De longe parecem quatro dóceis gatinhos brincalhões. Até que são arteiros, mas com tanto peso e força é melhor não se arriscar em brincar com estes felinos. Um macho e três fêmeas. Eles são os únicos leões brancos do Brasil e estão no Zoo do Beto Carrero World.
O macho chama-se Mafunyane, referência ao criadouro de onde vieram. As fêmeas também foram batizadas em homenagem ao país de origem: Pretória, Zâmbia e Quênia. Este quarteto fantástico veio diretamente da África do Sul para o Zoo do Parque no ano passado e ainda estão em fase de adaptação, antes de serem expostos ao público.
O local onde os recentes moradores do Zoo estão hospedados é de encantar. O Jardim Secreto, como é chamado, é cercado por pedras, gramado, árvores e até cachoeira particular para a turma. Futuramente o espaço será adaptado para que os visitantes possam apreciar e conhecer melhor os animais raros. De acordo com a Coordenadora do Zoo, a bióloga, Kátia Cassaro, nas paredes serão instaladas um tipo de janela de vidro para que o público possa observar melhor.
Alimentação
Com aproximadamente 1 ano de vida, cada um se alimenta de 2,5 quilos de carne por dia, além de complemento vitamínico e mineral. Não é à toa que desde que chegaram ao Parque os belíssimos leões já aumentaram de 15 para 80 quilos. “Quando em fase adulta, eles podem chegar a comer seis quilos de carne por dia e pesar 250 quilos”, acrescenta a bióloga. Alguém arrisca um abraço nos fofinhos?
A espécie
Ao contrário do que algumas pessoas pensam esta espécie não é albina, somente apresentam os pelos brancos. Eles são chamados de “leucisticos” e possuem melanina, o que os tornam mais raros ainda. “Acredita-se que sua sobrevivência na natureza foi comprometida devido a coloração clara que os impede de se misturarem à vegetação, chamando assim a atenção dos predadores”, explica a Coordenadora do Zoo, Kátia Cassaro.
Em cativeiro, sobrevivem em média 25 anos e a gestação é de 100 dias, sendo que cada fêmea pode gerar até quatro filhotes por vez.
Antigamente os povos da África do Sul acreditavam que esta espécie era relacionada à prosperidade e à abundância e sua aparição era considerada um presente divino. Lendas contam que sua cor branca era um sinal da benevolência que deveria existir dentro de todos os seres vivos.
A Viagem
As feras vieram de um criadouro chamado Mafunnyane Farm, da cidade de Brits, África do Sul. No local existem várias outras espécies em extinção. Segundo Kátia, a viagem até o Brasil durou 12 horas e apesar de cansados os leões suportaram satisfatoriamente o trajeto. “Os animais viajaram acordados, pois sedação não é prática recomendada”, conta.
Feitas de madeira e com tela para ventilação suficiente, as caixas para o transporte de qualquer espécie de animal silvestre, além de serem construídas de maneira adequada para garantir privacidade aos animais, devem seguir as normas da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).