NYC: Brooklyn Museum anuncia exposição de artistas latino-americanas

por: Redação
10 de abril 2018

O Brooklyn Museum, em Nova York, apresenta a Radical Women: Latin American Art, 1960 – 1985, a primeira exposição a explorar as práticas artísticas pioneiras de mulheres latino-americanas durante um período tumultuado e transformacional na história das Américas e da arte contemporânea. A exibição inclui mais de 260 obras – incluindo fotografia, vídeo e outros meios experimentais, bem como pinturas, esculturas e gravuras – assinadas por mais de 120 artistas de 15 países.

O museu é o único local da costa leste dos EUA a receber esta aclamada exposição organizada pelo Hammer Museum em Los Angeles. Com abertura em 13 de abril de 2018, a exibição permanecerá em cartaz até 22 de julho de 2018. As artistas variam de figuras emblemáticas para nomes menos familiares. Desde os anos 90, artistas como Beatriz González, Anna Maria Maiolino, Ana Mendieta, Lygia Pape e Cecilia Vicuña têm sido amplamente reconhecidas pela originalidade e natureza experimental dos seus trabalhos, e estão entre as mais influentes artistas do século XX. Porém muitas outras mulheres e artistas latino-americanas são merecedoras de maior reconhecimento. A artista cubana que vive em Porto Rico Zilia Sánchez, por exemplo, impregnou a linguagem formal de abstração geométrica com um sentido de erotismo em 1960. Igualmente importantes são vídeo-artistas pioneiras como Letícia Parente (Brasil), Narcisa Hirsch (Argentina) e Pola Weiss (México), cujos trabalhos utilizam o corpo feminino para simbolizar as restrições impostas às mulheres e à liberdade de expressão cobiçada pelos cidadãos em toda a América Latina em meados da década de 1970.


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Abordando um vácuo histórico-artístico, Radical Women destaca o trabalho criado durante um período de profunda turbulência política e social em muitos latino-americanos nos anos 1960, 1970 e início dos anos 80, um período que viu o surgimento de múltiplas ditaduras. As obras de arte em Radical Women podem ser vistas como atos heróicos dando voz para gerações de mulheres em toda a América Latina e nos Estados Unidos. O trabalho na exposição destaca preocupações como a autonomia do corpo, a opressão social, violência de gênero e meio ambiente.

Radical Women também examina as várias abordagens artísticas ao feminismo em relação ao seu contexto geográfico e suas especificidades políticas e sociais. Na América Latina, a história das feministas não foi amplamente refletida nas artes, com exceção do México e alguns casos isolados nas décadas de 1970 e 1980, e em muitos países o feminismo não é um movimento definido. Nos Estados Unidos, artistas latinas desafiaram a política patriarcal que era tão opressiva quanto as enfrentadas por suas colegas na América Latina, e muitas participaram de movimentos antiguerra, por direitos dos homossexuais, direitos de pessoas com deficiência e movimentos feministas, embora muitas vezes de uma perspectiva diferente e, às vezes, em oposição às principais vertentes do feminismo.

Assista ao teaser da exposição: https://youtu.be/O8keuffZKv0

Veja a lista das artistas brasileiras que estarão na exposição:

• Mara Alvares (1948)
• Claudia Andujar (1931)
• Martha Araújo (1943)
• Vera Chaves Barcellos (1938)
• Lygia Clark (1920–1988)
• Analívia Cordeiro (1954)
• Liliane Dardot (1946)
• Lenora de Barros (1953)
• Iole de Freitas (1945)
• Anna Bella Geiger (1933)
• Carmela Gross (1946)
• Anna Maria Maiolino (1942)
• Márcia X. (1959–2005)
• Ana Vitória Mussi (1943)
• Lygia Pape (1927–2004)
• Letícia Parente (1930–1991)
• Wanda Pimentel (1943)
• Neide Sá (1940)
• Regina Silveira (1939)
• Teresinha Soares (1927)
• Amelia Toledo (1926–2017)
• Celeida Tostes (1929–1995)
• Regina Vater (1943)

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