Aracaju ganha Museu da Gente Sergipana

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28 de novembro 2011

A história de um povo pode ser manifestada no linguajar da sua gente, na sua culinária, nos hábitos corriqueiros dos seus cidadãos ou em ações grandiosas dos seus filhos ilustres. Pode ser conhecida pelas lutas do passado, por sua geografia, fauna e flora peculiares e contada através de livros, nos versos dos seus poetas, no sotaque que se ouve nas ruas, nas músicas dos cantores da terra, nas danças de raiz, nas manifestações culturais populares, através das artes plásticas exportadas para o mundo ou no artesanato que revela a singularidade de cada região. Sobre esta perspectiva, a partir de hoje, a história e a cultura do povo sergipano pode ser encontrada e apreciada nas paredes, no piso e em toda a estrutura do Museu da Gente Sergipana, inaugurado na noite do último sábado, 26.

Unindo o passado e o presente e o orgulho de ser da população da terra do cacique Serigy, o museu instalado no antigo prédio do Atheneuzinho, que foi totalmente restaurado pelo Banco do Estado de Sergipe (Banese), em parceria com o Governo do Estado, abriga um espaço multimídia de última geração, comparável ao Museu da Língua Portuguesa e o Museu do Futebol, em São Paulo.

“É um museu para elevar a autoestima do povo sergipano, para que nós possamos ter orgulho da nossa terra e do nosso povo, para que possamos perceber a grandeza da contribuição que o menor estado do Brasil ofereceu a nação brasileira. Aqui, nós teremos contanto com a cultura mais erudita de Tobias Barreto, da historiadora Maria Thetis Nunes, teremos a luta do nosso povo, folclore, a literatura de cordel, a culinária, tudo o que representa ser sergipano, para que quem venha de fora conheça melhor a alma da nossa gente e para nós sergipanos sairmos daqui orgulhosos de termos nascido nesse pequeno, mas belíssimo pedaço do Brasil”, declarou o governador.

Projeto âncora do Instituto Banese, o Museu da Gente Sergipana oferecerá aos seus visitantes a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre Sergipe e sobre o povo que contribuiu no passado e contribui no presente para formação desse pequeno grande estado. Apresentando aos turistas e sergipanos as riquezas matérias e imateriais dessa terra e permitindo que sua gente se reconheça em cada pedaço do museu. “A inauguração deste museu representa muito para nós, sergipanos natos porque é um espaço onde poderemos visualizar todas as nossas raízes e cultura. Além do que, será uma oportunidade para os nossos turistas e visitantes mergulharem na nossa história e se enriquecerem com a nossa vasta diversidade cultural”, disse o secretário de Turismo, Elber Batalha.

Restauração

O Museu da Gente Sergipana resgata o valor histórico do prédio do antigo Atheneuzinho, agregando à sua referência educacional de outrora, o conhecimento voltado para exposição do acervo do patrimônio cultural do estado.

Após a solenidade de abertura, um passeio no espaço possibilitou o conhecimento das instalações do local, que dispõe de um auditório com capacidade para 100 pessoas, foyer, átrio cultural e galeria para exposições temporárias que irão inserir Sergipe no roteiro cultural das exposições nacionais, loja, café e estacionamento.

Já no pavimento superior, os convidados puderam participar da experiência de se expor a um túnel com projeção em 360 graus, que exibe imagens das belezas naturais e dos biomas de Sergipe, além de conhecerem a mesa gastronômica, contendo ingredientes e pratos típicos do estado, entre outras exposições interativas sobre diversos aspectos da cultura sergipana, como seu artesanato, causos, lendas e mitos, personalidades, festas populares, jogos e brincadeiras populares, literatura de cordel e repente, feira livre.

O prédio está adaptado para pessoas com necessidades especiais, com inserção de rampas, elevador e piso táctil. As instalações museográficas também dispõem de instrumentos que possibilitam o acesso aos conteúdos para deficientes visuais e auditivos.
Investimento

Iniciada em outubro de 2009, a obra para a construção do museu contou com um investimento orçado em aproximadamente R$ 22 milhões, incluindo os gastos com a aquisição de terreno e casas para construção de estacionamento e do prédio administrativo para sede do Instituto Banese, além da restauração do Atheneuzinho, projeto e instalações museográficas, mobiliário e equipamentos de informática e audiovisuais. O museu é um presente do Banese para o povo sergipano, no ano em que o banco comemora 50 anos de existência e excelência ao lado dos seus conterrâneos.

A viabilização do Museu da Gente Sergipana, que ocorre no mesmo ano em que os sergipanos receberam outro grande presente: o título de Patrimônio Cultural da Humanidade concedido pela Unesco à praça São Francisco, em São Cristóvão, faz parte da política de recuperação do patrimônio histórico de Sergipe, que já revitalizou prédios como o do Museu Histórico de Sergipe, em São Cristóvão, e o da antiga sede do governo estadual, localizado na praça Fausto Cardoso, em Aracaju, que se transformou no Palácio-Museu Olímpio Campos, referência em unidade museal na região Nordeste.

O Museu da Gente Sergipana estará aberto à visitação pública a partir do dia 06 de dezembro, de terça a domingo, inclusive nos feriados, das 09h00 às 20h00, com entrada gratuita.

 

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