Ao longo do rio Loire as terras eram férteis e os animais selvagens atraiam a atenção dos nobres para as caçadas. Era o século 16, a arte fervilhava e a corte francesa voltou seus olhos para o Vale do Loire. O rei Francisco I foi o responsável pela construção ou ampliação de vários castelos nessa região, como um mecenas que era, fez propriedades com diferentes estilos e recheadas de obras de arte.
Por cerca de 300 quilômetros, encontramos hoje 1000 castelos. Se juntarmos esse número com as mansões da burguesia da época, são 2500 propriedades ao todos. Muitos ricos que não tinham título de nobreza construíram suas casas inspiradas nos castelos da região, são os manoirs. Muitas dessas antigas e belas construções abrigam hotéis atualmente.
Desde novembro de 2000, o Vale do Loire está na lista do Patrimônio Mundial da UNESCO. A três horas de Paris, é uma região de fácil acesso seja de carro ou trem. Claro que visitar os 1000 castelos é um objetivo difícil, mas em uma viagem o turista pode selecionar os principais e maiores ícones da região. E nem só de castelos vive o Vale do Loire. Ele ainda conserva sua natureza exuberante, cidades históricas e charmosas e animais silvestres.
O Viajar é Simples foi até a região e irá te contar o que há de melhor para fazer. Embarque nessa.
Se você nunca foi ao Vale do Loire, há alguns castelos emblemáticos que precisam ser visitados e remontam a história da região. Com características diferentes, temos: Castelo de Chambord; Castelo de Blois; Castelo de Chaumont sur Loire; Castelo Royal d’Amboise; Castelo do Clos-Lucé; Castelo de Chenonceau e Castelo de Villandry.
O ícone do Loire: Chambord
Toda a propriedade de Chambord tem o tamanho da cidade de Paris, são 5.440 hectares. É o maior do Vale do Loire com 156 metros de comprimento e 56 metros de altura. É também o castelo público mais visitado da região. Ele começou a ser construído em 1519 segundo a vontade de Francisco I. Levou 30 anos para ficar pronto e o rei só passava algumas semanas por ano na residência.
O castelo é uma verdadeira obra arquitetônica. Em seu centro eleva-se uma escadaria dupla que serve os três pisos da construção. Apesar de sua aparência de fortaleza medieval, Chambord é uma mistura de estilos herdados de séculos anteriores e a arquitetura da Renascença italiana. É também um castelo de exageros, tem 77 escadas, 282 chaminés e 426 divisões.
Apesar de sua idade e de muitos castelos terem tido partes destruídas ao longo dos anos. Chambord é um dos castelos mais conservados de toda a França. Os visitantes podem vê-lo da maneira como realmente foi construído. Pelas paredes, salamandras, o símbolo de Francisco I que resistiu ao passar dos séculos. Todas intactas.
Após a construção, Francisco I e sua corte iam caçar nos campos local, à beira do Loire. Até hoje a área é rica em javalis, são 1.200 atualmente. Cervos são mais de 500. Nos domínios de Chambord há mais javalis que pessoas hoje em dia, são apenas 130 habitantes. Ao redor do castelo, pequenas lojas e restaurantes com trabalhadores locais.
Para conhecer também esses arredores dos castelos, com sua área verde e animais, um passeio que acontece o ano todo é o de 4×4. Um guia conduz grupos em veículos preparados e é possível visitar áreas só acessadas nesse tipo de excursão. Os visitantes vão até os estábulos e um pequeno museu de cervos, com cabeças empalhadas de todos os tipos existentes. Com um pouco de sorte, é possível ver nos arredores alguns deles passando. São até seis saídas por dia com 01h30 de duração. Custa 18 euros por adulto e 12 euros para crianças de seis a 17 anos.
Se quiser explorar flora ou fauna em seus apogeus, há meses diferentes. Para apreciar a flora, é indicado o outono, quando a área verde muda de cor. Para ter mais chance de ver animais, o indicado é visitar o local nos meses de primavera. De 15 de setembro a 15 de outubro há a grande batalha dos cervos. O castelo faz passeios noturnos especiais para que elas possam ser vistas.
Site: www.chambord.org
Onde está: de carro fica a 25 minutos de Blois, a 50 minutos de Orleans ou Tours. De trem, está próximo da estação de Blois-Chambord, na qual há shuttles para o Castelo de Chambord de abril a setembro, temporada alta.
Horários: de 01/04 a 30/09 das 09h00 às 18h00 / de 01/10 a 31/03 das 10h00 às 17h00
Tempo de visita: reserve um dia todo para combinar uma manhã de visita ao castelo e uma tarde para passeio pelos campos. Há restaurantes para almoço no local.
Preços de ingresso 2014: 11 euros
O preferido dos reis: Castelo de Blois
Do alto do Castelo de Blois é possível ver a cidade, a catedral de San Nicolas e o Loire. Dali o rio mais importante da região foi visto por muitos reis através dos séculos. O castelo teve sua primeira parte erguida ainda no século XIII, na época medieval, pelos condes de Blois.
Luís XII deu sequência à construção do castelo e fez uma nova ala entre 1498 e 1501. Essa parte é marcada pelo estilo gótico flamejante com elementos de influência nórdica e ornamentos de origem italiana. É nessa área também que fica o Museu de Belas Artes.
Em 1515, foi a vez de Francisco I se interessar pelo castelo e construir a sua ala, marcada pela Renascença. Tem uma escada de caracol bem parecida com a de dupla hélice do Castelo de Chambord. A última e inacabada ala é a de Gastão de Orleães, feita entre 1635 e 1638. É uma obra-prima da arquitetura clássica da França.
Ao longo dos séculos, muitos reis e rainhas fizeram de Blois sua residência fixa. Todos esses que construíram as alas viveram ali, além de outros, como Luís XII com Ana de Bretanha e Henri II com Catarina de Médicis. Ao contrário de muitos outros castelos do Vale do Loire, não era uma propriedade apenas para passar temporadas.
Se o Castelo de Blois foi muito querido por reis e rainhas, também passou um tempo abandonado e foi deteriorado ao longo dos séculos. Em 1843 houve a primeira e grande restauração.
Desde junho deste ano há visitas guiadas em português. Não há custo adicional, mas é preciso verificar a disponibilidade no dia. O castelo também oferece guias em português com explicação resumida da história do castelo e de todas suas alas.
A cidade de Blois também se desenvolveu ao longo dos séculos e ao redor do castelo. Mas ela não perdeu seu charme e ruelas históricas. Vale caminhar e se perder pelas ruas estreitas. Diversas casas são identificadas com informações sobre seu passado. É um pouco de história em cada esquina! O destino também é recheado de restaurantes e lojas de souvernirs.
Site: www.chateaudeblois.fr
Onde está: no centro de Blois – fica a 01h30 de trem desde Paris
Horários: sempre abre às 09h00. De 02/01 a 31/03 e 03/11 a 31/12 fecha às 12h30 e reabre das 13h30 às 17h30. De 01/04 a 30/06 e durante o mês de setembro, fecha às 18h30. De 01/10 a 02/11 fecha às 18h00
Tempo de visita: separe pelo menos duas horas
Preço de ingresso 2014: 9,80 euros
Um castelo e seus jardins: Castelo de Chaumont sur Loire
No Castelo de Chaumont sur Loire é difícil saber se a construção ou os jardins impressionam mais. Ele é um dos poucos que fica tão perto do rio porque nos séculos passados era preciso pagar um alto imposto para construir perto do Loire. Sua primeira construção foi no século X, porém, após um incêndio ele foi quase completamente destruído e reconstruído de 1468 a 1510.
Para completar a beleza de um castelo construído às margens do Loire, há o Centro de Artes e da Natureza totalmente dedicado à interação entre a natureza, a cultura, a criação artística e a arte de representar paisagens. De abril a outubro, acontece o Festival Internacional de Jardins. Sempre um tema é proposto aos artistas – o de 2014 foi “Jardins dos Sete Pecados” – e eles desenvolvem espaços ao ar livre de acordo com o que foi proposto. O evento é considerado um ditador de tendências da jardinagem mundial.
Site: www.domaine-chaumont.fr
Onde está: entre as cidades de Tours e Blois
Horários: sempre abre às 10h00. De 02/01 a 31/03 e 03/11 a 31/12 fecha às 16h15. De 01/04 a 30/06 fecha às 17h45. De 01/07 a 31/08 fecha às 18h15. Em setembro fecha às 17h45 e de 01/10 a 02/11 fecha às 17h15.
Tempo de visita: se for visitar todos os espaços e estiver na época do Festival Internacional de Jardins, reserve um dia inteiro. Se não for à época do festival, pelo menos quatro horas são necessárias para visita completa. Há restaurantes no local.
Preço de ingresso 2014: 10,50 euros para visitar Castelo e parque histórico – 16 euros para visitar todos os domínios, incluindo Festival Internacional de Jardins
Castelo Royal d´Amboise: símbolo de poder
No alto da cidade de Amboise, com uma bela vista do rio Loire, fica o Castelo Royal d´Amboise. Uma construção do final do século XV, guarda curiosidades. Foi nele que o depois poderoso rei Francisco I passou a infância. Na Capela de São Humberto, no terraço do local, está enterrado Leonardo Da Vinci. O famoso italiano morreu em Amboise, em outro castelo, o Clos Lucé.
O Castelo de Amboise ilustra a passagem do estilo gótico para o renascentista francês. Foi o centro do poder da França por anos e lá viveram quase todos os reis e rainhas das dinastias Valois e Bourbon, como Charles VIII, Ana de Bretanha, Henri II e Catarina de Médices.
O castelo passou muito tempo abandonado após seu auge no século XVI. A área construída que visitamos atualmente é de apenas 20% do que Amboise foi um dia. Seus porões serviram de prisão por anos e hoje são abertos apenas para eventos especiais. É um dos poucos castelos que tem rampas que permitiam que cavalos pudessem adentrar os recintos. Apesar de o tempo ter levado uma parte da construção, Amboise ainda surpreende por sua arquitetura e bela vista da cidade.
Site: www.chateau-amboise.com
Onde está: na cidade de Amboise
Horários: sempre abre às 09h00. De 02/01 a 31/03 e 16/11 a 31/12 fecha às 12h30 e reabre das 14h00 às 16h45. Em fevereiro fecha às 12h30, reabre das 13h30 às 17h00. Em março e de 02/11 a 15/11 fecha às 17h30; de 01/04 a 30/06 fecha às 18h30; de 01/07 a 31/08 fecha às 19h00; de 01/09 a 01/11 fecha às 18h00
Tempo de visita: pelo menos três horas contando com os jardins.
Preço de ingresso 2014: 10,70 euros para ingresso e guia impresso de visita. Com o equipamento de áudio fica 14,70 euros. Há visitas em grupo com guia falando português.
O Castelo de Leonardo da Vinci: Clos Lucé
O Castelo de Cloux, conhecido como Clos Lucé, foi construído em 1471, sobre fundações do século XII. Mas ele se tornou mundialmente famoso porque ali Leonardo da Vinci viveu seus últimos anos. Em 1516, o italiano resolveu aceitar o convite do rei Francisco I para morar na França.
Da Vinci tinha 64 anos quando se mudou para o Clos Lucé. O artista estava pobre. Levou consigo para a França alguns de seus quadros, como Santana e o Menino, Monalisa e São João Batista e A Virgem, e grande material de seus estudos.
Entre novas obras, estudos e festas para a corte, da Vinci viveu apenas três anos. Ficou íntimo de Francisco I, o rei até o chamava de pai. Em 02 de maio de 1519 faleceu após ficar doente. Mas deixou para o mundo e para Clos Lucé um grande legado.
Atualmente, Clos Lucé está todo restaurado e mostra como o italiano viveu seus últimos anos. Os visitantes podem entrar, por exemplo, no quarto que Leonardo da Vinci dormia com móveis feitos semelhantes aos da época. Uma parte da construção expõe o lado engenheiro dele, há 40 máquinas produzidas pela IBM a partir dos desenhos originais deixados por Leonardo.
A visita não acaba no castelo em si. Para ficar completa é preciso visitar os jardins onde fica o chamado Parque do Conhecimento. É uma viagem pedagógica por sete hectares que faz os visitantes interagirem com algumas das invenções do artista. São 19 maquetes gigantes e 32 telas translúcidas com obras de arte e esboços feitos por Leonardo.
Site: www.vinci-closluce.com
Onde está: na cidade de Amboise
Horários: janeiro das 10h00 às 18h00; fevereiro a junho e de setembro a outubro das 09h00 às 19h00; julho a agosto das 09h00 às 20h00; novembro e dezembro das 09h00 às 18h00.
Tempo de visita: pelo menos três horas contando com os jardins.
Preço de ingresso 2014: a partir de 12 euros
O castelo das mulheres: Chenonceau
Quando chegar ao Castelo de Chenonceau não se assuste com a quantidade de turistas que disputam suas salas e quartos. Ele é o castelo de administração privada no Loire que mais recebe visitantes, o número chega a 1 milhão por ano. Se hoje é disputado pelos turistas, durante século foi objeto de briga por algumas mulheres da nobreza da França.
Chenonceau é elegante. Encanta já na entrada. Para chegar ao castelo há uma verdadeira “catedral de árvores”, um trajeto de quase um quilômetro repleto de verde. Após percorrer esse trajeto, pare para as fotos, o castelo pode ser visto inteiro desse ponto.
A primeira parte do castelo tem idealização de 1513 por Katherine de Bohier. Foi motivo de briga entre Catarina de Médices e Diana de Poitiers, esposa e amante de Henri II respectivamente. Bohier foi responsável pela primeira área do castelo que vemos hoje em dia, a torre foi mantida do Château des Marques, previamente construído no terreno. Em 1547, Diana de Poitiers manda construir uma bela ponte com arcos e em 1559, Catarina de Médices faz duas galerias em cima dessa ponte.
As três fases de construção do castelo foram mantidas mesmo em tempos de guerra e na Revolução Francesa, quando o castelo foi protegido por Madame Dupin. Os visitantes podem ver todas as áreas mencionadas e também seu mobiliário. Até as cozinhas estão abertas ao público, elas têm a fama de serem as mais bonitas da França Renascentista. São decoradas com réplicas de móveis e objetos da época em que funcionavam.
Dentre os coloridos quartos das damas que viveram em Chenonceau ao longo dos séculos, um deles chama a atenção por ser quase todo preto. É o aposento da viúva de Henri III, Louise de Lorraine-Vaudémont. Após o assassinato de seu marido, ela transformou o castelo em um lugar de lamento e preces.
Das janelas de Chenonceau, os visitantes podem apreciar seus belos jardins. Ele acompanhou a revolução dos jardins franceses na metade do século XVI. Todos são geometricamente estruturados e decorados com arabescos. Ainda há diversos tipos de flores do tempo que Catarina de Médicis vivia ali. Durante as noites, os jardins de Diana são iluminados e ganham um novo aspecto. Se visitar o local em um lindo dia de sol, vale a pena passar algumas horas entre as flores e até fazer um piquenique.
Site: chenonceau.com
Onde está: a 214 quilômetros de Paris e a 34 quilômetros de Tour.
Horários: o castelo muda de horário de acordo com os meses do ano e até com feriados. Abre sempre às 09h00, com exceção de 01/01 a 29/03 e 12/11 a 31/12, quando começa as operações às 09h30.
Tempo de visita: pelo menos três horas contando com os jardins.
Preço de ingresso 2014: a partir de 12,50
Castelo de Villandry e seus belos jardins
Ao contrário de outros castelos do Vale do Loire, Villandry não foi construído para ser residência de reis. Jean Le Breton, Ministro das Finanças de Francisco I, chegou em Villandry em 1532 e encontrou estruturas da época medieval. A partir delas, fez seu castelo. Interessado em artes, Breton não ignorou o espaço que tinha para os jardins. Foi o último dos grandes castelos construído no Vale do Loire.
Villandry recebeu influências italianas em sua arquitetura e trocou de donos ao longo dos séculos. Atualmente pertence a mesma família que o adquiriu em 1906, os Carvallo. Joachin Carvallo abandonou sua carreira científica de sucesso e começou a restaurar o castelo. Graças a esse esforço, os visitantes podem ver hoje os belos jardins de Villandry no estilo da Renascença. São seis jardins, incluindo um em formato de labirinto. Para completar, entre o castelo e a aldeia fica a horta renascentista. Em nove quadrados são plantados legumes de cores fortes, que formam a ilusão de um tabuleiro multicolorido.
Dentro do castelo é possível visitar 15 ambientes, como quartos de nobres e até das crianças. Sendo de família espanhola, os Carvallo sempre colecionaram a arte de seu país de origem com obras que remontam o século XVII e elas estão expostas nas paredes de Villandry. O dono atual, Henri Carvallo, tenta recuperar algumas peças que saíram da coleção no decorrer dos anos e adquiri outras.
Para completar a visita, suba nas torres da construção, pare e aprecie os seus jardins e todo o charme do último grande castelo construído no Vale do Loire.
Site: www.chateauvillandry.fr
Onde está: a 09 quilômetros de Tours. Em julho e agosto a empresa www.filbleu.fr faz serviços de shuttle para o local.
Horários: os jardins sempre abrem às 09h00 e fecham com o cair da noite. O castelo fica fechado de 06 de janeiro a 14 de fevereiro e de 17/11 a 20/12. Nos cinco primeiros dias do ano e nos dez últimos abre das 09h30 às 16h30. Nas demais datas abrem sempre às 09h00,
Tempo de visita: duas horas e meia contando com os jardins.
Preço de ingresso 2014: 10 euros
De bicicleta pelo Loire
Há alguns anos a França iniciou o projeto Loire à Vélo. É uma nova forma de conhecer a região sem ser de carro ou trem, mas de bicicleta. Juntando o Vale do Loire e o Pays de la Loire são 800 quilômetros de rotas seguras e sinalizadas. São 280 quilômetros de itinerário dentro do Patrimônio Mundial da UNESCO.
Para a praticidade de fazer as rotas de bike, são 475 estabelecimentos, como hotéis, cadastrados ao longo do Loire que estão preparados para receber os turistas e suas bicicletas, com locais para guardá-las, por exemplo. As programações indicadas do roteiro podem ser feitas até por famílias com crianças, com etapas que não ultrapassam os 40 quilômetros, com no máximo quatro horas de ciclismo por dia, divididos de acordo com os interesses de cada turista.
Quem quiser pode fazer também só um dia de bike, alugar uma e seguir sua rota, conhecendo um ou dois castelos. Ao longo do Vale do Loire diversas empresas podem fornecer os veículos e ainda levam as malas dos ciclistas para o próximo hotel. Uma delas é a Location de Vélos, que tem diferentes tipos de bicicletas adequadas para homens e mulher e faz locação por meio período ou dias inteiros.
*Saiba como é um passeio de bike pelo Vale do Loire em nosso blog
O Loire visto do céu
Se o Vale do Loire já é lindo visto do chão, imagina vê-lo do céu? Isso é possível se o turistas optar por um passeio de balão. Mas, calma, tudo depende do tempo, se ventar muito as excursões são suspensas para evitar acidentes. Em dias de céu limpo e pouco vento, é só se preparar para subir às alturas e ver belos castelos, como o de Chaumont sur Loire do alto.
Em Tour a empresa Art Montgolfières realiza os passeios. O pacote para quatro visitantes sai 180 euros por pessoa. Em Amboise, há a empresa Balloonrevolution com passeios de três horas de duração a partir de 185 euros por pessoa e que podem ser feitos quando o sol nasce ou se põe.
Tours, a pequena Paris
Entre os rios Cher, ao sul, e Loire, ao norte, fica Tours. Com quase 140 mil habitantes, é conhecida como uma “pequena Paris”. Em Tours é possível encontrar grandes lojas de redes, entretenimento noturno, diversos restaurantes e uma grande estação de trem. È a cidade mais movimentada do Vale do Loire.
Tours é uma cidade romana do 1º século de nossa era. Desenvolveu-se através dos séculos e virou uma metrópole. É interessante fazer um tour caminhando pela cidade. Ao lado do atual Museu de Belas Artes nasceu Tours. A algumas quadras do local, fica a Catedral de Saint Gatien, uma mistura de estilos góticos e uma das mais importantes da França. Nela estão enterrados os filhos de Carlos VIII e Ana de Bretanha que morreram ainda crianças.
Voltando mais ainda ao passado, encontramos a Catedral de Saint Martin, bispo de Tours que morreu no século IV e único homem considerado santo ainda vivo. A igreja em homenagem a ele foi erguida muitos tempo depois, apenas no século IX. Atualmente, vemos as partes que restaram dela. Um passeio até a Idade Média pode ser feito em uma visita à Praça Plumereau, com casas, bares e restaurantes em construções da época.
A Rua Nationale é o local certo para quem quer fazer compras, bem como seus arredores. Ela é cortada pela rede de ônibus elétricos que atende a cidade desde setembro do ano passado e é o local mais moderno para encerrar o passeio, mesmo sendo uma rua com séculos de idade.
Serviço
Região do Vale do Loire
www.visaloire.com
Onde ficar
Manoir de Contres
Em Contres, uma pequena região a cerca de 30 quilômetros de Chambord ou Blois, fica o Manoir de Contres, uma casa de 1818 que pertencia de uma família rica da época. Um casal de hoteleiros, Victor e Maria Orsenne, adquiriu a propriedade, a restaurou e em 2011 abriu o Manoir de Contres com oito quartos dentro da casa, um adaptado para deficientes em um anexo e um belo terraço para lazer nos dias de verão. O dono do hotel Victor, é também responsável pelo restaurante que funciona ali. Para café da manhã e jantares está sempre aberto, para almoço com reservas antecipadas para, no mínimo, seis pessoas. Na primeira refeição do dia, inclusa na diária, tem croissants quentinhos, torradas e deliciosas geleias. O cardápio é diferente conforme a época do ano. Com três pratos sai por 30 euros por pessoa e com quatro fica 33 euros. O hotel tem diárias para casal a partir de 165 euros.
Informações: www.manoirdecontres.com
Le Manoir Les Minimes – Amboise
Outra propriedade histórica, mas em Amboise, deu origem ao Le Manoir Les Minimes. Ao lado do Rio Loire, com vista para o Castelo de Amboise, a propriedade do século XVIII tem 13 quartos e duas suítes. Cada quarto é decorado de maneira diferente e o atendimento é personalizado. O hotel também conta com biblioteca e sala de convivência. O café da manhã, com pães, bebidas, queijos e outros acompanhamentos não está incluso na diária e custa 16 euros por pessoa. Diárias para casal a partir de 139 euros.
Informações: www.manoirlesminimes.com
Quem leva
Interpoint
A operadora Interpoint oferece pacote terrestre de seis dias passando por Paris, Chartres, Noizay, Tours, Villandry e Amboise. São três dias livres para conhecer a capital francesa, e mais três dias com hospedagem e locação de carro para percorrer o Vale do Loire. São três noites de hospedagem em Paris e duas em Noizay com café da manhã incluso. A partir de 1.910 por pessoa com estadia em hotéis de luxo com Plaza Athénée ou Château de Noizay, que faz parte da Relais & Châteaux.
Informações: www.interpoint.com.br e (11) 3087 9400 ou 2626 9400
Biarritz Turismo
No roteiro Vale do Loire Essencial são quatro dias percorrendo os castelos da região. Saídas de Paris todas as segundas e quintas a partir de duas pessoas. Inclui três noites no hotel Univers Oceania (quatro estrelas) ou similar de categoria em Tours café da manhã buffet e taxas incluídas; passagem de trem TGV Paris/Tours/Paris em 1ª classe, dois dias de excursões semi-privativa em van conforme roteiro detalhado, com ingressos incluídos para os castelos de Beauregard, Chambord, Cheverny, Chenonceau, Amboise e Clos Lucé com guia falando espanhol; almoço e degustação de vinho nos dois dias. Saída e retorno das excursões no escritório de turismo de Tours, ao lado do hotel. A partir de 765 euros por pessoa.
Informações: http://biarritz.net.br/ e (51) 3026 2233
* A jornalista viajou a convite da Atout France