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Maneira prática de conhecer o Alasca: a bordo de um navio

Para nós, brasileiros, talvez o Alasca pareça muito distante e difícil de ser desbravado. Não dá para negar que é longe, só para ter uma ideia, cerca de 13 mil quilômetros separam São Paulo de Juneau, capital do Alasca. Voo direto entre o Brasil e a “última fronteira”, como é chamado o Estado norte-americano, não existe.

Quando pensamos no Alasca é fácil associá-lo com temperaturas muito baixas e iglus. E, não é uma associação equivocada, mas não é frio o tempo todo em todas as regiões do Alasca. E, se todos esses fatores parecem dificultar a equação de uma viagem ao destino, uma solução mais prática é conhecer o Estado navegando, isso mesmo! Foi assim que a equipe do Viajar é Simples desbravou o destino há alguns anos, a bordo de um navio de cruzeiros, especificamente, o Norwegian Jewel.

O Viajar é Simples embarcou no navio Norwegian Jewel há alguns anos para desbravar o Alasca – Crédito: Sylvia Barreto

E, agora, depois de ter a temporada de 2020 suspensa e a de 2021 bem curta por conta da pandemia, em 2022 os navios voltam a navegar pela região. Com viagens do fim de abril até metade de outubro, os cruzeiros da temporada 2022 têm capacidade para levar até 1,5 milhão de passageiros ao destino, de acordo com dados da Rain Coast Data, empresa com sede em Juneau.

Em 2019, último ano antes da pandemia, os navios de cruzeiro levarão 1,3 milhão de pessoas ao Alasca. Em 2021, com a temporada mais curta, restrições e poucos navios, apenas 115 mil turistas embarcaram em navios para conhecer o destino.

Quais as vantagens de conhecer o Alasca a bordo de um navio?
Vamos começar a resolver e simplificar a equação de conhecer o Alasca a bordo de um navio. Claro, você vai precisar chegar aos EUA. De preferência, até Seattle, cidade que tem o maior número de navios saindo para o Alasca.

Do Brasil, não temos voos diretos para Seattle apenas para outras cidades dos EUA. E, delas, dá para seguir até Seattle com facilidade. Em 2022, a previsão é que de abril até 23 de outubro, 296 viagens de navio comecem em Seattle rumo ao Alasca.

Outra opção é embarcar em Vancouver, no Canadá. Alguns cruzeiros também fazem embarque na cidade canadense, porém, o número de opções e saídas não é tão vasto como no caso de Seattle.

A maior parte dos navios que vão para o Alasca sai de Seattle – Crédito: Sylvia Barreto

Se optar por embarques em Vancouver, saindo do Brasil, a maneira mais prática é pegar um voo direto da Air Canada de São Paulo para Toronto e, de lá, pegar outro voo para Vancouver. Mas, nem todas as companhias de cruzeiros saem de lá. Ainda, existem embarques em outras cidades, como Seward, no próprio Alasca, e em São Francis, na Califórnia.

Agora que você já sabe como embarcar, vamos começar com as vantagens. Uma delas é que a temporada de cruzeiros no Alasca começa no fim da primavera e termina no começo do outono, ou seja, ela acontece nos meses mais quentes.

Por meses mais quentes nas cidades do Alasca em que os navios de passageiros atracam entendemos o que? Temperaturas que variam entre 5ºC e 20ºC. Claro, isso vai depender bastante do mês e do horário, porém, não é aquele frio tão absurdo, com temperaturas bem mais frias que 0ºC que imaginamos quando o assunto é Alasca.

Os dias têm temperaturas amenas no fim da primavera e no verão no Sul do Alasca – Crédito: Sylvia Barreto

Nestas estações é o período em que o Estado tem dias mais longos. Em junho, por exemplo, os dias duram cerca de 18 horas. É comum amanhecer às 04h00 e anoitecer apenas às 23h00. Com isso, muitos navios atracam bem cedo nos portos, por volta das 06h00, e os passeios começam nas primeiras horas da manhã. Ao meio-dia, dá para passear só de camiseta pelas ruas do Alasca.

Outra vantagem de navegar pelo Alasca é a facilidade de deslocamento. Uma vez no navio, você não precisa se preocupar em como chegar ao seu próximo destino, com aluguel de carro ou com compra de passagens, nada, você acorda e, pronto, está em locais maravilhosos.

Os navios visitam apenas uma parte do Alasca, mais ao sul. Porém, para quem quer ir para cidades mais ao norte, como Anchorage e Fairbanks, pode optar companhias marítimas que ofereçam opções terrestre após o cruzeiro. É o caso de Holland America e Princess Cruise, por exemplo, que oferecem lodges próprios no Denali National Park e até viagens de trem para outros destinos do Alasca além daqueles atendidos pelos navios.

Quais destinos vou visitar durante cruzeiro no Alasca?
As cidades do Alasca mais frequentes nos itinerários dos cruzeiros são Juneau, Ketchikan e Skagway. Além disso, Victoria, no Canadá, também costuma ser local costumeiro de parada. Para completar, pelo menos em um dia no trajeto, o navio adentra os fiordes e a vista, incluindo de geleiras, é espetacular.

Carcorss Desert, em Yukon – Crédito: Sylvia Barreto

A partir de Skagway também é normal fazer passeios que cheguem até o vizinho Canadá, precisamente, o Estado de Yukon, que abriga lagos de cores incríveis e até o que chamam de deserto de Carcross. Na verdade, é mais uma região de dunas, precisaria ser menos úmido para ser considerado um deserto, mas, visualmente, parece sim.

Abaixo, conheça um pouco mais sobre cada um desses destinos no Alasca e quais tipos de passeio esperar em cada um deles:

Ketchikan – cidade mais ao sul do Estado, é rodeada de belas montanhas. A cidade tem 14 mil habitantes e o porto está bem em seu centro, que é cheio de construções de madeira, como você também vai ver nas outras paradas pelo Alasca. É ideal para provar frutos do mar e peixes bem frescos. salmão do Alasca, king crab e hallibut são as melhores pedidas.

A área urbana da cidade é pequena, mas, o espaço que só a natureza ocupa é bem maior. Ketchikan está na Tongass National Forest, a maior floresta dos Estados Unidos, com quase 70.000 km² e que abrange outros municípios do Alasca. Ela tem geleiras e fiordes, além de ser casa de animais como o salmão, ursos marrons e pretos e a águia símbolo dos Estados Unidos, a bald eagle. Para emoldurar tudo isso, montanhas com cerca de 1.000 metros de altura.

Bold eagle, símbolo dos EUA e encontradas em Ketchikan – Crédito: Sylvia Barreto

Ketchikan – Crédito: Sylvia Barreto

Por lá, você vai encontrar passeios que apostam na tradição da pesca, na floresta, na observação de animais e até apenas tours pela cidade. Um inusitado é feito em veículo híbrido chamado Duck, que passeia pela água e também pelas ruas de Ketchikan.

Juneau – pelo seu tamanho, pode não parecer, mas a cidade de pouco mais de 30 mil habitantes é capital do Alasca. Outro fato interessante sobre ela é que abriga a geleira Mendenhall e imensos campos de gelo.

Nem por isso pense que faz muito frio em Juneau no verão. A geleira está a cerca de 20 quilômetros do centro da cidade e, em um dia bonito de verão, a temperatura chega aos 20º facilmente ao meio-dia. Quando os navios chegam pela manhã pode ainda estar mais frio e uma certa nevoa parar ao redor da cidade, mas, a tendência é que o tempo melhore conforme vai se aproximando do horário de almoço.

Juneau é capital do Alasca – Crédito: Sylvia Barreto

Juneau tem uma longa lista de passeios interessantes. Dá para optar por observação de baleias ou ursos, churrasco de salmão no campo, pesca, caminha pelas florestas e passeio de helicóptero. E, caso esteja na dúvida e nunca tenha visitado uma geleira, a aposta certa é algum passeio de helicóptero.

Existem voos até a geleira Mendenhall com direito a parada e caminhada no topo dela! A aventura começa já no porto. Geralmente, as empresas de helicópteros buscam os passageiros no porto e leva para a base, que fica a poucos quilômetros do local de parada dos navios.

Uma vez na sede da empresa, os turistas ganham botas especiais para caminhar na neve. Elas são usadas por cima do calçado regular mesmo. As roupas devem ser apropriadas para enfrentar o frio no topo da geleira, vá, se possível, com roupa de esqui, peças térmicas e gorros.

Geleira Mendenhall – Crédito: Rodrigo Barrionuevo

O passeio de helicóptero até as geleiras é um dos imperdíveis em Juneau – Crédito: Sylvia Barreto

Nos helicópteros vão, geralmente, quatro passageiros e o piloto. Ao levantar voo, a paisagem começa a se desenhar, lagos, o mar e vegetação bem verde. A proximidade da geleira muda o cenário, o verde dá lugar ao branco da neve e, em poucos minutos, você só vê um deserto de gelo pontilhado do azul intenso da água ainda líquida por ali.

O helicóptero, então, para na geleira e é hora de descer. Mesmo com as botas, é um pouco escorregadio. Mas a beleza do lugar é tão grande que você vai querer correr por cada pedaço dele. Nesses passeios, costuma ter um guia esperando o grupo, recebem uma breve explicação, dão uma volta e, hora de voltar, infelizmente, é rápido.

Cuidado! Algumas empresas colocam limite de peso de 114 quilos por pessoa. Caso o passageiro pese mais, será cobrada uma taxa.

Skagway – apesar da cidade estar no Alasca, ela tem uma certa aparência de Velho Oeste. Parece uma daquelas cidades saídas de filmes. Tem casinhas coloridas de madeira, um verdadeiro saloon (como aqueles cabarés antigos), ruas tranquilas e nem 1.000 moradores por ali.

Skagway nasceu por conta da corrida do ouro no Alasca lá pelos idos de 1900. Naquela época, havia uma certa ânsia pelo metal precioso a ser explorado na região de Klondike, e, por isso, fizeram a linha de trem que vai de Skagway até Carcross, já no Canadá, chamada de White Pass & Yukon Rail Road. Yukon é um Estado canadense que faz fronteira com o Alasca.

Skagway – Crédito: Sylvia Barreto

Porto de Skagway – Crédito: Sylvia Barreto

A maioria dos passeios em Skagway gira em torno da história do ouro na região. São várias as maneiras de conhecer os belos caminhos que percorriam os mineradores no início do século passado. A mais famosa delas é o passeio de trem pela ferrovia White Pass & Yukon Railroad. Ela já mais extensa, porém, a parte hoje utilizada para o turismo é de apenas 110 quilômetros.

Há diversos passeios pela ferrovia, combinados até com volta em outro tipo de veículo, e também excursões em ônibus mesmo. E o que atrai os turistas por essa rota? Talvez sejam as imensas montanhas cobertas de neve, ou os belos lagos cor de esmeralda ou, até o Carcross Desert.

Uma dica é que, não importa a forma que vai escolher para fazer esse passeio, não deixe de atravessar a fronteira, seja de carro ou de trem. As paisagens são lindas e nunca mais irão sair de sua memória.

Emerald Lake, Yukon – Crédito: Rodrigo Barrionuevo

O que você precisa saber antes de embarcar para um cruzeiro no Alasca?
Vistos – Para ir ao Alasca, ou qualquer outro destino dos Estados Unidos, brasileiros precisam de visto. O mais comum para quem vai passear é o B1-B2. Porém, como os itinerários costumam ter uma parada no Canadá, é preciso ficar atento também às exigências do país.

Se você for embarcar nos Estados Unidos e seu roteiro incluir uma parada no Canadá, irá precisar de um visto de turista com certeza. Caso você embarque no Canadá, em Vancouver, em alguns casos, só irá precisar de uma autorização eletrônica de viagem.

Não vou alongar a explicação sobre vistos aqui, mas uma regra básica no Canadá é: se você tem um visto dos EUA ou tirou um visto do Canadá nos últimos dez anos, pode tirar uma autorização eletrônica de viagem, porém, sua primeira entrada no país com ela deve ser por via aérea. Ou seja, se você sair do Brasil e chegar no Canadá de avião e se enquadrar nos pré-requisitos, você só precisa da autorização. Quando embarcar no navio, a sua primeira entrada já terá sido pelo aeroporto e, quando voltar ao porto vindo dos EUA, tudo bem estar apenas com a autorização eletrônica.

Fique atento aos requisitos de entrada nos EUA e Canadá – Crédito: Sylvia Barreto

Se você vai sair dos EUA de navio e parar em algum destino do Canadá, então, não importa se já teve visto do Canadá ou se tem um dos EUA, pelo menos por enquanto, precisa apresentar um visto de turistas, que tem um processo mais demorado e custo maior do que da autorização eletrônica. Portanto, se ainda não tem o visto e seu caso será cruzeiro com embarque nos EUA e parada no Canadá, programe-se para tirá-lo.

Mala – como já mencionado no texto, os cruzeiros são feitos nos meses mais quentes do ano. Portanto, pode colocar na mala roupas leves, mas não deixe de levar casacos para as primeira horas do dia ou se quiser ficar nas áreas externas do navio à noite.

Leve também roupas mais quentes, principalmente, se fizer os passeios das geleiras. Neste caso, o indicado são roupas de esqui, luvas e gorros. Caso não tenha roupas de esqui, opte por blusas e calças térmicas e casacos mais pesados.

Além disso, se for fazer caminhadas nos parques, tenha um calçado adequado e, se possível, impermeável. E, claro, para todos os passeios, calçados confortáveis.

Em alguns passeios, é preciso estar com roupas mais quentes – Crédito: Sylvia Barreto

Como os navios têm spa, piscinas e hidromassagens, leve roupa de banho. Isso mesmo, é imprescindível. Até nos dias mais frios você vai ver que as pessoas fiquem nas piscinas ao ar livre e, se tiver vontade, vai precisar de uma roupa adequada.

Óculos de sol também é bem importante, principalmente, nos momentos que o navio passa pelas geleiras ou se você vai de helicóptero conhecer alguma. Isso acontece porque a claridade do sol batendo na neve é muito forte e vai precisar proteger os olhos.

Quais companhias estão fazendo cruzeiros pelo Alasca na temporada 2022?

Cerca de 20 companhias marítimas estão com cruzeiros pelo Alasca na temporada 2022. Existem desde companhias com navios menores e mais luxuosos, aquelas com embarcações de expedição e as companhias com navios enormes e cheios de atrações.

Companhias com navios de luxo e menores, temos como exemplo em 2022 a Seabourn Cruise Line, que leva para a região o Seabourn Odyssey, de apenas 450 passageiros e a Silversea Cruises com um navio de 596 hóspedes, o Silver Muse, e outro de 382, o Silver Shadow. Já a Windstar Cruises irá levar pela primeira vez ao Alasca seu navio Star Breeze que tem lugar apenas para 312 passageiros.

Uma das vantagens dessas embarcações menores é que acessam locais nos quais as maiores não conseguem chegar. Porém, apesar de todo luxo e serviço personalizado que oferecem, não há tantos atrativos no barco em si se compararmos com as companhias que lançam navios maiores a cada ano. Mas, é uma questão de perfil a escolha do navio.

Norwegian Jewel está de volta ao Alasca para mais uma temporada – Crédito: Sylvia Barreto

Das empresas dos grandes navios repletos de atrações temos a Norwegian Cruise Line, por exemplo, direcionando cinco de suas 17 embarcações para o destino em 2022: Bliss, Encore, Sun, Spirit e Jewel. São roteiros de cinco, sete, nove e dez dias pelo Alasca neste temporada. Os embarques acontecem em Seattle e Seward nos Estados Unidos e em Vancouver, no Canadá.

Por meio de uma parceria com a Huna Totem Corporation, de propriedade dos nativos do Alasca, a Norwegian conseguiu concluir seu segundo píer de cruzeiros em Icy Strait Point. Além disso, ampliou sua oferta de excursões em terra na região, incluindo a maior tirolesa ziprider do mundo e experiências que destacam a cultura do povo nativo Huna Tlingit.

Quem também está investindo bastante na temporada 2022 no Alasca é a Princess Cruises com seis navios. São eles: Grand Princess, Ruby Princess, Royal Princess, Crown Princess, Majestic Princess e Discovery Princess. Nos EUA, a companhia tem embarques em Seattle, Whittier e São Francisco e em Vancouver, no Canadá.

A Holland America Line também oferece seis embarcações no Alasca em 2022. São elas: Eurodam, Noordam, Westerdam, Koningsdam, Nieuw Amsterdam e Zuiderdam. Os embarques são feitos em Seattle e Whittier nos EUA e em Vancouver, no Canadá. Todos os navios acomodam cerca de 2.000 hóspedes.

Disney Wonder navega pelo Alasca com saídas de Vancouver – Crédito: Diana Zalucky,

Bastante popular nos EUA, a Carnival Cruise Line também retorna aos EUA em 2022. A companhia terá três navios na região: Splendor, Miracle e Spirit. Seus embarques serão feitos em São Francisco e em Seattle.

Dentre as empresas mais conhecidas pelos brasileiros, Royal Caribbean terá quatro navios no Alasca em 2022: Quantum os the Seas, Serenade of the Seas, Ovation of the Seas e Radiance of the Seas. Do mesmo grupo da Royal Caribbean, mas com proposta um pouco diferente, a Celebrity Cruises também está no Alasca em 2022 com três navios: Solstice, Eclipse e Millennium.

Quem preferir ver as belas paisagens do Alasca com todo o encanto da Disney, pode optar pelos cruzeiros no Disney Wonder, da companhia Disney Cruise Line. O navio fica na região de 16 de maio até 12 de setembro. Ele só terá embarques em Vancouver, no Canadá.

Ovation of the Seas, da Royal Caribbean, é um dos navios que passa a temporada 2022 no Alasca – Crédito: Divulgação

Quanto custa fazer um cruzeiros no Alasca?
Neste ponto, não será levado em consideração o valor das passagens, já que variam bastante e dependem de vários fatores. Os valores serão considerados por cruzeiro e por excursões para que o turista tenha ideia de quanto irá desembolsar apenas com essa parte da viagem.

A base aqui será a Norwegian Cruise Line. Porém, existem companhias com valores mais baixos e mais caros. A NCL será usada porque tem valores medianos, se considerarmos toda a companhia, e porque o Viajar é Simples já viajou para o destino com a companhia e pode atestar sua qualidade no mar e em terra.

Para setembro de 2022, por exemplo, há saídas promocionais de sete noites no navio Norwegian Encore com valores a partir de R$ 10.866 por cabine interna para dois hóspedes. Neste valor estão inclusas taxas e impostos.

Durante o cruzeiro, as refeições estão inclusas – Crédito: Sylvia Barreto

Cada hóspede gasta pouco mais de R$ 5.000 nessas condições. Porém, ir para o Alasca e não fazer excursões não é o indicado. E, os passeios por lá não são baratos. Ao contrário de muitos destinos que compensa fazer direto com as agências locais, no Alasca, os preços não diferem tanto.

A maioria das excursões têm valores que variam de US$ 100 a US$ 400. Sendo três paradas no Alasca em um cruzeiro de sete noites, vamos colocar que cada hóspede irá gastar cerca de US$ 500 com excursões. Se o dólar estiver baixo, coisa de R$ 5 por US$ 1, temos R$ 2.500 por pessoa.

Se houver parada em Victoria, no Canadá, lá sim é possível sair pela cidade e fazer passeios por conta. Para isso, vamos colocar que o hóspede gaste mais R$ 150. Sendo assim, a viagem completa, pagando o cruzeiro, mais excursões, mais gastos em Victoria, sai, pelo menos, R$ 16.000.

É preciso incluir na conta valor dos passeios – Crédito: Sylvia Barreto

O turista ainda precisa contar com o valor das passagens, hospedagem antes e depois do embarque se necessário, alimentação fora do navio e gastos com vistos se necessário. E vale a pena? Se você quer conhecer um lugar com paisagens incríveis que não são vistas facilmente no mundo e ter bastante contato com a natureza e com os animais: sim!

A natureza é tão exuberante no Alasca que só de olhar ao redor enquanto o navio está navegando já é uma experiência incrível. E, os animais, como as baleias, são tão abundantes por lá que, às vezes, nem é preciso fazer um passeio específico de observação para vê-los. É comum ver baleias em excursões no mar ou ursos em passeios terrestres.

Dica extra: Seattle
Vai embarcar em Seattle? Se a resposta for sim, a cidade merece, ao menos, duas noites para ser explorada. Já coloca na conta de gastos e de tempo de viagem. A cidade é vibrante e respira música.

Tudo bem, Seattle tem o céu cinza a maior parte do tempo e pode chuviscar. Mas nem esses fatores tiram o brilho próprio que a cidade tem. É comum principalmente aos fins de semana, ter shows ao ar livre ou música ao vivo em rooftops.

Um lugar imperdível é o Pike Place Market. Cheio de bancas de produtos frescos, como peixes e frutos do mar, também é cheio de lugares para comer e de turistas de todas as partes do mundo. Ao redor, tem ainda mais lugares de comidas de vários regiões do planeta e até a primeira loja do Starbucks.

Se for embarcar em Seattle, reserve pelo menos duas noites para ficar na cidade – Crédito: Sylvia Barreto

Ícone de Seattle, aquele prédio que aponta no meio do skyline da cidade é o Space Needle. Provavelmente, você já o viu, pelo menos, em Grey´s Anatomy, já que é difícil não perceber os seus 184 metros de altura. Ele tem a melhor vista da cidade e é aberto á visitação.

Outra atração icônica é o EMP Museum, com uma parte totalmente voltada para o Nirvana, grupo de Kurt Cobain que explodiu em 1991. Além disso, o local abrirga uma escultura com mais de 500 guitarras que é um dos pontos altos da visita.

Protocolos de saúde para navegar pelo Alasca
O ideal é checar com cada companhia de cruzeiros para ver as particularidades. Porém, comprovante de vacinação e teste PCR são requisitos obrigatórios para embarcar. Costuma variar apenas se a companhia pede o comprovante de vacinação apenas para maiores de 18 anos ou para todos a partir de cinco ou 12 anos dependendo da empresa.

Além disso, comprovante de vacinação e teste PCR ou antígeno também são exigidos para entrada nos EUA. Para entrar no Canadá, não é mais preciso apresentar teste negativo. Essas informações foram checadas em 09 de maio de 2022 e podem mudar.

Agora que você já sabe como é incrível e prático fazer um cruzeiro pelo Alasca e tem ideia de valores, ficou com vontade de viajar por lá? Conta aqui nos comentários. Se tiver dúvidas, também é só perguntar.