Como driblar a alta do dólar?

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1 de fevereiro 2016

A sua esperada viagem para os Estados Unidos – ou para um país que usa dólares americanos como moeda oficial – irá acontecer. Só que a economia do Brasil está instável, o dólar não para de subir, oscila e você já não sabe mais o que fazer. Não consegue decidir qual a melhor data para trocar real por dólar, se gasta no cartão de crédito ou, até, se adia a viagem. Levamos todas essas dúvidas a um especialista para te ajudar.

Alexandre Fialho é diretor da distribuidora de câmbio turismo Cotação. Ele deu ao Viajar é Simples algumas dicas de como se comportar em tempos de crise e, como conseqüência, dólar alto. “O mais importante é planejar quanto irá precisar e dividir a compra em semanas. Por exemplo, se em um mês quer comprar US$ 2.000, adquira US$ 500 a cada semana”, explica ele. Segundo Filho, dessa maneira o consumidor tem a chance de conseguir várias cotações, talvez uma melhor que a outra, dependendo da data.

Fialho também ressaltou que, no momento atual, não é bom gastar no cartão de crédito. “Como a cotação do dólar está inconstante e não é possível prever como ela se comportará nos próximos meses, usar p cartão de crédito é o menos indicado, o câmbio pode estar muito alto no dia do fechamento da fatura”, afirma. De acordo com o diretor, quando o cliente sai do país com papel moeda não é mais refém das oscilações do dólar e já sabe quando irá gastar. Caso gaste no cartão de crédito e o valor do real diminua em relação ao dólar, vai gastar mais que o planejado.

Fora do domínio do dólar

Para quem vai viajar para países que não usam o dólar como moeda oficial, a dica de Fialho é levar a moeda do destino. “Algumas pessoas compram dólar no Brasil para depois, novamente, trocarem pela moeda do lugar, isso é um erro, paga taxas mais vezes”, diz ele. O diretor ainda acrescenta que, se o viajante for pagar algo com dólar em um país cuja moeda oficial é outra ele fica sujeito a cotação do estabelecimento, que pode usar uma bem inferior a do mercado.

O diretor afirma que, mesmo se for difícil achar no Brasil a moeda usada no destino, vale procurar por uma casa de câmbio que trabalhe com ela e já sair do País abastecido. “Muitas pessoas vão para Inglaterra e levam euro, não há necessidade, já compre logo a libra esterlina”, diz.

Cartões pré-pagos

No final de 2013, o  Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para cartões pré-pagos usados no exterior era de 0,38%. Depois disso, subiu para 6,38%, a mesma taxa dos cartões de crédito. Fialho conta que na empresa Cotação, por exemplo, antes da mudança o volume de vendas era de 55% nesse tipo de operação. Dois anos após essa medida, apenas 30% de seu volume de câmbio vai para o pré-pago. “Atualmente, as pessoas preferem levar o dinheiro vivo. Mas ainda é uma segurança usar esse tipo de pagamento”, explica.

Segundo Fialho, o cartão pré-pago é muito usado por adolescentes e jovens em intercâmbio no exterior. “É uma forma dos pais controlarem e depositarem o dinheiro conforme as necessidades dos filhos, ao invés de deixarem eles com o valor que irão usar na viagem inteira, é muito mais seguro”, diz. Ele recomenda que, mesmo pessoas que viajem com a quantidade suficiente de dinheiro em espécie tenha um cartão pré-pago. “Em caso de emergência, um familiar pode fazer um depósito. Caso o dólar, por exemplo, tenha uma cotação mais baixa durante a sua viagem e você decida gastar mais, também pode transferir dinheiro da sua conta brasileira para o cartão pré-pago de forma fácil”, finaliza.

Com as dicas do especialista, prepare-se para sua próxima viagem ao exterior!

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