- Viajar é Simples - https://viajaresimples.com.br -

Viena: quatro tipos de programas essenciais na capital da Áustria

Viena, capital da Áustria, recebeu 45 mil turistas brasileiros em 2017. Em relação a 2016, é um número 15% maior. Por conta da crise que afeta o Brasil há três anos, alguns destinos internacionais viram o mesmo índice que subiu em Viena despencar. E não só brasileiros têm procurado a cidade, em 2016, ela recebeu o recorde de 6,8 milhões de turistas no total, crescimento de 4,5%  se comparado a 2015.

O que tem atraído tantos turistas a Viena nos últimos anos? Motivos não faltam, a cidade, banhada pelo Rio Danúbio, tem uma história que começa com um assentamento militar romano no século 1, teve dois poderosos impérios e acabou acumulando uma cultura inigualável e prédios de arquitetura tão preciosa que seu centro histórico antigo foi nomeado Patrimônio Cultural da UNESCO. Somado a tudo isso, a capital não parou no tempo, evoluiu e, ao mesmo tempo que é referência em óperas e música clássica, também sedia grandes festivais de música eletrônica.

Outro ponto a favor de Viena é sua localização. O destino está a poucas horas de voo de grandes cidades como Roma, Munique e Paris. Hotel também não falta por lá, são quase 70 mil camas disponíveis divididas em estabelecimentos de todas as categorias, desde os mais baratos até os mais luxuosos. É perfeita para incluir na sua próxima viagem à Europa, não é mesmo? Se ainda não se convenceu, te damos mais quatro motivos.

Principalmente no verão, a cidade é tomada por festivais ao ar livre – Crédito: Karls Thomas

1- Viajar no Tempo

Como já foi mencionado, a história de Viena começa lá no século 1. Tanto tempo de ocupação deixou marcas visíveis até hoje, aliás, belas marcas. Uma delas é o museu Albertina. O prédio que está instalado por si só já é digno de vista. Todo em arquitetura neoclássica, tem mais de 300 anos de história. No acervo tem uma das mais importantes coleções de artes gráficas do mundo. Infos no: www.albertina.at

O Schönbrunn Palace é outro local imperdível para reviver a história de Viena. O palácio era residência de verão dos Habsburgos desde 1569 e é um dos maiores complexos barrocos da Europa. Para completar essa rápida viagem no tempo, vá até a St. Stephen’s Cathedral, o símbolo de Viena. Construída no século 12, é uma das estruturas góticas mais importantes da Áustria. Com quatro torres, a mais alta dela tem 136,44 metros de altura. Além disso, é decorada com ouro e pedras precisos. Independente da religião, deixa a viagem de qualquer um mais rica.

O museu Albertina fica em uma palácio de estilo neoclássico com mais de 200 anos de história – Crédito: Harald Eisenberger

O Schönbrunn Palace é um dos maiores complexos barrocos da Europa – Crédito: Christian Stemper

2 – Viver o Modernismo

Viena irá celebrar o modernismo em 2018. Quatro dos maiores representantes do movimento morreram cem anos atrás, são eles: Gustav Klimt, Egon Schiele, Otto Wagner e Koloman Moser. Eles tiveram o último grande impacto na cidade por volta de 1900. Para celebrar, Viena terá uma série de eventos e exposições. É uma ótima oportunidade de ver as obras desses e de outros artistas do Modernismo em destaque e reunidas.

Como parte das celebrações, Viena preparou tours especiais. O Sigmund Freud Museum, por exemplo, terá um passeio para que os turistas visitem lugares nos quais o médico via seus pacientes e encontrava amigos. O tour pode ser agendado no seguinte e-mail: museum@freud-museum.at.

Em 2018, haverá o tour especial Cidade Branca de Otto Wagner – Crédito: Christian Stemper

Otto Wagner ganhou dois tours guiados especiais para 2018. Ele projetou o Weisse Stadt (Cidade Branca) no 14º distrito de Viena. O desenvolvimento compreendeu um hospital, o teatro Art Nouveau e a Igreja de St. Leopold. Os tours são: Cidade Branca de Otto Wagner (disponível em alemão, inglês, francês, italiano e espanhol por acordo prévio) e Igreja Otto Wagner de St. Leopold (passeios públicos em alemão, sem antecedência requerida, sábados às 15h00 e domingo às 16h00, também disponível em inglês, francês, italiano e espanhol por acordo prévio). Contato: otto-wagner-kirche@wienkav.at

O estúdio que Klimt usou de 1911 a 1918 para fazer várias pinturas e centenas de espoco é aberto ao público. Em 2018, haverá uma série de eventos e tours no local, são eles: Gustav Klimt, a Vida e o Trabalho; International Art Nouveau; Japonism; Gustav Klimt e Emilie Flöge; Hietzing – Artist’s Addresses, Arquitetura e  Vienna por volta de 1900.  Para datas e mais informações, acesse o site: www.klimt.at/default1.html

Lower Belvedere

22 de março a 26 de agosto de 2018: Klimt não é o fim. Despertar na Europa Central

O fim da Primeira Guerra Mundial e as mortes de Klimt, Schiele, Wagner e Moser são muitas vezes vistos como o fim de uma época e de um período em que a arte floresceu. Esta exposição ilustra as mudanças que essa fatídica quebra na história realmente levou, as restrições que trouxe consigo, as novas perspectivas que se abriram em seu rastro e o que continuou na nova era. Ele revela os fios de continuidade e mudança na arte entre a monarquia do Danúbio e os estados-nação recém-criados que surgiram de suas cinzas. O show apresenta cerca de 80 obras, incluindo peças de Klimt, Schiele, Kokoschka, Moser e Egger-Lienz.

Algumas das mais importantes exposições sobre o tema em 2018 estarão no museu Lower Belvedere. Prédio construído entre 1712 e 1716, só pela sua arquitetura já valeria a visita. Em 19 de outubro já começou uma exposição que vai até 17 de fevereiro de 2019, é a Egon Schiele – Ways of a Collection. Ela examina de perto todos os trabalhos da coleção Schiele do Belvedere, abordando aspectos como a aquisição, composição e temas. Para fornecer um contexto adicional, as pinturas são definidas contra pré-estudos individuais e trabalhos relacionados.

De 22 de março a 26 de agosto outra exposição sobre o tema acontecerá no Belvedere: Klimt não é o fim. Despertar na Europa Central. Ela irá mostrar que o fim da Primeira Guerra Mundial e as mortes de Klimt, Schiele, Wagner e Moser são muitas vezes vistos como o fim de uma época e de um período em que a arte floresceu. Ele revela os fios de continuidade e mudança na arte entre a monarquia do Danúbio e os estados-nação recém-criados que surgiram de suas cinzas. A exposição apresenta cerca de 80 obras, incluindo peças de Klimt, Schiele, Kokoschka, Moser e Egger-Lienz.

Informações sobre as exposições do Belvedere podem ser encontradas no www.belvedere.at. Já no site oficial do turismo de Viena há uma seção inteira dedicada aos eventos que celebrarão o Modernismo em 2018, basta acessar: www.wien.info/en/sightseeing/vienna-2018

Emblemático em Viena, o Belvedere terá várias mostras ligadas ao modernismo em 2018 – Crédito: Christian Stemper

3 – Tomar uns bons vinhos

O vinho é praticamente uma parte de Viena, assim como a Stephen’s Cathedral ou Schönbrunn Palace. No passado, cada um dos 23 distritos de Viena tinha sua própria produção. Assim, surgiram as heurigers, tavernas que permitem que o produtor comum comercializasse seu vinho para ser apreciado com comidas simples. Atualmente, o cenário mudou. A bebida é encontrada em todos os lugares do destino, não só nas tavernas. Aliás, Viena é a única capital do mundo que produz uma quantidade significativa da vinho dentro dos limites da cidade.

Há um grande crescimento da região produtora e da produção anual, que chega a 2.4 milhões de litros. Cerca de 80% da área cultivada é coberta por uvas que dão origem aos vinhos brancos, como Riesling, Weissburgunder, Grüner Veltliner, Sauvignon Blanc e Gelber Muskateller. Em contrapartida, há um crescente número de produtores que investem nos vinhos tintos, particularmente o Zweigelt e o St. Laurent junto com tipos que estão na moda internacionalmente, o Merlot, Pinot Noir e Syrah.

Viena tem produção de 2,4 milhões de litros de vinho por ano – Crédito: Peter Rigaud

E quais os melhores lugares para tomar esse vinho todo? Indicamos diferentes locais, entre bares, hotéis e tavernas.

Wein & Co Bar Stephansplatz – Comer, beber e comprar. Este é o lema da flagship store da Wein & Co. No local não se encontra apenas uma boa cozinha e uma bela seleção de vinhos, também são oferecidos seminários sobre vários temas.

Endereço: Jasomirgottstrasse 3-5, 1010

Site: www.weinco.at

Vis a Vis – Um pequeno e charmoso bar, um estabelecimento pioneiro em Viena na oferta de vinhos.

Endereço: Wollzeile 5 (passageway to Bäckerstrasse), 1010

Site: www.weibel.at

Restaurante Meixner’s Gastwirtschaft – Local excelente em Viena no qual o próprio Karl Meixner oferece sua assistência pessoa na seleção dos melhores vinhos.

Endereço: Buchengasse 64 (corner of Herndlgasse), 1100

Site: www.meixners-gastwirtschaft.at

Hotel Rathaus Wein & Design – O Hotel Rathaus Wein & Design localizado no 8º distrito foi todo desenvolvido ao redor da temática do vinho. Cada um dos 49 quartos é dedicado aos melhores vinicultores austríacos, incluindo os de Viena. Os vinhos estão disponíveis até no frigobar. Também tem um lounge com bar bem abastecido da bebida. Costuma fazer eventos sobre o vinho.

Endereço: Lange Gasse 13, 1080

Site: www.hotel-rathaus-wien.at

Christ – Para ter a experiência de tomar vinho emu ma taverna tradicional, a Christ é ideal. Com 400 anos de história, combina tradição e modernidade. Alguns dos vinhos encontrados lá são os melhores da cidade.

Endereço: Amtsstrasse 10-14, 1210 Vienna

Site: www.weingut-christ.at

Wine Tavern Schübel-Auer – Comida tradicional e também pratos especiais livres de glúten e lactose, tem opções veganas. Com um charmoso jardim, serve deliciosos vinhos.

Endereço: Kahlenberger Straße 22, 1190

Site: www.schuebel-auer.at

A Wine Tavern Schübel-Auer é um ótimo local para saborear deliciosos pratos e vinhos em Viena – Crédito: Peter Rigaud

4 – Relaxar com a música

A lista de compositores que nasceu ou fez carreira em Viena é impressionante. Nomes como Wolfgang Amadeus Mozart, Ludwig van Beethoven, Franz Schubert, Joseph Haydn, Arnold Schoenberg, Gustav Mahler e Johann Strauss disseminaram sua música pela cidade e ela ecoou por todo o mundo. Com toda essa tradição musical aliada às novas tendências, é um dos melhores destinos para se deixar levar pela boa música.

Para experimentar algo bem tradicional, veja uma apresentação do famoso Vienna Boy’s Choir, o coral dos meninos de Viena que começam a se preparar já no jardim de infância. Eles se apresentam regularmente em seu próprio espaço de concertos, o “MuTh” e na Hofburg Chapel. No MuTh há apresentações regulares, basta acessar o site para ver a agenda. Já na Hofburg Chapel o coral se apresenta aos domingos, de setembro a junho.

O Vienna Boys´Choir costuma ter apresentações o ano todo na cidade – Crédito: Lukas Beck

Um clássico da cidade, o Vienna State Opera é premiado por sua acústica excepcional. São quase 300 noites de apresentação por ano, ou seja, vai ser muito difícil que bem na sua viagem não haja um espetáculo por lá. Todos os meses há estréias, desde barrocas até as contemporâneas. Há ingressos a partir de 13 euros, basta acessar o site para ver a programação e comprar as entradas. Se estiver pela cidade em abril, maio, junho, setembro ou dezembro poderá ver gratuitamente uma das mais de 80 óperas e performances de balé exibidas ao vivo na Herbert-von-Karajan-Platz em uma tela de 50m².

No Vienna State Opera também acontece os famosos bailes de gala do Vienna Opera Ball, quando o teatro se transforma em um elegante salão. Para participar de dessas noites elegantes em 2018 é preciso desembolsar, no mínimo, 290 euros. Os ingressos começam a ser vendidos no dia 24 de fevereiro.

E agora, está convencido que Viena é imperdível?