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Fernando de Noronha (PE) se prepara para reabertura ao turismo com restrição de voos

A partir de 10 de outubro, Fernando de Noronha volta a receber todos os turistas e começa a segunda etapa de reabertura. No entanto, como o mundo ainda vive a pandemia da covid-19, também se faz necessário estabelecer um maior organização das chegadas e saídas dos voos na ilha.

Através da portaria 055/2020, publicada no Diário Oficial do Estado na última sexta-feira (02/10), a administração de Fernando de Noronha regulamentou a quantidade de voos que deve ser obedecida pelas companhias aéreas. Com a medida, além de cuidar da saúde da população e dos próprios turistas, que sempre foi a prioridade desde o início da pandemia, a administração olha para o futuro no que diz respeito ao controle de visitas, reforçando a importância do turismo sustentável na ilha.

De acordo com a portaria, haverá limites semanais para voos, que sofrerão alterações gradativas mensalmente. A partir do dia 10 de outubro serão permitidos sete voos semanais. No mês seguinte, a partir do dia 10 de novembro, serão 17. No dia 10 de dezembro, o número sobe para 24 voos.

As operadoras também terão que obedecer o quantitativo de voos para os dias da semana. Nas segundas, terças, quartas-feiras e sábados, só são permitidos três voos diários, no máximo. Já nas quintas e sextas-feiras, além do domingo, a quantidade máxima sobe para quatro. Ainda pode haver a realização de voos extras a partir do mês de novembro, respeitando o limite anual de entrada de visitantes estabelecido no plano de manejo da ilha, de 2017.

As determinações foram tomadas em comum acordo entre a administração da Ilha e as empresas Gol e Azul, que diariamente operam voos para a Ilha. A medida reforça a preocupação em controlar e organizar o turismo no arquipélago.

O administrador da ilha, Guilherme Rocha, destaca que tudo foi estudado para respeitar o plano de manejo de Fernando de Noronha. “Estamos tendo o maior cuidado com esse retorno do turismo. Graças a Deus não temos casos de óbito por conta do Covid-19 na ilha. Estamos controlando os casos que surgem e vamos manter esse controle. Ao seguir essas novas medidas, também estamos visando a preservação do meio ambiente. Uma de nossas linhas de trabalho sempre foi a sustentabilidade em Fernando de Noronha. E vamos seguir firmes nesse propósito. Os cuidados de hoje têm um olhar para o futuro. Vamos viver uma nova realidade e já estamos trabalhando essa mudança”, declarou.

Reabertura do turismo

A primeira etapa para a abertura do turismo na ilha aconteceu em setembro, quando apenas os turistas que já tiveram o novo coronavírus passaram a visitar Fernando de Noronha. Agora, com a abertura total a partir do dia 10, um novo protocolo rígido de segurança foi publicado e deve ser seguido antes, durante e depois da visita ao arquipélago.

O turista terá que realizar, na véspera da viagem, o teste RT-PCR (nariz e garganta). Além disso terá que baixar o aplicativo Dycovid (Dynamic Contact Tracing), que servirá para rastrear e controlar a doença. Na volta para casa, o turista precisará fazer novo teste RT-PCR, e desta vez o Governo do Estado arcará com essa despesa.

Para não haver aglomerações nesse retorno e garantir um melhor controle por parte dos funcionários da Vigilância Sanitária, a administração está montando uma tenda na área externa do aeroporto Carlos Wilson para receber os turistas que vão ficar até cinco dias na ilha. Os que vão passar mais dias, além dos moradores e trabalhadores, farão testes na tenda que está sendo armada na Unidade da Saúde da Família (USF), no quinto dia da viagem.

Fernando de Noronha não registra casos de contaminação comunitária desde maio. Esse foi um dos fatores principais para a reabertura total do turismo na ilha. O controle está sendo feito graças a inúmeras medidas tomadas pela administração.

No momento, está sendo colocada em prática a terceira etapa do estudo epidemiológico na ilha. O estudo, que foi iniciado em maio, avalia a presença e a circulação do novo coronavírus na ilha e fornece evidências para orientar ações de vigilância e controle da doença, além de apoiar o monitoramento da covid-19 na comunidade durante a retomada das atividades sociais e econômicas na ilha. Participam da pesquisa em torno de 900 moradores, homens e mulheres, de diversas faixas etárias.

Os participantes são entrevistados pelos pesquisadores e fazem testes para detecção do vírus, em todas as fases do estudo. São realizados dois tipos de exames: o RT-PCR, que coleta secreções do nariz e da garganta e identifica a doença na sua forma aguda, e o exame sorológico, realizado a partir da coleta de sangue, para identificar se a pessoa já teve a doença e desenvolveu anticorpos.