- Viajar é Simples - https://viajaresimples.com.br -

Patagônia chilena: como é ficar em um hotel all inclusive em Torres del Paine

Nem é preciso sair da cama para ter uma vista deslumbrante. No hotel Tierra Patagonia, em Torres del Paine, do conforto dos lençóis, torres que passam dos 3.000 metros de altura são vistas de uma ampla janela e refletidas em um lago azul turquesa, o Sarmiento.

Às vezes, pelo movimento da vegetação é possível perceber que venta muito. Mas dentro do quarto confortável, a temperatura é ao gosto do hóspede. A paisagem em questão é a do Parque Nacional Torres del Paine, no Chile, que é vista de qualquer uma das 40 acomodações do hotel Tierra Patagonia.

Em 1978, o Parque Nacional Torres del Paine foi classificado como Reserva Mundial da Biosfera. Ele fica no sul da Patagônia chilena, que tem 240 mil km², e mais de 50% de área protegida.

O parque é uma dessas reservas da Patagônia com 227 mil hectares de lagos, geleiras, cachoeiras, torres de granito e bosques. Às margens dele, mas fora de seus limites, existe o hotel Tierra Patagonia com a proposta de apresentar as belezas da região com todo o conforto e de modo sustentável.

O Parque tem 227 mil hectares. Na foto, a Laguna Azul – Crédito: Rodrigo Barrionuevo

Aberto no fim de 2011, o Tierra Patagonia inclui desde o traslado de aeroportos próximos, de Puerto Natales e Punta Arenas, como todas as refeições e mais de 30 excursões em Torres del Paine, a maioria dentro do parque e algumas fora.

Suas instalações, completamente integradas à paisagem, e seus serviços já lhe renderem diversos prêmios internacionais. A equipe do Viajar é Simples foi conhecer a Patagônia chilena dessa maneira, com a única preocupação de aproveitar cada momento e deixar por conta do hotel toda a programação.

Punta Arenas recebe voos diários de Santiago o ano todo – Crédito: Rodrigo Barrionuevo

Da cidade ao hotel
A experiência do Tierra Patagônia começa bem antes da chegado ao hotel. Em pacotes a partir de três noites, traslados gratuitos são oferecidos para as cidades de Puerto Natales, a 154 quilômetros, e de Punta Arenas, a 337 quilômetros, ambas na Província chilena de Magallanes e Antártica Chilena.

Quem fica hospedado por quatro ou mais noites também tem direito ao transfer para El Calafate, região da Patagônia argentina. As saídas para Punta Arenas e Puerto Natales são regulares, basta ver com a equipe qual o melhor horário, as buscas podem ser nos aeroportos locais, hotéis ou no porto de Punta Arenas.

Para os brasileiros, o trajeto mais interessante é a chegada por Punta Arenas, o aeroporto vários voos a partir de Santiago do Chile e fica aberto o ano todo. Já o aeroporto de Puerto Natales só funciona no verão.

O Tierra Patagonia funciona de outubro, que ainda é primavera, até maio, outono, ou seja, se quiser ir nos meses de alguma dessas estações, só via Punta Arenas mesmo. O trajeto é mais longo, são quatro horas em uma van, mas o hotel já começa a mimar os hóspedes.

Nos pacotes all inclusive a partir de três noites, o Tierra Patagonia oferece traslados desde Puerto Natales e Punta Arenas – Crédito: Sylvia Barreto

No carro, os passageiros são recebidos com uma sacola de pano com algumas guloseimas, água e um sanduíche para a viagem. O hotel, assim como toda rede, é livre do uso de plásticos descartáveis, então, por isso a bolsa do lanche é de pano e reutilizável.

No caso do trajeto entre Punta Arenas e o hotel, há uma parada na metade do caminho em um restaurante com banheiro. É um bom momento para tomar um café quentinho. Além disso, a rodovia, a Ruta 9, é linda. Conhecida como Ruta del Fin del Mundo, pastos, montanhas e muitas ovelhas, símbolo da Patagônia, são vistos ao longo da jornada.

Torres del Paine está mais ao norte tanto de Puerto Natales como de Punta Arenas, que, aliás, é conhecida como a cidade do fim do mundo do Chile. Apesar de ser um trajeto longo entre o hotel e Punta Arenas, o carro confortável e a paisagem amenizam a distância.

Para quem sai do Brasil é preciso pegar pelos menos dois voos, e o trajeto de avião de Santiago até Punta Arenas é de três horas. O ideal é dormir pelo menos uma noite em Punta Arenas e ir para o Tierra Patagonia no dia seguinte ao da chegada.

A cidade de Punta Arenas é vibrante e rica, capital da Província de Magallanes e Antártica Chilena. Há vários bons restaurantes, cassino e prédios históricos em bom estado de conservação.

Ruta del Fin del Mundo – Crédito: Rodrigo Barrionuevo

Chegada e acomodações

Ao chegar às imediações de Torres del Paine, nada mais se nota, apenas as torres imponentes. O restante parece apenas campos, dependendo da época do ano, bem verdinhos ou cobertos de neve.

A bela construção do Tierra Patagonia fica escondida para quem passa pela estrada, só é vista quando o visitante se aproxima. As linhas harmônicas de sua arquitetura foram desenhadas com a proposta de que ele se integre à paisagem, aquela vastidão de pradaria, ao Lago Sarmiento e à Cordilheira Paine, e não para que o prédio se sobreponha.

Vista dos quartos – Crédito: Rodrigo Barrionuevo

A intenção da arquitetura do prédio é que ele pareça que foi projetado pelo próprio vento. E, toda a vegetação retirada para sua construção foi mantida em uma estufa pelos paisagistas. Quando a obra terminou, tudo foi replantado ao redor. O projeto sustentável funcional tão bem que, atualmente, pássaros, guanacos, raposas e até a famosa puma da região fazem ninhos por ali.

Os hóspedes são recebidos por um funcionário que os levam até o quarto. Todas as acomodações têm vista para o lago e a cordilheira. São três tipos de apartamento: standard, superior e suítes.

A decoração não difere muito entre as acomodações, todos utilizam materiais da região, como tapetes de lã das ovelhas e muita madeira, mais uma maneira que o Tierra Patagonia achou de ser sustentável e de exaltar a região que está inserido.

Televisões não são usadas nos quartos. As janelas enormes com a vista de tirar o fôlego e com a paisagem que muda de acordo com a posição do sol já são atrativos suficientes.

A diferença nos apartamentos se dá pelo tamanho, principalmente. Os standards são os menores e a banheira fica dentro do quarto. Os superiores têm banheira, mas no banheiro mesmo, que, aliás, tem duas pias. As suítes têm dois andares, uma sala e janelas que vão do chão ao teto. Tudo rústico, simples e de extremo bom gosto.

Materiais típicos da região foram usados em todo o hotel – Crédito: Rodrigo Barrionuevo

Os quartos têm banheiros espaçosos – Crédito: Rodrigo Barrionuevo

Banheira de apartamento superior – Crédito: Rodrigo Barrionuevo

No quarto, os hóspedes encontram amenities pouco usuais, além dos xampus, condicionadores e sabonetes tradicionais. Como os ventos na região podem chegar até 100km/hora e o sol e o frio castigam a pele, também tem um potinho com protetor labial. E, sendo toda a rede Tierra sustentável, cada hóspede tem no quarto uma garrafa de vidro que é preenchida diariamente e um recipiente de alumínio para encher na entrada do hotel e levar para as excursões.

Excursões
Na região de Torres del Paine, tanto dentro quanto fora do parque, atividade é o que não falta. Há passeios que podem ser feitos por todas as pessoas até aqueles que exigem maior nível de preparo. O Tierra Patagonia inclui mais de 30 opções de excursões em seu pacote all inclusive.

O Tierra Patagonia conta com uma equipe de guias turísticos, alguns ficam no hotel orientando os hóspedes sobre quais são as melhores excursões para cada perfil e outros saem com grupos. Cada cliente pode optar por até dois passeios de meio período ou um de dois períodos (manhã e tarde) por dia.

No lobby tem uma lousa na qual os guias deixam anotados os passeios do dia seguinte, assim, quem ainda não souber o que quer fazer, pode se juntar a um grupo já montado. Também é possível fazer excursões privadas, seja para uma pessoa ou casal, mas há um custo adicional.

Uma mesa com bebidas e petiscos é montada durante as excursões – Crédito: Rodrigo Barrionuevo

A rede Tierra leva o termo “all inclusive” a sério. As refeições não são inclusas só enquanto o hóspede está no hotel, mas também quando sai para excursões. Em qualquer um dos passeios, mesmo aqueles que tomam curtos períodos, os guias levam caixas com vários petiscos, como frutas secas, chocolates, queijos, embutidos, bebidas alcoólicas e não alcoólicas.

Ao voltar de uma caminhada, por exemplo, ao lado do carro sempre tem uma mesa montada com todas essas delícias. Para os passeios mais longos, o hotel oferece também uma bolsinha com sanduíches e outros itens.

O hotel faz toda a operação dos passeios. Há diversas vans que levam os hóspedes e, quando se trata de excursões dentro do parque, que cobra entrada, nem isso o cliente paga, o Tierra já providencia os ingressos.

Para que o hóspede aprenda sobre a vida na Patagônia, alguns passeios incluem idas a típicas fazendas da região com suas ovelhas. Outras, têm paradas para aproveitar um delicioso churrasco patagônico. Outra maneira de conhecer os costumes locais é fazer uma das cavalgadas oferecidas pelo Tierra.

Apenas poucas opções de passeio têm custo adicional, como é o caso da pesca, que não é feita pelo hotel, mas que existe um parceiro que oferece. Outra excursão que tem custo adicional de US$ 140 por hóspede, é que é imperdível, é a Navegação pelo Lago Grey e Maciço Paine. Pode ser feita por qualquer pessoa, não há dificuldades físicas, apenas uma breve caminhada.

O Tierra Patagonia oferece tudo dos outros passeios: transporte, guia, petiscos e até almoço em um restaurante parceiro. Porém, a parte da navegação é operada por outra empresa e o valor cobrado é para pagar os custos do barco. De qualquer maneira, o guia acompanha o grupo no barco e leva petiscos e bebidas. A embarcação vai até a geleira Grey, uma das 1750 que o Chile tem e cobrem 3% as superfície do país. O almoço é um restaurante típico que serve o churrasco da Patagônia. Não é feito no hotel para que não fique tarde.

Uma das excursões mais procuradas de Torres del Paine e que exige bastante esforço físico é a Base de las Torres. Ela dura, pelo menos, oito horas e tem subidas íngremes. É uma ida até a base das grandes pedras que dão nome ao parque e tem uma das vistas mais bonitas do lugar.

Outras do mesmo estilo são: Mirador Ferrier, Paso de Agostini e Valle del Francés. Em Torres del Paine tem um circuito, o W, que leva dias para ser feito, porém, se alguns desses passeios forem feitos, os hóspedes do Tierra passam pelos mesmos lugares, mas com mais conforto e comodidade.

Vista do passeio Base de las Torres – Crédito: Divulgação Chile

Para cavalgar ou fazer passeios de bike existem algumas opções. Há duas cavalgadas bastante pedidas: Estancia Lazo e Entre Lagos. De bike tem Cañadon Macho, La Porfiada e Baguales. Aliás, a região de Baguales, que está fora do parque Torres del Paine, também pode ser conhecida em uma excursão de meio dia com leve caminhada. Ao longo do rio que dá nome ao local, há diversos fósseis que comprovam que há milhares de anos toda aquela extensão de terra era o fundo do mar. Para completar a ida até Baguales, ainda tem para na Estancia Guido, local de criação de ovelhas, como é comum na região.

Uma excursão de meio dia que também não exige esforço físico e é bastante procurada é a Laguna Azul. A lagoa em questão fica dentro do parque é no local a vista das torres contrastando com ela é incrível.

Também há paradas por diversos mirantes ao longo do caminho com uma paisagem mais bonita que a outra. E, reserve um tempinho para conhecer as áreas ao ar livre do hotel, há uma trilha entre o prédio e o lago Sarmiento que pode ser feita sem ajuda de guias.

O caminho que leva ao lago Sarmiento foi criado com antigos trombólitos de calcário sem danificar qualquer vegetação ao longo do caminho. Não é possível entrar no lago porque ele é propriedade do parque, mas vale a pena e rende fotos incríveis.

Uma das paradas do passeio Laguna Azul – Crédito: Rodrigo Barrionuevo

Passeio de navegação pelo Lago Grey – Crédito: Rodrigo Barrionuevo

O Chile tem 1750 geleiras, muitas delas em Torres del Paine – Crédito: Rodrigo Barrionuevo

A região de Torres del Paine também tem uma fauna rica, cheia de pássaros, guanacos, raposas, condores e de um símbolo, a puma. Em diversas excursões é possível ver os guanacos, que são bem abundantes, porém, há passeios específicos no Tierra Patagonia para ver os outros animais, como a Trilha do Caçador e o Cornizas.

A maioria dos passeios oferecidos pode ser feita com agências locais, porém, com o Tierra Patagonia o turista não tem nenhuma preocupação, seja com transporte ou alimentação e ainda consome itens, como vinhos e cervejas, que não são incluídos em excursões com agências.

Geleira Grey – Crédito: Rodrigo Barrionuevo

Laguna Azul – Crédito: Rodrigo Barrionuevo

Há diversas paradas nos passeios em mirantes – Crédito: Rodrigo Barrionuevo

Os guanacos são animais típicos da região – Crédito: Rodrigo Barrionuevo

Alimentação
Para quem não quer o pacote all inclusive, o Tierra Patagonia oferece o “bed and breakfast”, que inclui apenas a acomodação e o café da manhã, sem as excursões e refeições. Apesar de ser bom ter essa oportunidade de escolha, ao redor do hotel não há restaurantes e o cliente terá que pagar separadamente, algo que não compensa muito. E, no all inclusive, além dos petiscos nas excursões, ainda tem café da manhã, almoço, jantar e bebidas sem limite de consumo.

O café da manhã é bem farto. Além das mesas de buffet com itens como cereais, pães, frios, iogurtes e bebidas, ainda há um cardápio de pratos feitos na hora, como omeletes e outras variações de ovos e waffles. É ideal para começar o dia bem. No almoço e no jantar sempre são oferecidas as opções do dia com entrada, prato principal e sobremesa. Há opções vegetarianas diariamente.

O Tierra Patagonia tem café da manhã com buffet e pratos à la carte – Crédito: Rodrigo Barrionuevo

Alimentos frescos e feitos no hotel são servidos no café da manhã – Crédito: Rodrigo Barrionuevo

Restaurante do Tierra Patagonia – Crédito: Rodrigo Barrionuevo

A gastronomia é um ponto alto no Tierra, com mudanças diárias de cardápio, itens como frutos do mar, peixes e carnes de carneiro e até de guanaco estão entre as opções. Para aqueles que não querem arriscar tanto ou que preferem sabores mais convencionais, existe um cardápio fixo com hambúrguer, macarrão e bife, dentre outros, basta pedir ao garçom.

O bar fica aberto diariamente e são servidos vinhos da vinícola Matetic, do mesmo grupo dos hotéis Tierra, drinques à base de whisky, vodca e outros destilados e cervejas. As bebidas também acompanham as refeições de acordo com o gosto do cliente.

A gastronomia no Tierra Patagonia é requintada – Crédito: Rodrigo Barrionuevo

Além de menu fixo, no Tierra Patagonia tem um cardápio que muda diariamente – Crédito: Rodrigo Barrionuevo

Lazer
O Tierra Patagonia também é ideal para relaxar. Para conseguir aproveitar as instalações, o ideal é combinar passeios de meio período em um dia com outros de dia inteiro no outro ou, quem sabe, até ficar um dia sem excursões se houver tempo hábil. A piscina climatizada com duchas é imperdível. O espaço tem vidro do chão ao teto com a mesma vista linda dos quartos.

Na área externa, existe uma jacuzzi bem quentinha. Tente ir em algum momento que não esteja ventando, quando começa o vento, é difícil ficar do lado de fora só de roupa de banho, mesmo com a água aquecida, o vento incomoda a imersão. E, se quiser esquentar mesmo, há duas opções de sauna, seca e molhada.

Jacuzzi ao ar livre – Crédito: Rodrigo Barrionuevo

Área de descanso – Crédito: Rodrigo Barrionuevo

Piscina fechada – Crédito: Rodrigo Barrionuevo

Além de ter academia, o hotel também oferece um espaço para aulas, como as de Yoga, que costumam acontecer duas vezes por dia. Todos esses espaços e serviços estão inclusos nas diárias.

Para quem quer ainda mais relaxamento, pode optar tratamentos do UMA Spa, feitos com elementos locais, como pedras e águas, para o corpo e mente. Há massagens com essências e pedras quentes, reflexologia, limpeza facial com máscara de mel, argila ou cristais de quartzo e banhos com leite de cabra, rosas, lavanda ou chocolate. Os tratamentos têm um custo adicional, porém, alguns pacotes promocionais podem incluir algum deles.

Vale a pena ficar no Tierra?
As diárias por pessoa no Tierra Patagonia giram em torno de US$ 850 no regime all inclusive. Com esse valor e com a conversão atual do real para o dólar, talvez o preço não pareça não atrativo. O que o turista tem que colocar na balança é tudo que está incluído, a começar pelos traslados.

Os passeios também não são baratos nessa região da Patagônia, claro que é possível fazer uma viagem econômica, um “mochilão”, mas mesmo assim, cada excursão sai em torno de US$ 100. Além disso, Torres del Paine não é um local que dá para se locomover com facilidade ou encontrar bares e restaurantes, o máximo que se encontra são as agências que buscam os clientes nos hotéis, fora isso, uma opção também é locar um carro, e claro, contar com os custos de combustível, da locação em si e ainda ter que planejar todos os roteiros sem ter um bom conhecimento da área.

No “quintal” do Tierra Patagonia – Crédito: Rodrigo Barrionuevo

Hotel Tierra Patagonia visto de fora – Crédito: Rodrigo Barrionuevo

Trilha dentro do hotel – Crédito: Rodrigo Barrionuevo

Os custos com refeição também são bem importantes. Apesar da moeda do Chile parecer desvalorizada diante do real, o país tem um custo alto para brasileiros. É tão ou mais caro fazer refeições simples e tradicionais no país como em qualquer grande cidade do Brasil, como São Paulo.

E, não, a conversão não nos dá vantagem em nada. Comer com a qualidade de produtos que se come no Tierra custa caro no Chile, portanto, ter três refeições diárias, petiscos nas excursões e bebidas é um diferencial grande que, claro, está embutido no preço, mas se cada item fosse pago separadamente nas mesmas condições, a conta também sairia alta.

Além de incluir traslado (para pacotes all inclusive a partir de três noites), refeições, excursões e acomodações, o hotel ainda facilita a vida do hóspede, que não precisa planejar muita coisa, apenas escolher aquilo que quer fazer. E, obviamente, a excelência do serviço e o conforto também têm um preço. Então, se você pode pagar e quer ter uma viagem especial, não irá se arrepender.

Um hotel sustentável

Ao longo do texto, várias práticas sustentáveis do hotel foram mencionadas, como o fato de ser livre do uso de plástico e sua construção que não agride a paisagem local. Além disso, toda a iluminação do Tierra Patagonia é de LED e há um controle da eficiência energética para reduzir o consumo.

O hotel também oferece uma tarifa menor através da Fundação Smartrip, que desenvolve projetos que têm como objetivo apoiar as comunidades e cultura locais enquanto limitam a urbanização desnecessária.

Todas essas ações fizeram que o Tierra Patagonia, junto com o Tierra Atacama, fossem os únicos estabelecimentos do Chile e do cone sul a entrar para a National Geographic Unique Lodges of the World. A lista reúne uma seleção de hotéis boutique em lugares extraordinários em todo o mundo que demonstram comprometimento com a sustentabilidade, a autenticidade e a excelência.

O hotel foi projetado para parecer esculpido pelo próprio vento e se integrasse à paisagem – Crédito: Rodrigo Barrionuevo

A avaliação da National Geographic leva em consideração o design e as características únicas dos hotéis, a experiência dos hóspedes, a qualidade de serviço e o compromisso dos estabelecimentos com a conservação e ações em prol do meio ambiente, além da proteção do patrimônio cultural e promoção de benefícios para as comunidades locais

O que levar na mala?
Mesmo no verão, as temperaturas não são altas em Torres del Paine. As máximas não costumam passar de 19ºC. Então, a primeira coisa a colocar na mala é roupa de frio.

Também venta bastante independente da estação, por isso não esqueça luvas, cachecóis e gorros para proteger todas as partes do corpo e tenha uma boa jaqueta corta-vento.

Se consultar as temperaturas e no período da viagem estiver algo como 5º ou menos, leve peças segunda pele e casacos pesados especiais para esse tipo de clima, o vento deixa a sensação térmica ainda menor.

Mesmo que não vá fazer excursões que exijam esforço físico grande, leve um bom tênis, de preferência, antiderrapante. E, se optar por passeios como o Base de Las Torres e outros similares, leve calçado adequado, como botas de trekking. Óculos de sol também é bem importante e protetor solar, apesar do hotel fornecer gratuitamente, talvez prefira um de sua escolha.

Dentro do hotel tem calefação, então não sentirá frio. Por isso, não deixe de colocar na mala roupas leves para jantar e um casaquinho mais fino. E, claro, não esqueça sua roupa de banho para aproveitar a piscina, sauna e hidromassagem!

Serviço

Tierra Patagonia
www.tierrahotels.com
Telefone 0-800-761-1627 (Brasil)

Como chegar
Punta Arenas: para brasileiros, a melhor opção é voar até Santiago do Chile e depois tomar um voo da Latam, que tem mais opções de horários para o destino do que a concorrente, a Sky Airlines. De lá para Torres del Paine, o Tierra Patagonia oferece traslado gratuito para hóspedes em pacote all inclusive a partir de três noites de estadia.
Puerto Natales: durante o verão, a Latam opera voos para entre Santiago e Puerto Natales, porém, não há tantos horários disponíveis se comparado com o destino de Punta Arenas. De Puerto Natales para Torres del Paine, o Tierra Patagonia oferece traslado gratuito para hóspedes em pacote all inclusive a partir de três noites de estadia.

Quando ir
No caso do Tierra, ele só fica aberto de outubro a maio e fechado no período mais frio, de junho a setembro. No começo e fim da temporada, costuma haver algumas promoções.

Quantos dias ficar
O mínimo de estadia para ter uma boa ideia de Torres del Paine é de três noites no Tierra Patagonia, sendo que é indicado também passar uma noite em Punta Arenas na ida e outra na volta para a viagem não ficar cansativa por conta dos voos. Como há muitas opções de passeio e o hotel oferece uma área de lazer, cinco noites permite aproveitar mais o destino e sete noites é o ideal para quem quer ter a experiência completa da Patagônia e do Tierra.

*A equipe do Viajar é Simples, repórter e fotógrafo, teve hospedagem a convite do Tierra Patagonia