A magia encontra o mar quando você decide fazer uma viagem com a MSC Cruzeiros saindo de um porto pertinho de Orlando, o Port Canaveral. Em uma hora, você sai da terra dos parques e chega em seu ponto de embarque no navio MSC Seashore. 

É uma ótima opção para quem quer aproveitar os atrativos de Orlando e dias ensolarados no Caribe. O MSC Seashore, que já esteve no Brasil, faz roteiros a partir de três noites pela região. 

Em maio de 2025 embarquei em uma das saídas. As paradas previstas seriam: Ocean Cay Marine Reserve, a ilha da MSC Cruzeiros nas Bahamas, Costa Maya e Cozumel no México. Mas, como o mar nos reserva surpresas, acabamos tendo um dia em Honduras que não estava previsto. 

MSC Seashore em Cozumel – Crédito: Sylvia Barreto

O embarque em Port Canaveral

Preciso confessar que lembro do Pica-Pau quando falam em Cabo Canaveral. Graças às viagens, ao longo dos anos, minhas referências se expandiram e eu consigo pensar também no Kennedy Space Center e no porto da região, que recebe dezenas de navios, dentre eles, o MSC Seashore na temporada 2026/2027. 

Antes de embarcar, fiquei apenas um dia em Orlando e aproveitei para ver uma partida de futebol do estádio do Orlando City, que recebeu o time da casa e o New England Revolution. Fiquei no camarote e gostei porque tem buffet bem completo de sanduíches, petiscos e sobremesa, além de bebidas, incluindo alcoólicas.

Grupo da MSC Cruzeiros no estádio em Orlando

Porém, se você tem mais vários dias, sugiro aproveitar o que Orlando tem de melhor: os parques. Dá para aproveitar todos ou parte deles e, depois, descansar no navio sem nem se preocupar com as refeições, já que estão todas incluídas e a poucos passos da sua cabine.  

Apenas 85 quilômetros separam Orlando e o Port Canaveral. Um trajeto que, de ônibus fretado, dura de uma hora a uma hora e meia. A MSC Cruzeiros oferece serviço de transfer entre os dois pontos e você pode pedir para seu agente de viagem adicioná-lo ao pacote. 

No térreo do terminal de cruzeiros em Port Canaveral é o local de deixar as malas e pegar a fila para o próximo piso – Crédito: Sylvia Barreto

Em Cabo Canaveral, a MSC Cruzeiros não tem um terminal próprio de embarque e desembarque, como acontece em Miami. A companhia oferece na cidade mais ao Sul o maior terminal de cruzeiros do mundo, com todo o embarque feito por biometria. 

Em Port Canaveral, você pode deixar sua bagagem despachada no térreo e sobe para o embarque. Uma coisa boa é que nos EUA, geralmente, existem fingers como os de aeroportos que ligam o terminal de passageiros direto ao navio e facilita bem a vida, é melhor para todos, mas quem tem mobilidade reduzida é ainda mais.

Área do check-in em Port Canaveral – Crédito: Sylvia Barreto

MSC Seashore: luxo, tecnologia e vistas infinitas no mar

Primeiro navio da classe Seaside EVO, o MSC Seashore combina design futurista, tecnologia e uma homenagem à cidade de Nova York. Inspirado na metrópole, o navio de 339 metros e capacidade para mais de 5.800 passageiros traz referências à Times Square, à Estátua da Liberdade e à energia vibrante da Big Apple — um contraste fascinante com os dias ensolarados do Caribe. 

O átrio do Seashore é o centro da ação, com um bar sempre movimentado, DJ e grandes telões que criam uma atmosfera eletrizante. O design prateado e moderno reflete a proposta da classe Seaside EVO: uma evolução visual e tecnológica em relação aos navios anteriores.

O MSC Seashore tem uma réplica da Estátua da Liberdade – Crédito: Sylvia Barreto

Vida ao ar livre no MSC Seashore 

O MSC Seashore é o navio com uma das maiores áreas ao ar livre da frota, são 13.000 m² dedicados a experiências sob o sol. A promenade de 540 metros à beira-mar é perfeita para caminhar, tomar um drinque ou fazer uma refeição com vista para o oceano.

As seis piscinas — incluindo bordas infinitas e áreas exclusivas para adultos — são ideais para fotos e vídeos. A Infinity Pool na popa, no deck 8, é uma das mais icônicas, e o elevador panorâmico próximo garante vídeos espetaculares para as redes sociais.

Há ainda o Jungle Pool Lounge, com teto retrátil e ambiente envolto em folhagem tropical, e duas novas hidromassagens de borda infinita voltadas para o mar. Para famílias, o destaque é o Pirates Cove Aquapark, com toboáguas e atrações de realidade virtual

Como é inspirado em NYC, a principal piscina é chamada de Long Island – Crédito: Divulgação

Gastronomia: de Nova York à Itália e ao México

O Marketplace Buffet, no deck 16, é bem completo. Com decoração inspirada em Little Italy, oferece uma imensa variedade de pratos frescos, massas e pizzas — e até opções leves para quem quiser um respiro gastronômico.

O navio conta com nove restaurantes (cinco de especialidades) e 18 bares e lounges. Entre os destaques:

• Hola! Tacos & Cantina – comida mexicana e latina em clima descontraído;

• Butcher’s Cut – churrascaria americana com área ao ar livre;

• Kaito Teppanyaki e Kaito Sushi Bar, com esteira de sushis;

• Ocean Cay, de frutos do mar refinados.

Butcher’s Cut é a steakhouse da MSC Cruzeiros – Crédito: Sylvia Barreto

Vulcão, sobremesa do Butcher’s Cut – Crédito: Sylvia Barreto

Para sobremesas, o Venchi 1878 Chocolate Bar e Gelato são paradas obrigatórias. À noite, o Le Cabaret Rouge, inspirado nos salões parisienses dos anos 1920, oferece shows, DJs e acrobatas até a madrugada.

Diversão e bem-estar para todos os perfis

O Seashore tem entretenimento para todas as idades:

• O Hall of Games, com rafting e simulador de F1 de última geração;

• O Teatro Madison, com shows estilo Broadway;

• A MSC Sports Arena e a academia panorâmica no deck 8;

• O MSC Aurea Spa, com mais de 2.000 m², massagens, salão de beleza e área termal com saunas e piscina aquecida.

Para crianças e adolescentes, a área infantil de 703 m² é uma das maiores da companhia, com clubes divididos por idade e atividades em parceria com Chicco e LEGO.

Piscina com teto retrátil – Crédito: Sylvia Barreto

Cabines: conforto e vista para o mar

Com 12 categorias e grande número de cabines com varanda, o Seashore oferece opções que vão das internas deluxe às amplas suítes com hidromassagem e terraço privativo. As cabines com varanda, de 17 m², garantem conforto e vista para o oceano — mesmo em viagens curtas.

Para famílias, há opções conectadas que acomodam até 10 pessoas, além das Grand Suítes Aurea, com dois banheiros e até 49 m² de área interna.

MSC Yacht Club: exclusividade no topo do navio

O MSC Yacht Club é o refúgio de luxo do Seashore: uma área privativa de quase 3.000 m² com recepção própria, mordomo 24h, pacote all-inclusive e restaurante exclusivo.

As Owner’s Suítes são as maiores do navio, com 98 m² internos e varanda de 25 m² com hidromassagem e vista panorâmica. Os hóspedes têm acesso ao Top Sail Lounge, ao restaurante gourmet e ao Solário One Pool, no deck 20, com piscina e cabanas privativas.

Roteiro do MSC Seashore

O roteiro que fiz no MSC Seashore incluía paradas na ilha da MSC Cruzeiros nas Bahamas, a Ocean Cay Marine, com pernoite do navio por lá; em Costa Maia e Cozumel no México. Porém, o tempo estava ruim quando nos aproximávamos de Ocean Cay, o MSC Seashore tentou atracar duas vezes e não conseguiu. Sendo assim, tivemos mais um dia a bordo e, no seguinte, uma surpresa: adicionaram parada na ilha de Roatán, em Honduras, ao nosso itinerário. 

Ocean Cay Marine Reserve: a ilha sustentável da MSC Cruzeiros nas Bahamas

Dessa vez, o MSC Seashore não conseguiu atracar em Ocean Cay por conta das condições climáticas. Porém, eu já visitei a ilha algumas vezes, inclusive em 2025, e vou contar sobre ela por aqui pois é uma parada recorrente desse e de outros navios da MSC Cruzeiros. 

A Ocean Cay Marine Reserve, ilha privada da MSC Cruzeiros nas Bahamas, combina lazer, sustentabilidade e experiências únicas em meio ao mar do Caribe. A antiga área de extração de areia foi totalmente reabilitada pela companhia, que transformou o local em uma reserva marinha com praias preservadas e projetos de conservação.

Estrutura e comodidades

Na ilha, o visitante encontra restaurantes buffet com cardápios semelhantes aos do navio. As refeições estão incluídas também em Ocean Cay, e quem preferir pode retornar à embarcação para almoçar ou jantar a bordo. O pacote de bebidas e o plano de internet contratados no cruzeiro também valem nos bares e áreas da ilha.

Os funcionários vivem em Ocean Cay, e a MSC tem ampliado a estrutura de alojamentos. Recentemente, a ilha passou por novas reformas e ganhou um novo restaurante. Ao longe, é possível avistar outra ilha em obras, levantando a curiosidade sobre uma possível expansão do projeto.

Atividades e experiências

Além das praias e áreas de descanso, Ocean Cay oferece atividades extras com custo adicional, como passeios de jet-ski e esportes aquáticos. Uma das experiências mais procuradas é a subida guiada ao farol, que garante uma vista panorâmica da ilha e do navio ancorado — um passeio que vale a pena incluir no roteiro.

Centro de Conservação Marinha

Em abril de 2025, a MSC Foundation inaugurou o Centro de Conservação Marinha da Ocean Cay, ampliando o compromisso da companhia com a preservação dos recifes de corais. O espaço conta com um laboratório biológico (Bio Lab), um viveiro de corais em terra (The Aquaria) com 22 tanques, um auditório para 50 pessoas, além do Welcome Hub e do Discovery Pavilion, que oferecem experiências imersivas e visitas guiadas.

O centro serve como base para biólogos, cientistas, estudantes e visitantes, e é o principal polo do Programa Super Coral, criado em 2019 para restaurar os recifes ao redor da ilha. As pesquisas identificaram espécies de corais mais resistentes a variações de temperatura, com foco no coral Elkhorn, criticamente ameaçado de extinção.

Um destino sustentável

A Ocean Cay é mais do que uma parada paradisíaca dos navios da MSC Cruzeiros: é um exemplo de como o turismo pode se unir à recuperação ambiental e à educação marinha. Com praias preservadas, atividades variadas e um centro de pesquisa aberto à visitação, o destino se consolida como um dos pontos altos dos roteiros caribenhos da companhia.

Roatán, Honduras: uma grata surpresa

Muito verde e mar cristalino. É isso que o hóspede de um navio vê ao se aproximar de Roatán, maior das ilhas da Baía de Honduras. Ela fica no Mar do Caribe, a cerca de 65 quilômetros da costa norte do país. 

Com 60 quilômetros de comprimento e oito de largura, não é difícil ser explorada. Roatán é cercada pelo segundo maior recife de corais do mundo, o Sistema de Recifes Mesoamericano, que se estende do México até Honduras. Portanto, se conseguir, inclua passeios que envolvem snorkel ou mergulho de cilindro. 

Existem dois terminais de cruzeiros em Roatán, o de Mahogany Bay e o de Coxen Hole. O MSC Seashore usou esse último. Ele tem uma boa estrutura com lojinhas e opções de alimentação. Só achei os preços de souvenirs ainda mais inflacionado do que em outros portos, mas não tinha muita opção. 

 A excursão oferecida pela MSC Cruzeiros em Roatán foi passar o dia no Pristine Bay Resort. Localizado em praia de mesmo nome, ele fica a cerca de 15 quilômetros do porto.

A praia não decepciona, é como se espera de uma no Caribe: água cristalina e tranquila com areia fofa. O passeio incluía almoço self-service com bebida. O resort tem ótima estrutura com piscina, espreguiçadeiras e bangalôs. No mar, tem, ainda, alguns brinquedos, como escorregadores. Além disso, oferece campo de golfe.

Costa Maya, México: mar e cultura ancestral

Costa Maya é a parada perfeita para mergulhar na história mexicana. O local abriga as ruínas maia de Chacchoben, datada de cerda de 700 a.C.

Localizado na costa leste da Península de Yucatán, o destino é perfeito para curtir o mar e visitar esse sítio arqueológico com vista para selva tropical. E foi isso que a MSC Cruzeiros ofereceu, um passeio clássico com as ruínas e parada na praia. 

A primeira parada do passeio é Chacchoben, que tem boa estrutura com estacionamento, lojas, restaurante e banheiro na entrada. Se precisar de algo, aproveite esse momento porque nas ruínas não haverá banheiros, por exemplo. Como faz bastante calor, certifique-se de estar com água. 

Chacchoben é um dos maiores sítios arqueológicos da região dos Lagos ao Sul de Quintana Roo. Por ali, as primeiras comunidades rurais datam de 250 a.C. 

Pelo menos o meu tour começou pelo Templo 24, uma bela pirâmide de 12 metros com um templo no topo. Para chegar até lá, o caminho é plano e sem dificuldades.

A maior e mais alta estrutura de Chacchoben é o Templo 1, no topo da Acrópoles. Com quase 14 metros de altura, chegar lá exige subir uma escadaria considerável e, claro, antiga. Depois de quase perder o fôlego, a recompensa é a ver de perto essa construção maia que data de 700 a.C.

Depois de sair de Chacchoben, meu tour incluía para em Mahahual, uma pequena vila litorânea com praias tranquilas, restaurantes à beira-mar e boas oportunidades para mergulho e snorkeling nos recifes rasos que cercam a região. Do bar de praia que parei dava para ver o navio. 

O sargaço, que é uma alga, costuma ser comum em algumas praias do Caribe e um dos problemas é o cheiro forte. Neste dia, a praia que paramos em Mahahual estava com bastante sargaço. Mesmo assim, tinha pontos que dava para entrar no mar. 

Pagamentos em dinheiro, pode ser dólar, são melhores por ali. Para comer, pelo menos US$ 20 por pessoa. No complexo tem lojas com artesanatos e souvernir. 

Cozumel: nunca decepciona

Já estive em Cozumel algumas vezes, seja em paradas de um dia de navio ou para ficar algumas noites. A fama de ser um ótimo lugar para mergulhos é real. Seja de snorkel ou de cilindro, dependendo do passeio que fizer, é possível ver muita vida marinha. 

O MSC Seashore tem o destino como uma de suas paradas clássicas. O terminal de passageiros de Cozumel é o mais completo da rota em termos de lojas e restaurantes. Fora que seu entorno é uma área comercial, então, essa é a parada ideal para compras ou para ir atrás de algum item que esqueceu de levar para viagem. 

Mesmo apenas com snorkel, é possível ver muita vida marinha em Cozumel – Crédito: Sylvia Barreto

Dessa vez, a MSC Cruzeiros ofereceu um tour de barco que busca os passageiros no mesmo píer que o navio atraca, ou seja, nem é preciso ir ao Terminal de Passageiros. Nossa primeira parada foi um ponto para snorkel.

Se você tem câmeras aquáticas, sugiro que leve. A água estava cristalina e com a visibilidade muito boa. Mesmo só com o snorkel foi possível ver muitos peixes. Para terminar, paramos em uma praia com restaurante e bar. 

Achei esse roteiro do MSC Seashore muito bom porque mistura belas praias com passeios culturais. Além disso, o navio é muito completo e seu embarque e desembarque em Cabo Canaveral permite combinar a viagem com alguns dias em Orlando. 

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*A repórter viajou a convite da MSC Cruzeiros