão.  Em 1997, a Unesco concedeu à cidade o título de Patrimônio Cultural da Humanidade.  Tem mais de 3.500 prédios tombados.
A capital do Maranhão foi fundada por franceses, invadida por holandeses e construída por portugueses. É uma das três capitais do país que situada em uma ilha. As outras são Florianópolis (Santa Catarina) e Vitória (Espírito Santo). A Fundação oficial data de 1612, quando os franceses passaram a ocupar a região, e ao instalarem o Forte de São Luís, homenagem ao rei-menino Luís 13, dando o nome à cidade.
A ilha, com pouco mais de 800 quilômetros quadrados, é cercada pelas águas das baías de São Marcos, Arraial e São José; pelo Oceano Atlântico e banhada por rios como o Anil, Bacanga, Cachorros, das Bicas e Paciência. As águas das praias são de cor escura, mas não é sujeira. Isso ocorre pelo encontro das águas do mar com as dos diversos rios da região.
O outro encanto da capital são os 150 quilômetros de praia.  A quatro quilômetros do centro de São Luís está a praia de Ponta da Areia. É uma das mais movimentadas e tem diversos hotéis. A Praia do Calhau está na extensão da Avenida Litorânea e em região nobre da cidade. Entre morros e falésias fica a Praia Olho d´água. Tem ventos fortes de julho a dezembro, o que a torna boa para esportes a vela. A praia de São Marcos é freqüentada por jovens e surfistas. Tem bares em toda sua extensão e vida noturna agitada.

Siga até Raposa
A pequena cidade fica a 28 quilômetros do centro de São Luís. Possui cerca de 22 mil habitantes e abriga a maior colônia de pesca do estado. Outra maneira de subsistência da população é o artesanato.
Recém emancipado do município de Paço do Lumiar, o povoado surgiu a partir dos anos 50, e começou a se desenvolver com a chegada de pescadores cearenses oriundos do município de Acaraú – CE, e levaram consigo suas mulheres, as conhecidas rendeiras de bilro do município.
A bela paisagem litorânea contrasta com a pobreza das singelas casas de palafita. São habitações que ficam sob o esgoto e sem nenhum tipo de saneamento básico. Quase todas as portas da Rua Principal, conhecida como Corredor da Rendeira, foram transformadas em pequenas lojas de artesanato, onde são comercializados toalhas de mesa, panos de prato, passadeiras, saídas de praia, chapéus, cortinas, além de uma série de outros artefatos confeccionados em renda de bilro, pacientemente tecidas em almofadas de renda, por mulheres de pescadores. A tradição passada de mãe para filha.
Quem visita o lugar pode fazer passeios de lancha por dunas que lembram os Lençóis Maranhenses, como as da praia de Carimã. Além disso, há praias quase desertas e vários riachos e igarapés que compõe o destino
Em São Luís existem ônibus da Viação Litoral que partem a cada 30 minutos do Mercado Central, em direção ao município. Agências de receptivo da capital realizam, também, passeios para os destinos turísticos de Raposa.

Fé e lindas praias em São José de Ribamar
A pacata São José de Ribamar tem características de cidade pequena e é marcada pela devoção do povo ao santo protetor que dá nome ao município. A 40 minutos de São Luís, Ribamar recebe turistas por todo o ano atraídos não só pelas belas praias, mas também pela fé.
São José de Ribamar tem sua origem de uma aldeia indígena.  Diz a lenda que o nome decorre de um incidente que aconteceu com um navio que vinha de Lisboa em direção a São Luís e desviou de sua rota. Na Baía de Ribamar ele estava ameaçado de naufrágio. Em meio à tempestade, seus tripulantes invocaram a proteção de São José com a promessa de construir uma igreja se sobrevivessem. As súplicas foram atendidas e o prometido teve de ser cumprido.
Em setembro acontecem os festejos de São José de Ribamar por dez dias, é o maior da cidade. Os pontos turísticos, que podem ser percorridos a pé e se espalham pelo centro da cidade. A Igreja matriz de São José de Ribamar foi construída em 1915, sendo a quarta desde 1757. É bastante visitada e respeitada por sua lenda. O Monumento de São José foi erguido em 1998 e revestido por pastilhas de mármore. No Brasil, só perde em altura para o Cristo Redentor (RJ) e para o padre Cícero (CE).
Quem prefere as praias, terá opções de sobra. A chamada Praia de Banho é a mais próxima ao centro e também a mais acessível. A Panaquatira é considerada uma das melhores do município, recebe intensa influência das marés, alargando-se por vários quilômetros quando a maré está baixa e mesmo com a influência dos recifes possui águas tranqüilas. Caúra, Boa Viagem, Ponta Verde, Juçatuba, Itapari e Jararaí são outras opção de praias do município.

Lençóis Maranhenses: paisagem única
Uma imensidão de dunas, areia por todos os lados. Essa é a primeira impressão dos Lençóis Maranhenses. Mas ainda bem que não acaba por aí. Ao subir um desses montes, o turista se encanta com alguma linda lagoa azul que começa a aparecer em sua visão. A chegada à lagoa, seja ela qual for, será refrescante. E nem é preciso mergulhar para ver os peixinhos ao seu redor.
As Lagoas do Peixe, Azul, Bonita e da Gaivota são as mais famosas. Chegar até elas é uma aventura. O acesso é feito em carros como jipes ou caminhonetes, mas que só podem ir até determinados pontos para preservação do Parque dos Lençóis. Para conhecer de fato o local, é preciso caminhar. O indicado é levar água e roupas leves e até algum alimento, porque no meio da imensidão de areia, não há nenhum apoio.
Para entrar no Parque dos Lençóis é necessário passar por alguma das cidades do pólo no qual está inserido. São elas: Barreirinhas, Humberto de Campos, Santo Amaro e Primeira Cruz. Barreirinhas é a maior delas e o portão de entrada mais conhecido. Fica a 250 quilômetros de capital do estado, São Luís. Ela é banhada pelo Rio Preguiças, que, apenas por sua beleza, já vale a viagem. O turista pode escolher entre ir de barco até determinado ponto e de lá pegar algum transporte 4×4 disponível para entrar no Parque dos Lençóis. Ou vai direto em um desses carros (disponíveis com guia) e apenas atravessar o rio em uma balsa. Há trilhas pré-determinadas para os automóveis. O trajeto lembra um rally e é preciso segurar, pois sacoleja bastante. Os passageiros ficam a pé quando as imensas dunas começam a despontar. Cada veículo leva por volta de 16 pessoas e espera que o passeio seja feito.
As lagoas ficam em meio às dunas devido as chuvas que caem na região de janeiro até agosto e podem chegar até seis metros de profundidade. Nesse período, elas estão melhores para o banho e as visitas devem ocorrer na margem esquerda do Lago Santo Amaro e podem ser realizadas em pequenos barcos. O período que vai de agosto até dezembro é melhor para a visitação da área à margem direita do lago. Há a opção de  realizar passeios de bicicleta ou até à cavalo.
O Parque dos Lençóis abrange uma área de  155 mil hectares, maior que a cidade de São Paulo (SP), por isso, reserve pelo menos dois dias para conhecer um pequeno trecho. Quem parte de São Luís, pode ir até Barrerinhas de carro, ônibus ou avião. Saindo da capital  pela BR 135, depois segue pela MA 110 e BR 402 até a cidade. Os ônibus saem diariamente da rodoviária da capital. Quem preferir, vai de monomotor ou bimotor em voos que duram 50 minutos e nos quais a linda paisagem pode ser perfeitamente observada.
No município de quarenta mil habitantes há opções de grandes hotéis ou pequenas pousadas. Os restaurantes oferecem peixes tirados do Rio Preguiças. O ideal é começar o passeio até os Lençóis logo após o almoço e fazê-lo com calma para conhecer pelo menos três lagoas.
Ver o pôr-do-sol nas lagoas Azul ou Bonita é imperdível. Aproveite para dormir em Barreirinhas e no dia seguinte faça um passeio de barco pelo Rio Preguiças. Na ocasião, pode-se observar a vegetação dos Pequenos Lençóis, o Farol de Mandacaru e Caburé. Outra opção é formar grupos com os guias locais para acampar nas noites de lua cheia pelas dunas da região.
Mas as dunas com suas belas lagoas não são o único atrativo do pólo dos Lençóis. As praias também fazem parte desse cenário. Ponta dos Mangues, Vassouras, Morro de Boi e Barra do Tatu são algumas opções de Barreirinhas, acessíveis por barcos.
Já em Caburé, o visitante pode optar entre tomar um banho de mar ou de água doce. Há chalés para pernoite. Vila de pescadores que vale uma visita é Mandacaru, com seu famoso farol de 54 metros de altura e na qual se tem belo visual do Parque.

Aventura na Chapada das Mesas
Trilhas ecológicas, cachoeiras, cerrado e cavernas. Essa é a paisagem básica da Chapada das Mesas. Há pouco criado, em dezembro de 2005, o Parque Nacional da Chapada das Mesas nasceu para garantir a biodiversidade e apoiar a exploração dos recursos naturais. Atualmente, há locais nos quais é proibida completamente a visitação. O parque abrange uma área de 161 mil hectares entre os municípios de Riachão, Carolina e Estreito, na fronteira entre Tocantins e Maranhão. Fica a quase 900 quilômetros da capital, São Luís.
Só no parque há mais de 400 nascentes. Mas para quem quer conhecer a Chapada das Mesas, é preciso disposição e espírito aventureiro. São pelo menos 37 cachoeiras, 22 rios e formações rochosas de até 220 metros de altura. Recebeu esse nome por ter morros de grandes alturas que tiveram suas superfícies planificadas pela erosão.
O Recanto Turístico da Pedra Caída (na zona de amortecimento do Parque Nacional) é um dos pontos mais acessíveis. Fica a apenas 35 quilômetros da cidade de Carolina. O turista que visita essa região tem acompanhamento de guia e trilhas demarcadas para conhecer as cachoeiras. A mais bela delas e acessível apenas andando, é a que dá nome ao local: Santuário da Pedra Caída, 50 metros de queda d´água que despencam das rochas. De automóvel 4×4 é possível, ainda, chegar nas cachoeiras Caverna e do Capelão. Todas têm temperatura agradável, por volta de 22º C. É uma delícia entrar em qualquer uma após uma longa caminhada. Para quem quiser ainda mais aventura, o complexo disponibiliza tirolesa, rapel e arborismo.
Dentro do Parque Nacional da Chapada das Mesas as mais surpreendentes são Cachoeira da Prata e Cachoeira de São Romão. Mas não são apenas as águas que impressionam, mas a formação geológica também.
Para chegar a essas cachoeiras dentro do Parque e próprias do Rio Farinha é preciso um pouco mais de esforço e disposição que para atingir o Santuário da Pedra Caída. Parte do percurso não é asfaltado e deve ser feito com veículos 4×4. Mas vale a pena, porque a 70 quilômetros de Carolina, em meio a essa estrada de difícil acesso, a Cachoeira São Romão mostra toda a beleza natural que tem. O visual forma uma cortina de água que abriga um bando de andorinhas nativas. O turista pode admirar o voo e os ninhos desses pássaros. Seguindo a mesma trilha do cerrado, chega-se à Cachoeira da Prata, um conjunto de três quedas d’água em uma região pouco desbravada e habitada por sertanejos típicos.
No município de Riachão encontra-se um dos pontos turísticos mais belos do Maranhão: a cachoeira de Santa Bárbara. Seu atrativo especial é o Poço Azul, que fica no caminho para chegar à queda d´água principal e que surpreende pela limpidez da água.
Além de cachoeiras, o belo cenário da Chapada é formado por morros. Os  mais procurados são o Portal da Chapada, Pedra Furada, Morro do Chapéu e do Macaco.
O melhor período para visitar a região é entre julho e setembro, quando o Rio Tocantins baixa e aparecem as praias fluviais e ilhas, como a dos Bodes, a cinco quilômetros de Carolina.

Veja como chegar à Chapada das Mesas
Há três maneira de chegar até a Chapada. A primeira delas é ir de avião até Imperatriz, segunda maior cidade do estado. Também é possível ir de trem pela Ferrovia de Carajás ou até Açailândia. De Imperatriz, deve-se seguir de carro ou ônibus pelas BR 010 e 230 e MA 006 e 335. Direto de São Luís as estradas para a Chapada são  BR 135 e BR 222 até Açailândia ou BR 135 e BR 226 passando por Barra do Corda e Grajaú até a BR 010 na altura de Porto Franco.
Saindo de São Luís, o trajeto de avião dura uma hora e mais três horas de carro até Carolina. De trem são oito horas até Açailândia e mais quatro até Carolina. De carro, o percurso pode ser feito em 11 horas.

Não deixe de provar os pratos maranhenses
Uma ida ao Maranhão não é apenas para apreciar as belas paisagens. Ali a natureza foi generosa também com os alimentos típicos que servem de base para a culinária local. Há muitas frutas provenientes da região amazônica, como o cupuaçu, buriti e bacuri. São usadas, principalmente para fazer sobremesas. Mousses desses três sabores são comuns e extremamente doces e refrescantes. O sorvete de tapioca com açaí de outra pedida típica para amenizar o calor.
Os pratos principais são à base de peixe e frutos do mar que, claro, não poderia faltar em um estado com tantos rios e com a segunda maior faixa litorânea do Brasil. O arroz de cuxá é o mais representativo deles, ainda mais quando servido acompanhado de peixe frito. A iguaria é preparada à base de vinagreira (verdura comum no Maranhão), farinha seca, gergelim, camarão seco e pimenta de cheiro.
Pratos exóticos, muitas etnias. Arroz de cuxá é o mais representativo dos pratos tipicamente maranhense. O autor de O Mulato. Uma barraquinha vendendo peixe, cheito verde e coentro e vinagreira, hortaliça sabor agridoce ao cuxá. O peixe frito peixe pedra ou serra. A pescada o mais comum da mesa.
Mas o Maranhão tem muito mais. Em inúmeras barraquinhas de São Luís encontra-se peixe fresco. Há quem prefira saborear os pratos em restaurantes sofisticados, e também achará boas opções. São peixadas, caranguejadas, tortas e caldeiradas de camarão para todos os paladares.
Ao sul do estado, a culinária muda um pouco. A carne-de-sol com mandioca, a galinha caipira e o pato guisado são pratos recorrentes. A preparação é segundo a tradição sertaneja. Para acompanhar, é só tomar um golinho de tiquira, aguardente de origem indígena feita de mandioca.
O Guaraná Jesus é outra bebida típica do Maranhão, um refrigerante cor-de-rosa, adocicado e com toque de cravo e canela. Ele foi criado foi criado acidentalmente em 1920 pelo farmacêutico Jesus Norberto Gomes, em São Luís. Jesus. Há alguns anos passou a ser comercializado pela Coca-Cola no estado.

A festa junina é comemorada com o boi
Um homem com uma fantasia de boi. No corpo do animal, a história é bordada. É assim que se comemora no Maranhão as festas de junho, com o Bumba-Meu-Boi. É tradicionalmente feito em homenagem a São João, o santo padroeiro da brincadeira. Mas, durante vários meses do ano, o povo se ocupa dos festejos relacionados a essa manifestação popular.
O ciclo da festa do boi é constituído de quatro etapas. A primeira delas é o ensaio, que começa no sábado de aleluia e vai até o dia de Santo Antônio, 13 de junho, ou ao sábado mais próximo deste, quando se dá o ensaio redondo. A segunda fase é o batismo, o boi recebe as bênçãos de São João, em 23 de junho, véspera do seu aniversário, estando pronto para começar a temporada anual. As apresentações públicas juninas que se estendem por todo mês de junho é uma maratona de brincadas nos mais variados terreiros que contratam os bumbas sendo a terceira etapa do ciclo. A festa da morte do Boi é o marco final da boiada do ano e se passa do  fim do mês de julho até outubro ou novembro, em meio a grande animação nos rebanhos ou sedes dos grupos, com a participação de um expressivo público.
O bumba-meu-boi maranhense é dividido nos chamados “sotaques”, que nada mais são que diferentes estilos. Eles representam versões diversas da brincadeira. São cinco os mais conhecidos: matraca, zabumba, orquestra, baixada e costa de mão. Apresentam diferenças em relação a ritmo, coreografia, instrumentos musicais, personagens e indumentárias.
O sotaque de matraca é característico da Ilha de São Luís. Os principais instrumentos são as matracas e os pandeiros. O ritmo é acelerado e o som estridente. O sotaque de zabumba é da região da cidade de Guimarães e municípios vizinhos. A percussão é marcada pelo ritmo dos tambores, pandeirinhos e maracás. A região de Munim é berço do sotaque de orquestra, produzido por bandas de instrumentos de sopro e cordas. O sotaque da baixada usa também matracas e pandeiros, mas menores e com toque mais lento e suave. Na região de Cururupu manifesta-se o sotaque de costa de mão. Os pandeiros pequenos são tocados com as costas das mãos.
Em todas as festas a figura do boi tem seu couro de veludo negro ricamente bordado. A pessoa que   fica dentro da fantasia do boi é chamada de miolo. O animal evolui de forma graciosa sob o comando dos “amos” cantadores, debaixo de muitas toadas (cantigas) e tropeada (batuque dos instrumentos).

O Cleber foi e gostou
O paulista de Atibaia Cleber Michel conta como foi sua experiência em São Luís e Lençóis Maranhenses

Em uma de minhas loucuras, resolvi em um final de semana conhecer o tão famoso Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. Aproveitei minhas milhas e parti para o destino. Cheguei na capital São Luís do Maranhão dia 19 de março de 2009. Aproveitei pouco a cidade devido a chuva e na expectativa da viagem aos Lençóis. Apenas um city tour e uma baladinha.
Na madrugada do dia 20, planejei minha ida aos Lençóis. Guiado pela empresa Brasil Planet Turismo, desfrutei de um excelente atendimento com pontualidade, seriedade e conforto. A cidade de apoio para os Lençóis é Barreirinhas, cerca de 260 quilômetros de São Luís. A estrada não transmite muita segurança.
Em Barreirinhas, hospedei-me na Pousada do Buriti, muito confortável. O restaurante me surpreendeu com os serviços. Acomodei minha bagagem e sem descanso embarquei em uma Toyota Bandeirantes e fui direto, acompanhado de muitos turistas, para os Lençóis (caminho da Lagoa Azul). No caminho uma rápida parada para comprar água. O destino é pura natureza, nada de intervenções humanas com barracas ou coisas do tipo.
O caminho é maravilhoso, uma espécie de rally, uma trilha com muita vegetação e emoções. Após as trilhas e uma pequena balsa, em aproximadamente um hora e 30 minutos chegamos ao destino.
Um lugar rico em belezas naturais, encantador. Muitas piscinas naturais e com águas cristalinas, dunas de areia e vegetação. Um lugar que merece ser visitado e principalmente preservado. Aliás, pretendo voltar!
No dia 21, para encerrar minha viagem, desci o Rio Preguiças de barco. Passeio interessante, bonito e rico em cultura local. No mesmo dia à tarde, iniciei meu retorno para São Luís e chegando em São Paulo na manhã do dia 22.
Para encerrar deixo dois comentários: “Lençóis foi o lugar que me fez sentir mais próximo de DEUS” – “Preservem, cuidem e admirem muito nosso Brasil, ele é lindo”.

Serviço

Informações Turísticas
Secretaria de Turismo do Maranhão
www.turismo.ma.gov.br

Como chegar

Tam
A Tam tem voos para Imperatriz e São Luís do Maranhão. Há saídas de Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Teresina (PI), Imperatriz (MA) e Brasília (DF). Passagens de Guarulhos até São Luís podem ser encontradas a partir de R$ 249 o trecho em fevereiro para compras antecipadas.

Informações: www.tam.com.br

Gol
A Gol voa para Imperatriz e São Luís com saídas de São Paulo, Brasília, Belém, Fortaleza e Rio de Janeiro. Do Aeroporto Internacional de Guarulhos para Imperatriz, o trecho custa a partir de R$ 239 o trecho em fevereiro para compras antecipadas.

Informações: www.voegol.com.br

Onde Comer

Barreirinhas
Bambaê
À beira do Rio Preguiças, situa-se o Bambaê. Mais que um restaurante, também é bar e à noite abre pista de dança. O menu oferece opções de grelhados, saladas, petiscos, sanduíches, omeletes, massas e sopas. Doces clássicos e regionais são servidos como sobremesa. Depois do almoço, o cliente pode aproveitar a vista e o gramado local ou descansar em uma das redes do jardim.

Informações: (98)3349-0691

Restaurante Sgte. Peppers
Gastronomia diferenciada com opção de peixes, crustáceos, massas, pizzas e carnes. Tem adega climatizada com mais de cem rótulos. Está localizado dentro do resort Porto Preguiças.

Informações: (98) 3349-6050.

São Luís do Maranhão
Cabana do Sol
Oferece pratos da cozinha brasileira com destaque especial para a deliciosa culinária maranhense como a carne de sol do norte, o arroz de cabrito, o capote, a galinha da terra e o peixe frito com arroz de cuxá.

Informações: www.cabanadosol.com.br e (98) 3235 2586

Carolina
K.funé

É uma casa com um grande quintal e a própria dona serve os pratos regionais todos os dias. É conhecido pelo seu tempero caseiro e recepção calorosa.

Informações: (99) 3531-2486

Pizzaria Tio Pepe
A partir das 18 horas o forno começa a esquentar e as pizzas podem ser servidas no salão ou entregues à domicílio. Durante o restante do dia, petiscos são servidos.

Informações: (99) 3531-3222.

Onde ficar

Barreirinhas
Gran Solare Lençóis Resort
Com 242 apartamentos, business e fitness center, o hotel é um dos mais completos da região. O restaurante Ícaro oferece a opção de servir as refeições na unidade interna ou na que fica  à beira do Rio Preguiças. Oferece bar molhado, piscina e kid´s club. Diárias a partir de R$ 300 o casal em quarto duplo no mês de fevereiro.

Informações: www.gruposolare.com.br e (98) 3349-6000

Pousada Murici
Pousada com 15 apartamentos com ducha quente, ar condicionado e frigobar. Localizado às margens do Rio Preguiças e a 700 metros do centro da cidade. Diárias a partir de R$152 o apartamento duplo.

Informações: www.pousadamurici.com.br e (98) 3349-1192.

São Luís do Maranhão
L´Authentique Cristal Hotel
Na praia do Calhau, oferece 60 confortáveis apartamentos, todos com internet wireless. Possui fitness center, piscina, sauna e bar panorâmico. Diárias a partir de R$ 241 o casal em apartamento duplo.

Informações: www.gruposolare.com.br e (98) 4004-1919

StopWay Hotel
O hotel foi inaugurado em dezembro e ocupa uma área de 1.119,28 metros quadrados. Está localizado na Lagoa da Jansen, conhecido ponto turístico de São Luís, que fica a aproximadamente 15 quilômetros do Aeroporto Internacional da capital, com fácil acesso às praias e aos centros comerciais e históricos, além de estar próximo aos principais bares e restaurantes da cidade. Disponibiliza recepção climatizada, coffee shop 24 horas no lobby da recepção, business center com conexão banda larga, internet wi-fi gratuita em todas as dependências do hotel, restaurante com serviço à la carte, para almoço e jantar e estacionamento coberto. Diárias ara fevereiro a partir de R$ 120.

Informações: www.stopwayhotel.com.br e (98) 4009 7777

Carolina
Pousada do Lajes
Às margens do Rio Lajes, tem piscinas adulto e infantil, spa com hidromassagem, lanchonete, salão de jogos e churrasqueiras. São 32 apartamentos com ar condicionado. Diárias a partir de R$ 135 o casal em quarto duplo em fevereiro.

Informações: www.pousadadolajes.com.br e (99) 3531-2452.

Pacotes

CVC
A operadora CVC tem pacote de cinco dias em São Luís do Maranhão. Inclui transporte aéreo com saída de São Paulo, traslado aeroporto/hotel/aeroporto, quatro noites de hospedagem no Hotel Premier em apartamento duplo e café da manhã. A partir de R$ 988 (preço para embarque em 11 de fevereiro).

Informações: www.cvc.com.br e (11) 2191 8410

Freeway
Sete dias no Maranhão é a proposta do pacote Lençóis Maranhenses Flex da operadora Freeway. São duas noites de hospedagem em São Luís e quatro em Barreirinhas, porta de entrada dos Lençóis. Inclui passagens aéreas com saída de São Paulo, café da manhã todos os dias, passeios de barco, kit viagem, traslados aeroporto/hotel/aeroporto e de São Luís até Barreirinhas. A partir de R$ 2.472 por pessoa em apartamento duplo.

Informações: www.freeway.tur.br e (11) 5088 0999

Terra Mundi
A operadora Terra Mundi oferece pacote apenas Terrestre para a Chapada das Mesas. Inclui transfer do aeroporto de Imperatriz até Carolina e vice-versa, quatro noites de hospedagem em Carolina, seguro viagem, taxas ambientais e guias locais e passeios na Cachoeria do Capelão, Cachoeira da Caverna, Portal da Chapada, Poço Azul, Cachoeira Santa Bárbara, Cachoeira São Romão, Cachoeira da Prata e Santuário de Pedra Caída. A partir de R$ 1.928 por pessoa.

Informações: www.terramundi.com.br e (11) 3588 1515

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