O MSC Virtuosa tem roteiros pelo Caribe com embarque e desembarque na Martinica com pacote incluindo voo fretado - Crédito: Sylvia Barreto
A cada dia a paisagem muda para melhor, algumas montanhas, água cristalina e construções pitorescas vão sendo desenhadas no horizonte. É possível ter essa experiência fazendo um cruzeiro pelo Caribe sem visto.
A MSC Cruzeiros há anos oferece roteiros com o seguinte propósito: que o brasileiro conheça destinos memoráveis sem precisa de visto, apenas com o passaporte e o certificado internacional da vacina de febre amarela. Oficialmente, o pacote é chamado de Caribe Sul e Antilhas, para os mais íntimos: Caribe sem visto.
A maioria dos navios que faz roteiros pelo Caribe tem embarque e desembarque nos Estados Unidos. Sendo assim, apesar dos brasileiros não precisarem de visto nos destinos visitados, há a necessidade do documento para a entrada nos Estados Unidos.
Se você não tem esse documento ainda e não quer tirar, essa é uma ótima saída. Mesmo que tenha, o pacote da MSC Cruzeiros é muito atrativo pois em todas as temporadas oferece voo fretado saindo do Brasil para o país de embarque e desembarque, que tem sido a Martinica há alguns anos. Além disso, os roteiros costumam ser ótimos.
Há roteiro com parada nas Ilhas Virgens Britânicas – Crédito: Sylvia Barreto
Em janeiro de 2025 embarquei pela terceira vez em um cruzeiro pelo Caribe sem a necessidade de visto. Foi o segundo com a MSC Cruzeiros. Fiz um com uma companhia que não existe mais, a Pullmantur, que tinha embarcações muito simples, mas roteiro incrível. A MSC Cruzeiros, além de preparar bons itinerários, coloca sempre alguns dos navios mais modernos da frota para atender essa demanda.
Para ter ideia, no meu último roteiro havia paradas como as Ilhas Virgens Britânicas e Antigua e Barbuda, que são destinos que têm algumas das praias mais bonitas do Caribe, e olha que eu conheço a maior parte dos países da região. Ao longo do texto, vou contar mais detalhes.
Fiz meu cruzeiro com o navio MSC Virtuosa na temporada 2024/2025, porém, ele continua na temporada Caribe Sul e Antilhas 2025/2026. Inaugurado em novembro de 2021, o transatlântico é um gigante de 18 andares e irmão do MSC Grandiosa, que costuma visitar o Brasil.
O MSC Virtuosa é um gigante de 18 andares inaugurado em 2021 – Crédito: Sylvia Barreto
Para que você saiba tudo desse cruzeiro pelo Caribe sem visto, vou contar como foi minha viagem desde o início e dar os detalhes da temporada 2025/2026. Aproveito para avisar que se estiver pensando em fazer um reserva, basta preencher esse formulário que um agente de viagem parceiro do Viajar é Simples vai entrar em contato. Os preços são os mesmos do site da MSC Cruzeiros.
Voo fretado para o cruzeiro pelo Caribe sem visto
Essa é uma das vantagens do roteiro pelo Caribe sem a necessidade do visto: tem a opção de voo fretado incluído. Tanto na temporada 24/25 como na 25/26 os voos são operados pela Gol e as saídas são semanais, que é o tempo que dura o cruzeiro: sete noites.
Como é o voo fretado da Gol? Na ida, é direto entre São Paulo e Martinica. Ele dura pouco menos de seis horas e os clientes MSC Cruzeiros têm atendimento exclusivo no Aeroporto de Guarulhos.
Na volta, ele é dividido em duas etapas. A primeira é de Martinica até Manaus. Descendo em Manaus, a imigração no Brasil é feita por lá e é preciso retirar as malas e despachar novamente. Depois, voo de Manaus para São Paulo.
Para os roteiros do Caribe Sul e Antilhas, a MSC Cruzeiros oferece pacote fretado com voo Gol entre SP e Martinica – Crédito: Divulgação
Por que o voo da volta não é direto? Questões técnicas. Como os voos são semanais, vai um voo de São Paulo com passageiros que irão embarcar no navio e a tripulação. Ao chegar na Martinica, os turistas saem do avião e um novo grupo de passageiros embarca, aqueles que estão voltando do cruzeiro. A tripulação continua a mesma na primeira. Porém, pela legislação brasileiro pilotos e comissários têm um limite de horas que podem trabalhar sem descanso e a operação de São Paulo até Martinica e de Martinica até São Paulo o ultrapassaria. Por isso, a parada em Manaus: troca de tripulação.
Como o avião para em Manaus, todos os passageiros precisam descer e fazer a imigração na primeira entrada no Brasil. Além disso, é regra que a mala precisa ser retirada, então, depois da imigração, é hora de pegar sua mala e fazer check-in novamente para seguir até São Paulo.
Refeição completa no voo – Crédito: Sylvia Barreto
No voo de ida, ao chegar na Martinica, as malas despachadas vão direto para o navio. Quem coloca a etiqueta da cabine, enviada pela MSC Cruzeiros antes da viagem, recebe sua bagagem na cabine. Quem não coloca precisa buscar a mala em uma área determinada do barco após o embarque.
Na ida para Martinica foi oferecido jantar no começo do voo e um lanche frio antes do pouso. Havia água, suco, refrigerantes e cerveja. Na volta, de Martinica até Manaus é oferecido um lanche quente e de Manaus até São Paulo jantar.
O desembarque do navio é como nos outros: deixamos as malas maiores na porta da cabine na noite anterior e levam para o porto. Depois, só buscamos as malas pelo número da etiqueta e embarcamos com ela no ônibus que vai para o aeroporto e são despachadas no check-in.
Interior da aeronave – Crédito: Sylvia Barreto
Por falar em ônibus, o pacote com voo inclui transporte de ida e volta para o aeroporto na Martinica. Assim que saímos da área de desembarque vemos pessoas com uniforme da MSC Cruzeiros indicando onde estão os ônibus. Só entrar na fila e embarcar, são vários que vão saindo ao encher. No desembarque do navio, a mesma coisa.
Importante dizer aqui que a franquia de bagagem é diferente dos voos convencionas: bagagem despachada de 20 quilos e mala de mão de 10 quilos. Lembrando que benefícios do programa de fidelidade da Gol, o Smiles, na teoria, não são aceitos em voos fretados, como bagagens adicionais a depender da categoria. Porém, no embarque em São Paulo eu tive todos os benefícios da minha categoria respeitados, no retorno pela Martinica, não.
Sala de embarque do Aeroporto da Martinica – Crédito: Sylvia Barreto
Itinerários incríveis no Caribe sem visto
O MSC Virtuosa terá dois roteiros diferentes do Caribe sem visto na temporada 2025/2026, de dezembro de 2025 a março de 2026. Eles serão alternados a cada semana.
Sempre com embarques em Fort-de-France,na Martinica, o navio visitará alternadamente Pointe-a-Pitre, em Guadalupe; Kingstown, em São Vicente e Granadinas; Bridgetown, em Barbados; Castries, em Santa Lúcia; Saint George, em Granada; Road Town, Tortola, nas Ilhas Virgens Britânicas; Philipsburg, em St Maarten; Basseterre, em St. Kitts & Nevis; St John’s, em Antigua e Barbuda; e Roseau, na Dominica.
O meu roteiro da temporada 2024/2025 também teve embarque na Martinica e as paradas foram: Pointe-a-Pitre, em Guadalupe; Philipsburg, em St Maarten; St John’s, em Antigua e Barbuda; Basseterre, em St Kitts & Nevis e Road Town, Tortola, nas Ilhas Virgens Britânicas.
Um dos roteiros inclui paradas em Antigua e Barbuda
Pointe-a-Pitre, em Guadalupe: formado por várias ilhas, sendo as maiores Basse-Terre e Grande-Terre, esse arquipélago visto no mapa parece uma borboleta. Como é um território ultramarino da França, a moeda é o euro e a língua falada é o francês.
O porto é bem estruturado e com uma área externa cheia de lojinhas de souvenir. Além das belas praias e muita vegetação, Guadalupe abriga o vulcão ativo Soufrière, com 1467 metros de altura. Sua última erupção foi em 1976 e foi preciso evacuar a ilha de Basse-Terre, porém, não houve vítimas fatais.
Chegada à Guadalupe – Crédito: Sylvia Barreto
Já estive duas vezes de navio em Guadalupe. Da primeira, fiz um passeio que combinava o Jardim Botânico local e uma praia. O passeio é bem interessante porque podemos ver plantas nativas. Porém, quando penso em Caribe, prefiro atividades que envolvam praia.
Na temporada 2024/2025 minha excursão da MSC foi para a praia de Grand Anse. Com cerca de 1km de extensão, ela tem uma das pontas bem arborizadas e fica a cerca de 40km do terminal de cruzeiros marítimos. Tem opções de restaurantes e clubes de praia. Meu grupo ficou no Karacoli Beach & Spa. A estrutura é muito boa, com bangalôs, espreguiçadeiras, banheiros, chuveiros e, realmente, um pequeno spa com massagens. Oferece bebidas, como refrigerantes e drinques, além de cardápio com petiscos e pratos.
Grand Anse em Guadalupe
Philipsburg, em St Maarten: A ilha de São Martinho é dividida em duas partes, a holandesa, St Maarten, onde para o navio, e a francesa, St. Martin. As praias são incríveis em qualquer lugar.
Essa foi minha terceira vez no destino. Passei uma semana lá em 2022, voltei com a MSC Cruzeiros em 2023 e, agora, em 2025. Desse roteiro, é a ilha que melhor conheço.
Pessoalmente, prefiro o lado francês. As praias são mais tranquilas, os hotéis são pequenos e charmosos, a comida francesa é achada com facilidade e tudo é mais autêntico. O lado holandês é mais turístico, com hotéis maiores e resorts, de qualquer maneira, tem lugares imperdíveis.
Orient Bay em St Martin – Crédito: Sylvia Barreto
Algo bom do porto de Philipsburg, lado holandês, é que desembarcando já existem uns quiosques de barco-táxi que levam o cliente até a praia em frente ao porto, economiza um bom tempo de caminhada no sol. Nessa praia há opções de passeios locais. Quem preferir, é fácil fazer, mas, lembre-se, fazer as excursões das companhias de cruzeiros é muito mais seguro porque são fornecedores credenciados e em caso de atrasos, o navio pode esperar. Eu não fiz nenhum desses passeios independentes oferecidos em St. Maarten, apenas usei uma vez o barco-táxi e deu tudo certo. Só que para ficar na praia em frente ao porto costumam cobrar caro para alugar espreguiçadeiras.
Anse Marcel, um dos lugares mais bonitos de St. Martin – Crédito: Sylvia Barreto
Se eu não conhecesse a ilha, escolheria um passeio que me levasse a uma ou duas praias. Na temporada 2024/2025, fiz uma excursão chamada Orient Bay Beach Day with lunch, ou seja, um dia na praia com almoço. Por coincidência, o clube de praia incluído no pacote era o Kkô Beach Bar, que pertence a um dos hotéis que fiquei hospedada em 2022, o Orient Beach Hotel e recomendo.
A Orient Beach é uma grande praia do lado francês, St. Martin. É comum ver nela mulheres de topless. Para completar, em uma de suas pontas é a área de nudismo. Do Kkô Beach Bar até essa parte são uns 10 minutos de caminhada.
Vou deixar aqui algumas sugestões de lugares para visitar na ilha, assim, você pode procurar por passeios da MSC que incluam alguns deles:
– Maho Beach – essa praia é emblemática porque além de linda está ao lado do aeroporto e podemos ver os aviões bem de perto quando estão pousando. A única desvantagem dessa praia para mim é que não tem uma faixa de areia muito extensa, então, para passar o dia é meio ruim. Minha sugestão é ficar um pouco, curtir o mar, os aviões e ir embora;
Beach Club em Grand-Case, St. Martin – Crédito: Sylvia Barreto
– Marigot – a capital de St. Martin é bem charmosa e dá para comprar produtos franceses pelos mesmos preços da França, portanto, se você gosta de cosméticos, não deixe de passar em uma farmácia. Na cidade, aproveite para comer um “lolo”, que são restaurantes típicos de St Martin, pequenos e simples, com o churrasco como estrela, incluindo os frutos do mar.
– Fort Louis – se ainda tiver tempo em Marigot, vale subir no Fort Louis. Vale subir os 91 degraus do forte do século 18 para ter uma vista 360° de St. Martin.
– Anse Marcel – é uma linda enseada em St. Martin. De lá, saem passeios de barco, um deles é para a pequena e linda Pinel Island.
– Grand Case – o vilarejo de Grand Case fica a 20 minutos de Marigot. Reúne belas praias com variedade de restaurantes e beach clubs, além de oferecer opções de esportes aquáticos. Sabe os lolos? Também irá encontrar por lá.
Os aviões passam perto do mar na praia de Maho Beach – Crédito: Sylvia Barreto
St John’s, em Antigua e Barbuda – O país de colonização inglesa é formado por duas ilhas principais, Antigua e Barbuda, e várias ilhotas menores. O idioma oficial é o inglês, e a moeda local é o dólar do Caribe Oriental (XCD), embora o dólar americano seja amplamente aceito.
Uma curiosidade é que o arquipélago tem 365 praias. Porém, nas duas vezes que estive por lá só conheci uma mesmo, Valley Church Beach, que é preciosa. Ela conta com estrutura como clubes de praia e banheiros. No meio passeio estava incluído almoço buffet no The Nest Beachbar.
Valley Church Beach em Antigua e Barbuda – Crédito: Sylvia Barreto
Viajo bastante pelo Caribe e posso dizer que Valley Church é uma das praias mais bonitas e agradáveis que estive. Ela parece uma piscina pois quase não tem ondas, a água é cristalina e com ótima temperatura, a faixa de areia é larga e o ambiente é bem tranquilo. Vale muito a pena conhecer.
Basseterre, em St Kitts & Nevis – esse pequeno país do Caribe é formado por duas ilhas vulcânicas, sendo Basseterre, em St. Kitts, o principal porto de cruzeiros. Aliás, os arredores do Port Zante são bem estruturados, cheio de lojinhas e com lembrancinhas com preços bons. O idioma oficial é o inglês, a moeda local é o dólar do Caribe Oriental (XCD), mas o dólar americano é amplamente aceito.
Entre os principais pontos turísticos estão a Fortaleza de Brimstone Hill (Patrimônio da Humanidade pela UNESCO), as praias de areia vulcânica e a Scenic Railway, única e antiga ferrovia do Caribe Oriental, era usada para transporte de açúcar.
Os arredores do porto em St Kitts tem boa infraestrutura – Crédito: Sylvia Barreto
A ilha de São Cristóvão, ou St. Kitts, é maior e mais movimentada do que Nevis. A menor ilha, além de abrigar várias belas praias, tem a paisagem dominada pelo vulcão adormecido conhecido como Monte Liamuiga.
Fiz um passeio de barco com paradas em duas praias, uma delas era Pinney’s Beach, em Nevis. Nela há um clube de praia bem completo e dá para ver o vulcão. Em St.Kitts a parada foi em Cockleshell Beach, com águas bem clarinhas e com possibilidade de avistar vários peixes de snorkel, ela também tem boa estrutura de bares e restaurantes.
Um dos passeios com a MSC Cruzeiros é o de barco para praias de St Kitts e de Névis – Crédito: Sylvia Barreto
Road Town, Tortola, nas Ilhas Virgens Britânicas – esse território ultramarino britânico é formado por 36 ilhas, sendo que as maiores são: Tortola – onde fica a capital, Road Town – Anegada, Virgem Gorda e Jost Van Dyke.
O MSC Virtuosa atraca em Tortola. De lá, meu grupo partiu para o lugar mais lindo que vi nessa viagem: The Baths, na ilha de Virgin Gorda. Seguimos até lá de barco e, ao atracar, fomos até o nosso destino com um caminhão adaptado para levar passageiros em sua carroceria.
Chegada à ilha de Tortola – Crédito: Sylvia Barreto
O parque nacional The Baths é sensacional, as paisagens únicas são formadas por enormes rochas de granito que chegam aos 12 metros de altura e criam piscinas naturais, cavernas e túneis à beira-mar. As formações foram originadas por atividade vulcânica e erosão ao longo de milhões de anos.
Existe um ingresso para conhecer o parque, mas estava incluído no passeio da MSC Cruzeiros. Para chegar até a primeira praia com formações rochosas em Devil’s Bay é preciso fazer uma trilha bem simples. Ao alcançá-la, vemos as primeiras rochas e a água com vários tons de azul.
Devil’s Bay em Virgin Gorda – Crédito: Sylvia Barreto
Depois, é hora de caminhar para a próxima praia. O trajeto em si é incrível porque há mais rochas e partes que são invadidas pela água do mar. Não é difícil, porém, há trechos complicados, com escadas e passagens entre rochas, não indico para pessoas com dificuldade de locomoção. Depois dessa trilha, mais uma praia incrível, dessa vez, The Baths, que leva o nome do parque.
Se possível, vá com aqueles calçados de praia que são presos aos pés. Leve apenas o essencial, como água, protetor solar e celular porque fica mais fácil percorrer o trajeto caminhando.
Formações rochosas em The Baths – Crédito: Sylvia Barreto
O navio parou pouco tempo nas Ilhas Virgens Britânicas. Saiu por volta das 15h00. Por isso, o passeio, infelizmente, não durou muito. Gostaria de ter tido mais tempo em The Baths porque é sensacional.
O porto de Tortola é bem animado, com muitas lojas, bares e restaurantes. Só achei souvernir por lá bem caro, mas, como não tinha outro lugar, acabei comprando meu ímã de geladeira por lá mesmo.
A trilha em The Baths oferece paisagens lindas – Crédito: Sylvia Barreto
Com vocês, o MSC Virtuosa
Outra vantagem de fazer um cruzeiro pelo Caribe sem visto é o navio que a MSC Cruzeiros disponibiliza para esse roteiro para a atual e para a próxima temporada (25/26): o MSC Virtuosa. Pertence à classe Meraviglia, com transatlânticos que têm como marca principal a promenade fechada e com teto de LED, um charme.
Quando embarcamos no MSC Virtuosa podemos olhar para cima nos decks seis e sete e encontrar uma baleia gigante nadando no mar seguida por golfinhos, com inúmeros vitrais ou, quem sabe, com personagens infantis. Tudo vai depender do que está sendo projetado na promenade de 112 metros de comprimento. É uma das coisas que eu mais gosto dessa classe de navio: a cada vez que passamos por lá tem uma novidade.
Promenade do MSC Virtuosa com teto de LED
Na teoria, são 19 decks no MSC Virtuosa, na prática temos 18. Isso porque os navios da MSC Cruzeiros nunca têm o deck 17. Segundo uma superstição italiana o número dá azar. Melhor não arriscar, não é mesmo.
Nos elevadores, você verá que pula do deck 16 para o 18. Aliás, cada deck tem o nome de um compositor/músico, como Beethoven, Vivaldi ou Mozart. Eles utilizam também um sistema inteligente que consiste em colocar o deck que irá antes de entrar e ele indica qual elevador usar. Ou seja, você não pode escolher o andar depois que entrar.
Com capacidade para 6.334 hóspedes e cerca de 1.700 tripulantes, não é exagero usar o clichê e dizer que o MSC Virtuosa é uma cidade em alto-mar. Em um roteiro de sete noites fica difícil conhecer tudo e ainda aproveitar as paradas incríveis.
Vou destacar aqui alguns tópicos e novidades desse navio. Apesar de ser irmão do MSC Grandiosa, o Virtuosa tem alguns detalhes únicos que o diferencia de toda frota da MSC Cruzeiros até o momento.
Cassino do MSC Virtuosa: aberto sempre que o navio está em navegação – Crédito: Sylvia Barreto
Bares, incluindo robô bartender – São 21 bares e lounges no MSC Virtuosa. O mais icônico deles é o MSC Starship Club. É o único da companhia neste estilo e o primeiro em um navio a ter um robô que faz drinques, o Rob.
Infelizmente, durante meu roteiro, Rob estava de férias. Robôs também têm direitos trabalhistas, sabia? Brincadeiras à parte, Rob teve um problema e parou de funcionar, mas ele fica exposto e o bar funcionando.
Rob, o robô bartender do MSC Starship Club – Crédito: Sylvia Barreto
De qualquer maneira, achei o bar Staship Club bem interessante. Tem drinques a partir de US$ 10 e são inspirados no espaço sideral. Não deixe de dar uma paradinha nesse ambiente futurista que fica do deck 6.
Tem outros dois bares no MSC Virtuosa que gosto muito. Um deles é o Sky Lounge no deck 18, perto da área kids e com vista para piscina. É um local apenas para adultos e o que eu acho legal é que dá tanto para tomar um drinque como para comer um snack tomando um cappuccino. Aliás, as bebidas com café desse bar são deliciosas e ele tem sofás bem confortáveis.
MSC Starship Club – Crédito: Sylvia Barreto
No deck 7 outro bar que para mim está no ranking de melhores da MSC Cruzeiros: O Champagne Bar. Tem uma variedade enorme da bebida, sendo champanhes franceses e espumantes de outros países. Dá para comprar garrafas ou pegar em taças alguns rótulos. Dependendo do seu pacote de bebidas, existem algumas opções incluídas.
Para completar a lista de bares imperdíveis, o pub Masters of the Seas. O encanto dele começa na decoração náutica e continua porque além de bons drinques ele oferece chopes de diferentes rótulos e cervejas de vários lugares do mundo. Lembro que, há alguns anos – talvez na inauguração do MSC Grandiosa na Alemanha – conheci a Blue Moon neste pub e, uns meses depois, ela começou a ser vendida no Pão de Açúcar. Para completar, o Masters of The Seas tem música ao vivo.
O pub Masters of the Seas tem várias cervejas diferentes – Crédito: Sylvia Barreto
Gastronomia no MSC Virtuosa – Se você for um cliente frequente da MSC Cruzeiros deve saber que os navios sempre tem pelo menos um buffet que fica aberto quase 24 horas e está disponível para todos. Além de pelo menos um restaurante à la carte para café da manhã, almoço e jantar que todos têm acesso. Dito isso, o MSC Virtuosa tem 12 restaurantes.
Algo importante de saber é que o MSC Virtuosa tem quatro restaurante à la carte para os hóspedes em geral no qual será o jantar. Todos têm o mesmo menu no jantar e qual deles é o seu, bem como seu turno e sua mesa estão indicados no cartão do cruzeiro, o cruise card, que você usa para tudo, inclusive para abrir a porta da cabine.
Opções de sobremesas do buffet do MSC Virtuosa – Crédito: Sylvia Barreto
Sempre um desses restaurantes pelo menos abre para café da manhã e almoço. Portanto, não importa qual seu restaurante indicado para o jantar, essas outras refeições você pode fazer sem custo adicional em um desses que estiver aberto, são eles: Minuetto, The Opera/The Simphony e Blue Danube. O Minuetto, como fica na popa do navio, tem uma vista linda do mar quando a embarcação está navegando.
Existe, ainda, o Il Campo. Ele é o restaurante à la carte dos hóspedes que optam pela experiência Aurea e tem cardápio um pouco mais sofisticado. Além disso, fica no deck 7, com vista para Promenade, um charme.
Os hóspedes do Yacht Club têm, ainda, restaurante à la carte, bar da piscina e lounge com snacks disponíveis e incluídos. Essa é a experiência mais luxuosa da MSC Cruzeiros disponível em alguns navios, como o MSC Virtuosa.
Além desses restaurantes incluídos, o MSC Virtuosa tem mais cinco de especialidades, que têm custo adicional. A grande novidade do navio e na frota da MSC Cruzeiros é o Indochine, de culinária vietnamita moderna.
O Indochine fica na promenade, mas um pouco escondido. Isso porque está dentro do L’Atelier Bar & Art. No cardápio, alguns clássicos da cozinha vietnamita, como o Pho Bo (16 euros), um tipo de sopa que é também bem popular como comida de rua no Vietnã. O Pro é o tipo de macarrão, que é o vermicelli de arroz, o Bo refere-se à carne. O caldo leva horas para ser preparada e até ossos de boi são usados. A carne, que no Indochine pode ser frango ou boi é colocada crua em fatias finas no caldo pronto e sua temperatura acaba cozinhando os pedaços. Pode ser servida picante ou não no restaurante do MSC Virtuosa.
Em todas as refeições tem, pelo menos, um restaurante à la carte aberto incluído para todos os hóspedes – Crédito: Sylvia Barreto
Outro clássico que está presente no Indochine é o Goi Cuon, um rolinho feito com folhas amolecidas de papel de arroz que são transparentes e dá para ver o recheio, que conta com lombo suíno, camarão tigre, macarrão vietnamita e ervas (6 euros, seis peças).
É uma entrada autêntica e bem servida, porém, como eu imaginava, não gostei por conta da textura da folha de arroz. Mas, isso é questão de gosto pois várias pessoas do meu grupo adoraram.
O MSC Virtuosa é o único da frota até o momento com um restaurante vietnamita, o Indochine – Crédito: Sylvia Barreto
Rolinhos primavera e rolinhos com folha de arroz, Goi Cuon – Crédito: Sylvia Barreto
Os hóspedes podem escolher entre consumir os pratos à vontade pagando pelo consumo de cada um ou a experiência culinária. É um pacote fechado que no Indochine custa 49 euros. Lembrando que os preços são da temporada 2024/2025.
Na experiência culinária do Indochine são servidos rolinho primavera e o Goi Cuon em porções para dividir. São acompanhados por molhos. O cliente escolhe também uma dentre quatro opções de entradas: salada de papaia verde, carpaccio de peixe, lula crocante ou sopa indochinesa Tom Yam, que é picante. A sopa foi a minha escolha, é gostosa e grande, nem consegui tomar tudo. É que eu não gosto muito de peixes e frutos do mar, mas acho melhores opções no calor do Caribe para quem aprecia.
O delicioso Bo Bun – Crédito: Sylvia Barreto
Depois, o cliente escolhe os pratos principais desse menu fechado. São quatro opções, uma vegetariana, uma com carne de boi, uma de porco e outra de peixe. Optei por algo bem típico, o Bo Bun.
Trata-se de um prato vietnamita, sendo o Bo (carne) e Bun (macarrão talharim de arroz). Leva, ainda, legumes frescos, ervas aromáticas e molho agridoce. Ele é servido em uma grande tigela com o macarrão de arroz na base coberto pelos demais ingredientes e com o molho Nuoc Cham derramado por cima. Lembrou um pouco o lámen japonês, só que achei o Bo Bun muito mais saboroso. É bem grande e, sinceramente, nem precisaria de entrada.
Para finalizar a experiência culinária no Indochine, há duas opções de sobremesa, um manjar vietnamita ou a Che Bao Mau, servida em camadas de diferentes cores e que leva dois tipos de feijão em sua composição. Realmente, muito ousada para meu paladar. Preferi o manjar.
Lula crocante, uma das opções de entrada da experiência culinária do Indochine – Crédito: Sylvia Barreto
O MSC Virtuosa tem mais quatro restaurantes de especialidades. O meu preferido é a steakhouse The Butcher’s Cut. Ela oferece cortes clássicos dos Estados Unidos, como o NY Sirloin, o T-Bone e o Tomahawk. Oferece a opção de experiência culinária com preço fixo ou pratos conforme o consumo.
O Hola! Tacos & Cantina é o restaurante de comida latina da MSC Cruzeiros e está presente no MSC Virtuosa. Seu menu é repleto de tacos, enchiladas, tamales, nachos e burritos. Tem uma opção muito legal que é o preço fixo – 22,99 euros por pessoa na temporada 24/25 – para comer à vontade. Dá para pedir alguns pratos sem pimenta.
NY Sirloin do The Butcher’s Cut – Crédito: Sylvia Barreto
Para os amantes da culinária japonesa, o ideal é o Kaito, com opções como sushis e sashimis. A qualidade dos peixes é excelente. Os pedidos podem ser por combos, pratos ou a experiência culinária com uma sequência de pratos a preço fico – 28 euros por pessoa na temporada 24/25.
No Kaito Teppanyaki os chefs cozinham em frente aos clientes – Crédito: Sylvia Barreto
Para um jantar animado, a aposta é o Kaito Teppanyaki, cozinha show asiática com influências japonesa e chinesa. O chef prepara os pratos quentes em frente aos clientes. Em todas as unidades desse restaurate que fui, havia algumas ilhas separadas. O MSC Virtuosa foi o primeiro que vi com apenas uma grande ilha para 16 pessoas.
O Kaito Teppanyaki trabalha com menu fechado, são cinco opções diferentes, incluindo vegetariano e infantil. Tem pratos como sushi, sashimi, tempura, salmão grelhado, arroz frito e contrafilé.
Entradas do Teppanyaki – Crédito: Sylvia Barreto
Alguns dos pratos principais do Kaito Teppanyaki sendo feitos – Crédito: Sylvia Barreto
Prato de salmão com camarão pronto – Crédito: Sylvia Barreto
Diversão molhada
Nada melhor do que piscina para combinar com um cruzeiro pelo Caribe. O MSC Virtuosa tem quatro delas. Uma das piscinas tem teto retrátil, ou seja, ótima para dias de chuva ou frio porque é só fechar. Outra é exclusiva dos hóspedes Yacht Club.
A maior e mais animada piscina é a Atmosphere, no deck 15. Com espreguiçadeiras na área molhada e telão em volta, ela está sempre vibrante. Para quem quer ver o rastro do navio no mar em dias de sol, a dica é ficar na Horizon Pool, na popa do deck 16.
O MSC Virtuosa tem três toboáguas – Crédito: Sylvia Barreto
Para completar, são nove hidromassagens espalhadas pelo navio. Na piscina de teto retrátil ficam duas em volta em um ambiente cercado por uma estrutura envidraçada que oferece vista panorâmica. Essas duas são aquecidas. Tem outras espalhadas pelo navio, incluindo ao redor da Atmosphere Pool.
São nove banheiras de hidromassagem espalhadas pelo navio – Crédito: Sylvia Barreto
No deck 19, mais diversão molhada. Nele fica o Savannah Aquapark. Com foco no público infantil, tem vários brinquedos que soltam água nos pequenos. Por lá também ficam os três toboáguas do navio, que precisam de boia. Antes de ir, é preciso passar em uma mesinha, assinar um termo e colocar uma pulseirinha. Importante checar limites de peso e altura para cada um. Peso quase 130 quilos e tenho 1,70m de altura e não tive problemas nos toboáguas.
No mesmo deck tem algo bem interessante, a Himalayan Bridge. É uma ponte suspensa na qual o hóspede percorre um caminho cheio de desafios e, claro, preso por uma corda.
Himalayan Bridge – Crédito: Sylvia Barreto
Hidromassagem com estrutura de vidro ao redor – Crédito: Sylvia Barreto
Atmosphere Pool – Crédito: Sylvia Barreto
Entretenimento para todos os ritmos
Relaxar e se divertir não é possível só nas áreas ao ar livre, mas nas internas também. São opções para quem quer praticar esportes, brincar com os amigos ou aliviar as tensões. Tudo isso é possível faça chuva ou faça sol.
Para bater uma bolinha, por exemplo, tem a Sportplex Arena no deck 16. Uma quadra poliesportiva na qual dá para jogar vôlei, tênis, futebol e basquete. Completamente coberta e fechada, as paredes são envidraçadas e, dependendo do horário e de onde o navio estiver, você vai praticar seus esportes olhando o mar.
Se praticar esportes é a sua praia, o MSC Virtuosa também conta com uma academia bem equipada também no deck 16. Ela tem vista para Atmosphere Pool. Além dos equipamentos, oferece aulas variadas.
Parte da academia do MSC Virtuosa – Crédito: Sylvia Barreto
O deck 16 não é só para quem gosta de esportes, ele abriga também o Virtual Games, Arcade e Bowling. É um verdadeiro paraíso para os amantes de tecnologia e diversão. Os hóspedes encontram uma variedade de jogos eletrônicos, desde clássicos de fliperama até simuladores modernos e experiências em realidade virtual.
É possível reunir os amigos para uma partida de boliche ou para ter uma experiência imersiva no cinema XD. São vários filmes e, em todos eles, há um inimigo – como zumbis e lobisomens – que deve ser caçado e eliminado pelos participantes, tudo isso em assentos que se movimentam e vibram.
Uma tradição dos navios da MSC Cruzeiros: pista de boliche – Crédito: Divulgação
Se o seu sonho é pilotar um carro de Formula 1 ele pode ser realizado no MSC Virtuosa com o Formula Racer, um simulador extremamente fiel às corridas de verdade. Algo novo, que ainda não tinha visto em nenhum navio da MSC Cruzeiros, é a Hologate Arena, outro simulador, mas nesse os usuários ficam em pé com usando óculos de realidade virtual e uma arma para perseguir inimigos.
Todas as atrações do complexo de boliche, fliperamas e jogos virtuais têm custo adicional. O hóspede pode pagar apenas o que utilizar ou comprar um “fun pass” com créditos bonificados, ou seja, você compra um valor e ganha bônus. O fun pass que custa 25 euros oferece 30 euros para jogos, o que custa 150 euros permite 220 euros em jogos.
Hologate Arena – Crédito: Sylvia Barreto
Compras – Quer fazer umas comprinhas? Os decks 6 e 7 são os lugares perfeitos para atender os seus desejos consumistas. As opções de lojas são várias: souvenirs da MSC, joias, relógios, óculos, cosméticos, bolsas, alimentos, bebidas alcóolicas, roupas e perfumes.
É preciso pesquisar bastante porque nem sempre os valores compensam em relação ao valor que pagamos no Brasil nos roteiros do Caribe sem visto. A dica é que todos os dias tem uma promoção e na última noite existe uma grande liquidação. Clientes com status mais elevados no programa de fidelidade, o Voyagers Club, ganham desconto.
Esqueceu algum item de higiene pessoal ou remédios simples? Vai encontrar também, porém, como é uma questão de necessidade e às vezes não podemos ficar sem, esses produtos costumam custar caro dentro do navio.
Baby Club em parceiria com a marca Chicco – Crédito: Sylvia Barreto
Viagem com crianças – Se você viaja com crianças, o MSC Virtuosa oferece muitas opções específica para os pequenos. O navio conta com Kids Club no deck 18 e ele é dividido por faixa etária.
O Baby Club Chicco é específico para bebês menores de três anos. A maior parte do tempo eles precisam ficar acompanhados de um adulto responsável, porém, a MSC tem oferecido horários especiais para que essas crianças fiquem com monitores.
Os pequenos de três a seis anos podem usufruir do Mini Club Lego. Os de sete a 11 anos brincam no Junior Club Lego. Os adolescentes de 12 a 14 anos ficam no Young Club e os de 15 a 17 no Teens Club. Todos esses ambientes têm monitores o tempo todo e as crianças não precisam estar acompanhadas de um adulto responsável.
Crianças e adolescentes até 17 anos têm atividades especiais – Crédito: Sylvia Barreto
Crianças podem brincar em salas Lego – Crédito: Sylvia Barreto
Apresentações – Além dos bares e lounges nos quais os hóspedes podem aproveitar as noites, existem duas opções de teatro no MSC Virtuosa. Uma delas é o Le Grand Théâtre com três horários por dia e capacidade para cerca de 975 pessoas. As apresentações não têm custo adicional, mas é indicado reserva pelo app MSC For Me para não ficar sem lugar.
O Carousel Lounge, por sua vez, tem 427 lugares com apresentações cheias de luzes mais focadas em performances, como acrobacias, em um palco redondo com poltronas ao redor. Com duas apresentações excluisvas por noite, os hóspedes precisam reservar e pagar. Na temporada 2024/2025 o valor era de 15 euros por pessoa e tem drinque de boas-vindas incluído. A experiência completa dura em torno de 45 minutos e acho válido experimentar, ao menos, uma vez.
O Carousel Lounge tem apresentações exclusivas – Crédito: Sylvia Barreto
Hora de relaxar – Com tanta atividade assim, uma hora precisamos parar e relaxar. O local perfeito para isso é o MSC Aurea Spa. No deck 7, oferece tratamentos para o corpo, incluindo massagens. As cabines são confortáveis e o hóspede tem uma boa variedade para escolher.
O MSC Aurea Spa oferece diferentes tipos de tratamentos, massagens e área termal – Crédito: Sylvia Barreto
Outra opção para aproveitar o spa é adquirir um passe para sua área termal. Nela você encontra saunas, circuito de duchas, duas piscinas aquecidas e com hidromassagem e espreguiçadeiras térmicas. Para completar, tem solarium exclusivo.
Dependendo da experiência escolhida para o cruzeiro, você tem desconto nas massagens e acesso à área termal sem custo adicional. Clientes do MSC Voyagers Club também têm benefícios no spa dependendo da categoria. Eu sou categoria Ouro, por exemplo, e tenho sempre um dia gratuito de acesso à área termal e desconto em massagens.
Escolha sua cabine
Com capacidade para 6.334 pessoas, o MSC Virtuosa tem 2.421 cabines de 17 tipos diferentes, incluindo as do Yacht Club. É possível optar por uma acomodação de 12m² (interna studio) até 89m² (Yacht Club suíte duplex com hidromassagem).
Como de costume, minha cabine foi uma deluxe com varanda de aproximadamente 25m². Os novos navios da MSC Cruzeiros estão com um sistema inteligente de ar-condicionado, e esse é o caso do MSC Virtuosa. Conseguimos ligar e desligar, ao contrário dos antigos que ficam o tempo todo ligado, e quando abrimos a varanda ele desliga automaticamente. Para quem não gosta de ficar com ar-condicionado o tempo todo, como eu, é ótimo.
Cabine com varanda – Crédito: Sylvia Barreto
Algo que nem sempre encontramos nos navios da MSC Cruzeiros são as cabines studio com varanda. Com sofá-cama solteiro, têm 16m² e são ideais para quem viaja sozinho ou quer economizar, mas sem perder a varanda.
Costumam perguntar muito sobre o espaço do box nos banheiros. Para pessoas com corpos maiores, sugiro que na categoria que escolher verifique se há banheira disponível. No caso da deluxe com varanda e na varanda studio existe opção com ou sem. O ideal para ter mais espaço é optar pelo box com banheira.
Banheiro de cabine com varanda – Crédito: Sylvia Barreto
Varanda da cabine – Crédito: Sylvia Barreto
Diferença de cruzeiro pelo Caribe sem visto e com saída dos EUA
Brasileiros precisam de visto para entrar nos Estados Unidos e a maioria dos cruzeiros pelo Caribe sai de portos norte-americanos. Como explicado no texto, uma das vantagens do roteiro Caribe Sul e Antilhas é que o embarque e desembarque são feitos na Martinica, que não exige visto de brasileiros, assim como todos os destinos do itinerário. Ou seja, quem ainda não tem visto dos EUA pode fazer.
Outra vantagem do cruzeiro Caribe Sul e Antilhas em relação àqueles com saída dos EUA é o voo fretado. A MSC Cruzeiros até vende pacotes com cruzeiro e voo para saídas dos EUA, porém, o voo fretado do Caribe Sul tem valor mais competitivo e está menos sujeito às flutuações.
Pôr do sol visto da cabine – Crédito: Sylvia Barreto
Em relação aos navios, tanto os usados para o Caribe como para cruzeiros com saídas dos EUA são os mais novos da MSC Cruzeiros e de categorias bem parecidas. A grande diferença irá começar a partir de abril com a estreia do MSC World America na região com roteiros a partir de Miami. Isso porque ele é o segundo da maior classe de embarcações da MSC Cruzeiros, a World.
Embarcar nos portos dos EUA também é um pouco mais confortável porque todos os terminais têm ótima infraestrutura, são climatizados e têm ligação direta entre o terminal e os navios. O porto da Martinica é mais simples, a área do check-in é relativamente pequena e, apesar de coberta, é aberta. Existem algumas lojas e, depois, o hóspede caminha ao ar livre até o navio, assim como no Brasil.
O MSC Seascape tem roteiros a partir de três noites pelo Caribe – Crédito: Sylvia Barreto
Percebo um pouco de diferença na gastronomia nos restaurantes inclusos para todos. Os restaurantes à la carte têm o mesmo padrão independente do itinerário. É comum que cardápios variem de acordo com a região para atender diferentes demandas. Como nos Estados Unidos o público tem outros hábitos, percebo opções diferentes e mais refinadas em relação ao cardápio do Caribe Sul.
Outro ponto relevante é o preço nas lojas. Os navios com embarque nos EUA precisam competir com os valores do mercado local. Veja só, uma pessoa que mora nos EUA não vai querer comprar uma bolsa dentro do navio que ela acha com valor igual ou menor fora, portanto, as promoções são mais agressivas, o que é ótimo para o brasileiro.
Nos países caribenhos os produtos não são, no geral, tão baratos como nos EUA. Sendo assim, dentro do navio, os valores não precisam ser tão baixos para competir com o mercado externo. Portanto, acho valores muito similares aos praticados tanto em terra firme como nos cruzeiros pelo Brasil. Compensa mesmo comprar só se houver promoções incríveis ou produtos da própria MSC Cruzeiros, que não achamos fora das embarcações.
Vista da saída de Miami, uma das opções de embarque na Flórida – Crédito: Sylvia Barreto
Outro ponto é que o cruzeiro Caribe Sul e Antilhas não para na ilha privativa da MSC Cruzeiros, a Ocean Cay, pelo menos até a temporada já anunciada, a 2025/2026 e nas anteriores. Ou seja, se quiser conhecê-la, precisará fazer um roteiro com saída dos EUA.
Se você tem visto para os EUA e pode fazer os dois tipos de cruzeiros, sugiro que aproveite as vantagens de cada um ou escolha de acordo com as suas prioridades do momento. Por exemplo, se você quer combinar cruzeiro com mais alguns dias em destinos em terra firme antes ou depois do navio, o melhor é escolher um com embarque nos EUA. Quer fazer apenas seu cruzeiro e voltar? Pode optar tanto por aqueles com embarque nos EUA como pelo Caribe Sul.
Os roteiros que fiz pelo Caribe sem visto até hoje – com a MSC Cruzeiros e outra companhia que não existe mais – estão no topo da minha lista de itinerários mais bonitos. Porém, as saídas dos EUA também têm várias vantagens que mencionei acima e é um mercado muito mais competitivo, portanto, as empresas se esforçam ao máximo para agradar.
Porto da Martinica – Crédito: Sylvia Barreto
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A repórter viajou a convite da MSC Cruzeiros
Tags: cruzeiro no Caribe , MSC Virtuosa , Caribe sem visto , msc cruzeiros ,
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Boa noite! Existem festas temáticas? É necessário levar algum traje específico? Adorei o conteúdo! Obrigada!