Experiência única: trabalho legalizado no exterior

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1 de abril 2011

Um país estrangeiro, novos hábitos, língua e cultura. Quem estuda em outra nação enriquece o currículo e é bem visto pelos empregadores brasileiros. Mas o custo desse sonho pode parecer um pouco elevado, talvez algumas pessoas achem que é até impossível dentro de seu orçamento. Foi esse o pensamento da paulista Soraiah Amaral em 2006 quando olhou os valores de cursos de inglês na Inglaterra. O investimento para estudar dois meses no local poderia chegar a R$ 10 mil e ela não tinha todo esse dinheiro. Conversando com algumas amigas, a moça, que na época tinha 24 anos, descobriu que poderia passar um ano nos Estados Unidos com um investimento que não chegava nem a R$ 2 mil. O que ela teria que fazer? Cuidar de crianças, ou seja, ser uma au pair.
Soraiah viu que conseguiria atingir o seu ideal. O primeiro passo foi encontrar uma agência especializada em intercâmbio. No caso dela, a Experimento. Na empresa, a moça ficou sabendo como funcionava o programa de Au Pair, que é internacional e, nos EUA, regulamentado pelo governo. Ela cuidaria de uma ou mais crianças de uma família que a escolhesse e moraria com eles por um ano com um salário fixo semanal. Após a inscrição, assistiu uma palestra e fez teste de inglês. Seu cadastro ficou no banco de dados internacional e logo uma família americana a escolheu. Mas não é todo mundo que tem o perfil do programa. É preciso ser mulher, ter entre 18 e 26 anos, ter experiência comprovada de 200 horas com crianças, ter concluído o Ensino Médio e possuir carteira de habilitação.
Em 2006, assim como outros 71 mil brasileiros, Soraiah realizou seu sonho de ir para o exterior aprender um novo idioma. “Meu inglês estava ruim, eu me comunicava com as pessoas sempre olhando no dicionário, o usual é que uma candidata a Au Pair já fale com certa desenvoltura, mas eu tive sorte, passei pelas etapas do programa e achei uma família que me acolheu”, conta ela. Cada estudante recebe uma bolsa de US$ 500 por ano para fazer algum curso. Soraiah optou pelo de inglês, assim aprenderia não só no trabalho, mas também em uma escola. De gasto, ela não tinha quase nada, já que a Au Pair vive na casa da família e come com eles. “Gastava meu salário, que na época era de US$ 140 por semana, quando saía com os amigos e ia viajar. Além disso, comprei muita coisa, como roupas, por exemplo”, conta ela.

Realização pessoal e muita história para contar

Ana Luiza Figueiredo, gerente de marketing da Cultural Care, empresa que é responsável por enviar pelo menos mil mulheres por ano aos EUA para participarem do Au Pair, explica que se a moça se programar consegue mesmo viver com o dinheiro que ganha no programa. “Atualmente, o salário é de US$ 195,75 por semana para trabalhar até 45 horas, que é o permitido pela lei. O investimento para ir é baixo, na Cultural Care, a partir de R$ 1.669, então o custo/benefício é alto”, explica.
Interessada exatamente no custo benefício e baseada no seu amor por crianças, Marianne Pozzi procurou a Cultural Care em 2009 para também fazer o programa de Au Pair. Ela havia terminado a faculdade e nunca tinha ido para o exterior. Assim como Soraiah, ela queria uma experiência de trabalho internacional com investimento baixo. Como também cumpria os pré-requisitos, ela logo foi escolhida por uma família americana e se saiu bem com seu salário semana. “Ganhava cerca de US$ 190 na época. Só levei US$ 300 quando saí do Brasil para passar a primeira semana e para imprevistos. Mas tudo que fiz nos EUA, inclusive viagens, foi com o dinheiro de Au Pair.
Enquanto Soraiah cuidou apenas de uma menina que era bebê quando ela chegou, Marianne era responsável por três crianças, que, na sua chegada, tinham um mês, dois e quatro anos. “A Au Pair só pode ficar sozinha com bebês a partir de três meses. Até o Dominic, o mais novo, ter esse tempo de vida, eu era acompanhada pelo pai dele”, conta ela.
Marianne ficou em uma pequena cidade do estado de Illinóis, próxima de Chicago. Já Soraiah ficou em uma vila do estado de Nova York que está a 40 minutos de trem de Manhattan. As duas se deram bem com as famílias, não tiveram grandes problemas. Mas nem toda Au Pair tem a mesma sorte. Ana Luiza, da Cultural Care, explica que há como ser resolvido casos em que uma moça não se adapta ao local de trabalho ou tem qualquer outro tipo de contratempo. “A Cultural Care tem atendimento telefônico 24 horas. E em casos mais graves a responsável regional pelo programa intervém”, explica.
Soraiah e Marianne contam que só tiveram experiências boas. “Claro que problemas de adaptação com a cultural e a família sempre existem, mas isso é o mínimo. Tudo que eu conheci, aprendi e as amizades que fiz superam tudo e eu vou levar para a vida inteira”, diz Soraiah. Já Marianne acha que seu maior problema foi a saudade da família no Brasil. “Mas também hoje digo que tenho uma segunda família, a Strada, que me hospedou. È muito tempo junto”, acrescenta.
Para usarem os US$ 500 da bolsa de estudo que o governo dos EUA oferece pela participação no Au Pair. As moças estudavam em suas horas vagas. Marianne, formada em administração de empresas, fez um curso de marketing internacional, gerenciamento de pequenos negócios e um de inglês para aperfeiçoar o idioma. Soraiah fez três módulos de inglês em escola particular e quando o dinheiro da bolsa acabou, continuou em um colégio público. Atualmente, ambas são fluentes na língua estrangeira.
Além de cuidar da pequena Sydney, a garotinha pela qual Soraiah era responsável, a moça fazia trabalhos noturnos de baby sitter para colegas da família que a hospedou e também foi recepcionista de um restaurante italiano. “Viajei por cidades próximas do local no qual morava e nas férias, de duas semanas no final do programa, fui para a Califórnia, tudo isso com o dinheiro do meu trabalho nos EUA”, ressalta.
Atualmente, a bebê que Soraiah viu dar os primeiros passos está com está com cinco anos. Em 2010, Soraiah voltou ao estado de Nova York para vê-la. “O amor que tenho por ela, acho que só terei por outra criança quando for meu filho”, diz. A família que a abrigou em 2006 como Au Pair a recebeu por 22 dias na casa deles ano passado e deram um quarto para ela, além de emprestarem o carro para pudesse sair sozinha.

Outros caminhos para a Au Pair

É possível fazer programas diferenciados de Au Pair nos Estados Unidos ou mesmo em outros países do mundo. Na Experimento, por exemplo, há o Au Pair Extraordinare.  “Esta opção é voltada para moças com idades entre 18 e 26 anos para estudarem e trabalharem como baby sitter em uma casa de família americana, ganhando um salário diferenciado de US$ 1.000,00/mês + benefícios. Para aplicar a este programa, a candidata precisa ter experiência maior que dois anos de trabalho com crianças em tempo integral ou com formação acadêmica em pedagogia. O programa é oferecido em parceria com a Organização Au Pair In América”, conta a CEO da Experimento, Patrícia Zocchio. Esse é um produto diferenciado do Au Pair, já que exige mais experiência prévia, porém, tem remuneração maior.
Mas nem só nos EUA existe o programa de Au Pair. “A diferença é que no país da América do Norte há uma regulamentação governamental específica”, explica Fabiana Fernandes, gerente de Au Pair da CI. A empresa CI, por exemplo, envia meninas para desenvolverem o trabalho de Au Pair na Áustria, Alemanha. França e Holanda, além dos EUA.
“O programa de Au Pair nesses países europeus tem suas particularidades em cada um deles, porém, são todos aprovados pela International Au Pair Organisation (IAPA)”, conta Fabiana. A CI, acrescenta ela, tem sido muito procurada por garotas que querem ir para a Holanda e para França. Uma exigência de todos é que a garota tenha nível intermediário no idioma falado em cada local, com exceção da Holanda que aceita o inglês.
A idade aceitada também varia de acordo com o país, mas sempre o mínimo é de 18 anos. Holanda, Áustria e Alemanha aceitam mulheres até 25 anos e a França até 29. A remuneração também é diferente em cada país, bem como a bolsa de estudos e o pagamento das passagens aéreas pela família.
“Além de aceitar o inglês como idioma, a Holanda é muito procurada porque lá as famílias pagam a passagem e também o estudo do holandês. Além disso, a remuneração é melhor se comparada com outros países europeus. O salário mensal é de 300 euros”, explica Patrícia. Todos os países exigem experiência prévia com crianças comprovada.
Secretária executiva trilingue, Bianca Gardim, havia acabado de se formar em 2001 e resolveu participar do programa de Au Pair na Holanda para aprimorar o inglês e conhecer o máximo de países que conseguisse. Ela teve investimento de R$ 4.000. “Na época que eu fiz, em 2008, as famílias holandesas ainda não pagavam as passagens de ida/volta. Por isso, atualmente, o investimento da Au Pair é mais baixo”, conta Bianca.
Em setembro de 2008, Bianca colocou 500 euros no bolso e partiu para a cidade de Maastricht, sul da Holanda para cuidar de duas crianças, um menino de cinco e uma menina de seis anos na época. “Escolhi esse local por sua posição geográfica, perto das fronteiras da Bélgica e Alemanha. Assim seria fácil ir para outros países nos meus momentos de folga”, explica.
Bianca foi bem acolhida pela família holandesa. Ela acordava cedo e levava as crianças à escola, cada um em sua bicicleta. “Se for para a Holanda, acho que é um requisito básico andar de bicicleta”, brinca ela, se referindo ao meio de transporte de uso habitual dos holandeses. A moça tinha quase todo o dia livre e podia fazer suas atividades pessoais e estudar.
Enquanto esteve trabalhando, Bianca estudou holandês, inglês e francês. Ainda sobrou tempo para fazer aulas de salsa. “As crianças de quem eu cuidava estavam sendo alfabetizados e ainda tinha dificuldade com o inglês, por isso, achei necessário aprender a língua materna deles. Mas na Holanda todos falam inglês fluente”, comenta ela.
Durante o ano que passou na Holanda, a moça conseguiu conhecer 20 países. “Fiz todas as viagens com o dinheiro que ganhei como Au Pair. Meu foco era mesmo viajar”, explica Bianca. Ela diz que não enfrentou problemas com a família, exceto que existiam dois gatos na casa e ela não gosta desses animais. “Mas como gostava de todos, superei os gatos”, conta.

Trabalho remunerado nos EUA para universitários

Nem só as mulheres podem trabalhar no exterior e receber o suficiente para suas despesas pessoais. Estudantes universitários brasileiros, e isso inclui moças e rapazes, também têm a chance de fazer intercâmbio com trabalho e ainda alcançarem a tão sonhada fluência em um segundo idioma.
“O objetivo principal de todos esses programas é o estudo, o aprendizado adquirido apenas através de uma experiência de trabalho em outro país”, afirma Frederico Morais, gerente de intercâmbios de trabalho do STB. A empresa é a única no Brasil que oferece o Disney International College Program, que dá a oportunidade do estudante universitário trabalhar nos parques da Disney na Flórida. “Ele tem sido cada vez mais procurado, é uma seleção com pelo menos 10 pessoas por vaga”, conta Frederico.
Os universitários que passam na seleção do Disney International College Program saem do Brasil com trabalho garantido nos parques e também com moradia. “Eles vivem em condomínios com outras pessoas do programa, pagam o aluguel e ganham, no mínimo, US$ 7 por hora trabalhada”, explica Frederico.
Para tentar o trabalho na Disney há diversas exigências, algumas delas são: ter 18 anos completos; ser estudante universitário regularmente matriculado em curso reconhecido pelo MEC e com duração mínima de quatro anos; ter cursado e completado até a data de embarque, prevista para ocorrer a partir de novembro de todos os anos, pelo menos um ano de sua graduação e entender, falar, ler e escrever fluentemente o idioma inglês.
A primeira coisa que os interessados que estão de acordo com os pré-requisitos do programa da Disney devem fazer é a inscrição em uma loja STB. O processo será dividido em duas fases. Na primeira, o candidato assiste à palestra e participa da entrevista junto ao STB. A partir daí, os aprovados desta etapa serão convocados para uma segunda rodada de palestras e entrevistas, dessa vez com os recrutadores da Disney, que vem ao Brasil especialmente para a ocasião no mês de agosto. Os escolhidos terão que arcar os gastos como, passagens aéreas, assistência médica internacional, emissão do visto J-1, totalizando aproximadamente US$ 1.600. Além disso, é de responsabilidade do participante arcar com gastos tais como acomodação e alimentação durante o programa.
Victor Villar, de 19 anos, acaba de voltar de sua primeira experiência no Disney International College Program. “Fiquei sabendo por uma conhecida da família sobre o programa e resolvi me inscrever”, conta. Ele cursa arquitetura e mora em Brasília. Em 2009, fez todo o processo seletivo. Passou na primeira fase e para encontrar os recrutadores da Disney foi para Belo Horizonte (MG) na segunda etapa, pois eles só vão para algumas cidades.
O estudante de arquitetura partiu para Miami em 13 novembro de 2010, na primeira data de saída do programa, porque eram quatro. Ele trabalhou no parque Magic Kingdom no restaurante Cosmic Ray´s  Starlight Cafe. “É um fast food, o segundo restaurante mais freqüentado do planeta, a rotina era corrida e eu passava todos os dias por diversas posições de trabalho”, conta Victor.
O garoto diz que ganhava, descontando o aluguel, cerca de US$ 200 por semana. “Com esse dinheiro eu saía, me alimentava, fazia compras e ainda consegui usar para pagar parte das viagens que fiz pelos EUA depois do programa de trabalho”, explica Victor. Ele voltou para o Brasil dia 04 de fevereiro, mas já planeja sua próxima participação no programa.
Além de ter experiência de trabalho no exterior, quem participa do programa Disney tem direito a entrar em todos os parques da empresa quando quiser durante o período do programa. Além disso, os participantes ganham o chamado Blue Pass, usado para quando familiares e amigos os visitam. É um bilhete que permite que mais três pessoas entrem junto com o intercambista durante seis dias em todos os empreendimentos do grupo.
O Disney International College Program é sempre feito nas férias de final de ano no Brasil. Mas os universitários também encontram na STB outro programa de trabalho para a mesma época. È o chamado Experience USA.  Ele também é regulamentado pelo governo norte americano e podem participar jovens universitários entre 18 e 28. O STB orienta e pré seleciona alunos brasileiros de acordo com os pré-requisitos do programa para obtenção do visto J1 work and travel, que permite trabalhar nos Estados Unidos em posições operacionais, tais como camareiro, instrutor de esqui, garçom, auxiliar de cozinha, hostess, assistente de vendas, caixa, manobrista e outros.
Experimente outro programa de trabalho no EUA
O Experience USA dura de três até quatro meses (estabelecido pelo empregador). O Consulado Americano define as datas limite de início e término. Na temporada 2010/2011, o programa aconteceu entre 15 de novembro e 15 de março (datas ainda não confirmadas
pelo consulado para a temporada 2011/2012). O participante ainda tem direito ao “Grace Period”, 30 dias para viajar ao terminar o programa.
A jornada de trabalho variaa de acordo com a necessidade do empregador.  São comuns semanas com 20 a 40 horas de trabalho, mas é possível ter menos ou mais horas, podendo incluir finais de semanas e feriados, dependendo da demanda. Em alguns casos existe a possibilidade de horas extras, mas as condições serão combinadas diretamente entre participante e
empregador. Alguns empregadores também permitem que você tenha um segundo emprego.
A média salarial durante o programa ficará entre US$ 7,25 a US$ 12 por hora, variando
conforme empregador e função. As funções que oferecem gorjeta a remuneração fixa costuma ser menor, pois as gorjetas complementam o salário. Esses detalhes serão informados na oferta de trabalho. O investimento é de US$ 2.200 sem contar gastos com passagens e visto.
A CI também oferece o chamado Trabalho de Férias nos EUA. Os interessados precisam ser universitários e ter entre 18 e 28 anos, além de nível intermediário de inglês. Os jovens selecionados irão trabalhar em locais como estações de esqui, hotéis, redes de fast food e parques. “O programa 2011/2012 ainda não está definido, porém, os parques da Universal Studios costumam contratar pela CI e pode ser que isso se repita na próxima temporada”, explica Fabiana Fernandes, da CI. Ela ressalta que quem quiser participar já pode procurar uma loja da empresa e fazer a inscrição.

Outros países, mais trabalho

A empresa de intercâmbio Friends in the World oferece programas de trabalho remunerado em outros países além dos Estados Unidos. Luiza Souza, supervisora de cursos da empresa, explicou as opções oferecidas em alguns países. Veja exemplos:
Irlanda: Neste país, os alunos matriculados em cursos com duração mínima de 25 semanas e carga horária mínima de 15 horas semanais podem estudar e trabalhar legalmente por até 20 horas semanais.
Algumas escolas oferecem os programas de um ano, onde os alunos estudam e trabalham por até 20 horas semanais nos primeiros seis meses e nos últimos seis meses podem trabalhar em período integral por até 40 horas semanais.
Uma regra importante começa a vigorar a partir de 1º de abril: é necessário fazer um depósito em conta bancária de 3 mil euros
Visto: é solicitado na Irlanda

Austrália: neste país os alunos matriculados em cursos com duração mínima de 16 semanas e carga horária mínima de 20 horas semanais, podem estudar e trabalhar por até 20 horas semanais.
Visto: é solicitado no Brasil antes do embarque

Canadá: algumas escolas oferecem programas na seguintes categorias:
Categoria 1: Vaga de emprego garantida: a escola é responsável por procurar a vaga de emprego nas áreas de hospitalidade e serviços em geral
16 semanas de estudos + 16 semanas de trabalho
24 semanas de estudos + 24 semanas de trabalho

Categoria 2: Vaga de emprego não garantida: o participante é resposnável por procurar a vaga de emprego. A escola oferece suporte e emite a documentação necessária para solicitação do visto.
12 semanas de estudos + 12 semanas de trabalho
24 semanas de estudos + 24 semanas de trabalho

Visto: é solicitado no Brasil antes do embarque

Nova Zelândia: curso com duração mínima de 24 semanas, carga horária mínima de 20 horas semanais e 5.5 pontos no exame IELTS, podem trabalhar legalmente por até 20 horas.
Caso o aluno não tenha a pontuação mínima exigida do exame IELTS, há possibilidade de fazer o teste enquanto estiver na Nova Zelândia e mudar o status de visto lá, solicitando então uma permissão legal de trabalho.

Visto: é solicitado no Brasil antes do embarque

Serviço

CI
www.ci.com.br

Cultural Care
www.culturalcare.com.br

Experimento
www.experimento.org.br

Friends in the World
www.friendsintheworld.com.br

STB – Student Travel Bureau
www.stb.com.br

 

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