Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros começa dia 20

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12 de julho 2012

Sussa, catira, congo, tambores, Caçada da Rainhae tantas outras manifestações populares por meio da música e da religiosidade vão ocupar a Vila de São Jorge, localizada a 37 km da cidade de Alto Paraíso, ao norte do estado de Goiás, durante o XII Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros. A festa que se realiza de 20 a 29 de julho deve reunir cerca de 30 mil pessoas em torno das manifestações tradicionais dos povos quilombolas e indígenas.
 
Identidade, sustentabilidade, economia criativa e patrimônio imaterial são alguns dos temas abordados no evento no centro-oeste do país, com repercussão nacional e internacional. O XII Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros é realizado pela Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge epatrocinado pela Petrobras e Eletrobras Eletronorte, além de outros parceiros.
 
A programação, com vistas ao fortalecimento das culturas tradicionais e em convergência com aspolíticas públicas para a área de patrimônio imaterial,acontece em espaços como a Aldeia Multiétnica, o palco, a igreja, a Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge e a Feira de Oportunidades Sustentáveis.
 
Para a Aldeia Multiétnica está prevista a participação de 200 índios, representando os povosYawalapiti, Kaiapó, Krahô, Xavante, Fulni-ôDesana, Kaxinawa, Kuntanawa,Yawanawá e Guarani.No palcoacontecerãoapresentações de grupos artísticos da Bahia, Distrito Federal, Tocantins, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,São Paulo e Paraná, além de uma atração internacional.
 
“Como São Jorge é a entrada do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, o evento representa, mais que tudo, um espaço público de visibilidade para as minorias que habitam a região e para que os que vêm de fora possam assistir, conhecer, valorizar as tradições mantidas por elas”, afirma Juliano Basso, coordenador do evento.
 
Programações especiais, como o Encontro das Lideranças Quilombolas de Goiás e o Diálogo Intercultural da Água se unem aos já tradicionais espetáculos, vivências, rodas de prosa e de capoeira, mostras de filmes, oficinas e feira de produtos do Cerrado, que acontecem simultaneamente, movimentando o povoado.
 
“Fortalecer o saber fazer desses povos faz parte dos nossos objetivos”, diz o coordenador. Por isso, a maior parte da mão-de-obra contratada é local e as bioconstruções, como em adobe e palha, são privilegiadas. “Neste ano intensificamos ainda mais a troca de tecnologias sociais entre quilombolas e indígenas, com a construção da casa de farinha kalunga e a oca Kaiapó”, comenta Juliano.

Geração de trabalho e renda – O encontro busca ampliar o conceito de cultura, mostrando ser possível, por meio dela, que povos tradicionais tenham uma opção a mais de geração de trabalho e renda. Por isso, a valorização do patrimônio imaterial da região e a criação de políticas públicas que resguardem as manifestações artísticas locais são também discutidas no evento.

Programção do Palco

Data
Horário
Atração
21/7
21h00
Sussa – Comunidade Quilombola Sítio Histórico Kalunga – GO
22/7
20h00
Caçada da Rainha – GO
22/7
20h30
Caraivana – BA
22/7
21h30
Marafreboi – DF
23/7
20h00
Catira de São João D'Aliança – GO
23/7
21h00
Pereira da Viola- MG
23/7
22h00
Tambores do Tocantins – TO
24/7
22h00
Flautins Matuá – SP
25/7
20h00
“A Reuni” – Homenagem a Décio Marques com Noel Andrade, Katya Teixeira, Levi Ramiro, João Bá, Fernando Guimarães, João Arruda, Nádia Campos e Victor Batista – Vários
25/7
22h00
Chasky – SP
26/7
20h00
Siriri – Pássaros Tangará – MT
26/7
21h00
Catireiros do Araguaia – MT
26/7
22h00
Merken – Chile
27/7
21h00
Opereta Doroty Marques e Turma que Faz – GO
27/7
22h30
Pé de Cerrado – DF
28/7
18h00
Congo do Livramento
28/7
19h00
Congada de Fagundes
28/7
20h
Congo de Niquelândia
28/7
21h00
Congo de Catalão
28/7
22h00
Sérgio Pererê
28/7
23h00
Bongar

 


 
 

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