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Como serão as viagens de avião nos próximos meses?

Já comprou uma dúzia de máscaras de pano? Bom, se ainda não tem as suas, além do uso já ser obrigatório em diversas cidades, irá precisar delas se pretende viajar de avião pelos próximos meses (e por tempo indeterminado).

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA – International Air Transport Association) lançou uma série de recomendações para os voos e a cobertura facial para passageiros, além do uso de máscara para membros da tripulação a bordo dos aviões, é destacada como essencial nas viagens aéreas.

Companhias brasileiras e internacionais retomam, pouco a pouco, seus voos. Mas nada é como antes, todas estão adotando novas medidas para impedir a disseminação de covid-19 dentro dos voos.

Para a companhia aérea Azul, a previsão de uma malha aérea semelhante àquela de antes da pandemia ainda deve demorar um pouco. “Acreditamos que deverá ser gradual, mês a mês, até talvez chegar a uma malha aérea completa, provavelmente em dezembro”, explica Marcelo Bento Ribeiro, diretor de relações institucionais da Azul.

A IATA recomenda uma série de medidas para voos seguros. Na foto, avião da Delta – Crédito: Divulgação

Com a retomada dos voos, várias companhias aéreas, como a Azul, exigem o uso de máscaras pelos passageiros e também pelos tripulantes. Porém, as empresas estão fazendo muito mais para tornarem os momentos nos aeroportos e aviões realmente seguros do ponto de vista de transmissão do vírus.

É claro que, além das empresas, os passageiros terão que se adequar à nova realidade. Uso de máscaras, álcool gel, check-in, remarcações e preços, além de outras preocupações, tomam conta da cabeça dos viajantes que planejam viajar em um futuro próximo.

Para ter uma ideia de como esse período será, o Viajar é Simples reuniu informações de várias companhias aéreas nacionais e internacionais, além das diretrizes e estudos da IATA, para que você se prepare bem para seu próximo voo e não deixe de sonhar em viajar.

Da máscara ao teste para o covid-19 antes do embarque

No seu próximo voo, começará a notar as diferenças a partir da fila do check-in, se precisar passar por ela. As companhias aéreas também têm adotados medidas simples antes e durante o embarque.

A Gol utiliza técnicas de distanciamento social, como o desligamento de totens e adesivos para demarcar a distância mínima durante o processo de embarque e a bordo e o fechamento das salas vips dos aeroportos.

Companhia aérea dos Emirados Árabes, a Emirates tomou medidas semelhantes, como marcadores de distanciamento físico no chão e nas áreas de espera do Aeroporto de Dubai para ajudar os viajantes a manter a distância necessária durante os procedimentos de check-in e embarque.

A Azul foi a primeira companhia aérea brasileira a adotar máscaras para tripulantes e clientes – Crédito: Divulgação

A Delta, por exemplo, optou pelo processo de embarque back-to-front (do fundo para a frente da aeronave) para incentivar o distanciamento social e reduzir a necessidade dos clientes terem de passar uns pelos outros para alcançar seu assento. A medida fica em vigor até 31 de maio e poderão ser ajustadas ou ampliadas dependendo dos desdobramentos da covid-19.

A Air France e a KLM implantaram o distanciamento físico ao longo da jornada do cliente no aeroporto e a instalação de telas de proteção de acrílico nos aeroportos sempre que possível.

As maiores companhias aéreas brasileiras – Azul, Gol e Latam – adotaram o uso obrigatório de máscaras para passageiros no embarque e voo ou anunciaram que o item passará a ser obrigatório a bordo pelos clientes nos próximos dias.

A Azul foi a primeira no Brasil a tornar o uso de máscaras obrigatório em seus voos. “Além disso, disponibilizamos álcool em gel e o reforçamos a limpeza dos aviões”, completa o diretor de relações institucionais da Azul.

Serviço de bordo – As companhias também têm feito mudanças em seu serviço de bordo. A Gol, por exemplo, eliminou o serviço de cabine.

A Delta optou por simplificar o serviço de alimentos e bebidas de todos os voos dentro dos Estados Unidos e os internacionais. A Emirates passou a fornecer caixas fechadas (estilo bentô) com sanduíches, bebidas, petiscos e sobremesas para minimizar o contato.

A KLM e a Air France também adaptaram o serviço de bordo para limitar a interação entre clientes e tripulantes. Nos voos domésticos e voos curtos na Europa, os serviços de refeições e bebidas foram suspensos. Em voos de longa distância, o serviço de cabine é limitado e a preferência é dada aos produtos embalados individualmente.

Air France e KLM limitaram serviço de bordo para restringir contágio – Crédito: Divulgação

Higiene e temperatura corporal – A Air Canada, por sua vez, lançou um programa de segurança pessoal chamada Air Canadá CleanCare+. Trata-se de uma série de medidas para reduzir a transmissão de covid-19. Os clientes começam, por exemplo, a receber kits de limpeza e higiene das mãos.

A companhia canadense também passa a adotar medidas mais rígidas, como verificação de temperatura por infravermelho em todos os aeroportos sendo a primeira companhia aérea nas Américas a anunciar esse tipo de providência em todo o sistema. O procedimento complementa o questionário de saúde exigido pelo governo, que atualmente é preenchido por todos os viajantes para determinar suas condições para voar.

Clientes da Air Canada que não são considerados aptos para viajar passam a ter suas reservas remarcadas gratuitamente, mas o novo embarque só é possível com uma autorização médica que deverá ser apresentada antes da viagem. Todas as medidas devem ser implantadas até 30 de junho.

No Aeroporto de Dubai, a Emirates tem medidores térmicos que monitoram a temperatura de todos os passageiros e funcionários que entram no aeroporto. Além disso, em abril, a companhia fez teste de covid-19 em passageiros em um voo de Dubai para Tunísia antes do embarque.

O teste rápido tem resultado em dez minutos. A Emirates afirma que está trabalhando para ampliar o serviço e realizar testes em outros voos para países que possam exigir certificado de teste de covid-19.

Emirates realizou testes rápidos de covid-19 no embarque de voo que ia de Dubai para Tunísia – Crédito: Divulgação

Leitura e bagagem – E, na Emirates, se você sentir falta daquela boa revista de bordo, a falta dela é mais um procedimento de segurança. Para reduzir a disseminação do vírus pelo toque, todos materiais de leitura impressos estão temporariamente indisponíveis.

Para completar, a companhia dos Emirados Árabes não aceita bagagens de cabine nos voos temporariamente. As bagagens de mão permitidas na cabine estão limitadas a notebook, bolsa, maleta de mão ou itens de bebê. Todos os outros itens precisam ser despachados e a Emirates adicionará a tarifa de bagagem de cabine à franquia de bagagem do cliente.

Bloqueio de assentos

A IATA não recomenda restringir o uso do “assento do meio” ou de outras poltronas para criar distanciamento social a bordo da aeronave. De acordo com o órgão, as evidências, embora limitadas, sugerem que o risco de transmissão de vírus a bordo de aeronaves é baixo, mesmo sem medidas especiais.

Para a IATA, a implantação de medidas de distanciamento social nos aviões mudaria significativamente a economia da aviação, reduzindo a taxa de ocupação máxima para 62%, que está bem abaixo da taxa de ocupação mínima de 77% para que as companhias aéreas não tenham prejuízo.

Com menos assentos para vender, os custos unitários aumentariam muito. Em relação a 2019, as tarifas aéreas precisariam aumentar consideravelmente – entre 43% e 54%, dependendo da região – apenas para cobrir os custos.

“As companhias aéreas estão lutando para sobreviver, então manter o assento do meio vago aumentará os custos. Se isso puder ser compensado com tarifas mais altas, as viagens deixarão de ser acessíveis. Por outro lado, se não puderem neutralizar os custos com tarifas mais altas, as companhias aéreas irão à falência. Esta também não é uma boa opção quando o mundo precisará de uma forte conectividade para ajudar na recuperação econômica causada pela covid-19”, afirma Alexandre de Juniac, diretor geral e CEO da IATA.

A Air Canada tem bloqueado assentos na classe econômica para evitar transmissão de covid-19 – Crédito: Divulgação

A Azul concorda com o órgão. “O bloqueio de assentos torna a operação absolutamente inviável, além de não ser efetivo criar uma separação de 50cm entre uma pessoa e outra. Há uma discussão em curso sobre medidas de distribuição de passageiros para endereçar situações específicas, como isolar uma pessoa que comece a se sentir mal durante o voo”, completa Ribeiro.

Na contramão da orientação da IATA, algumas companhias aéreas internacionais estão bloqueando seus assentos. A Delta, por exemplo, segue com poltronas do meio sem uso na Main Cabin (classe econômica), Delta Comfort+ e Delta Premium Select em todos os voos pelo menos até 31 de maio.

De acordo com a Delta, a operação segura de uma aeronave requer uma distribuição equilibrada de peso dentro da cabine. Para atender a essa necessidade, bem como ao desejo dos clientes de praticar o distanciamento social, os passageiros precisam estar sentados na mesma classe de serviço e em até três linhas (na frente ou atrás) do assento designado.

Outra companhia que prefere aplicar o distanciamento social é a Air Canada. Para oferecer mais espaço pessoal na classe econômica de suas aeronaves, a empresa passa a bloquear automaticamente a venda de assentos adjacentes e limita o número total de assentos vendidos para cada voo.

A Emirates usa um método parecido. Os assentos são predefinidos de forma a manter poltronas vagas entre passageiros individuais ou grupos de famílias, em conformidade com os protocolos de distanciamento físico.

Limpeza

Limpeza da cabine mais frequente e reforçada é outra medida que a IATA classifica como de extrema importância. A Azul, assim como as outras grandes companhias aéreas brasileiras, já reforçou a dela.

“Vale lembrar que os filtros de ar das aeronaves são extremamente eficientes para garantir um ar a bordo de qualidade superior a outros lugares fechados em terra”, relata o diretor de relações institucionais da Azul.

Isso acontece porque, atualmente, os aviões mais modernos estão equipados com filtros “High Efficiency Particulate Air”‘ ou HEPA, idênticos aos usados nas salas de operações de hospitais. Todas as aeronaves da Air France e KLM, por exemplo, têm esse filtro.

Essa tecnologia permite renovar o ar da cabine a cada três minutos e extrai mais de 99,99% dos menores vírus, sendo assim, os do tipo coronavírus, como o que causa a covid-19, são filtrados por ele.

Para reforçar a limpeza, a Air France e a KLM fizeram a introdução de um procedimento específico de desinfecção periódica, a cada dez dias, por pulverição de um produto para de eliminação de vírus. Air Canada, por sua vez, adotou desinfetante de padrão hospitalar.

Tecnologia para reduzir a transmissão

Além de contar com modernidade dos aviões e seus filtros de ar para combater a covid-19, as companhias têm usado a tecnologia como uma aliada em vários momentos da jornada do cliente. “Com ela, temos disponibilizado tablets em alguns aeroportos para agilizar os processos de check-in, e, ao mesmo tempo, temos incentivado nossos passageiros a fazer o check-in pelo app ou utilizá-lo para tirar suas dúvidas. Tudo isso evita aglomerações em filas no check-in e o contato com muitas pessoas”, explica o diretor de relações institucionais da Azul.

A Air Canada adaptou seus procedimentos de check-in. Isso inclui o check-in on-line, por meio do autoatendimento, e os quiosques de aeroportos para as plataformas de requisitos de entrada exigidos pelo governo – o questionário de saúde obrigatório e outras informações relevantes.

A Latam, por sua vez, dispõe de terminais de autoatendimento em todos os aeroportos de sua operação, oferecendo ao cliente uma opção de atendimento sem a necessidade de passar pelo balcão de check-in. Em alguns aeroportos, como Guarulhos e Brasília, há inclusive posições de autoatendimento para o despacho de bagagem.

Empresas, como a Emirates, fazem marcações no chão com adesivo para clientes ficarem distantes em filas – Crédito: Divulgação

Reembolsos e remarcações

Nada mais compreensível do que ter medo de comprar passagens aéreas nesse momento de incertezas e perder tempo e dinheiro. Porém, para que os consumidores fiquem mais seguros, companhias aéreas do mundo todo passaram a flexibilizar suas políticas de reembolso e remarcações.

As empresas brasileiras precisam seguir as regras da Medida Provisória 925 e de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Para saber mais sobre eles e quais são os seus direitos, clique aqui para ver matéria especial sobre o tema.

Quanto às companhias aéreas internacionais, o consumidor brasileiro precisa se adequar à política de cada uma. Mas existem algumas bem generosas. A Air Canada, por exemplo, oferece alteração sem multa para remarcações até 14 dias antes da viagem para voos até 31 de março de 2021.

Os clientes da Emirates podem manter a passagem afetada por até 24 meses para compras feitas até 30 de junho de 2020, basta ligar e fazer um reagendamento. Os passageiros também têm a opção de emitirem um voucher no valor pago da reserva original o qual poderá ser trocado por qualquer produto ou serviço da companhia aérea sem taxas. Outra opção é o reembolso integral sem ônus.

A Delta lançou um programa de flexibilização para viagens que seriam concluídas até 31 de março de 2021. A companhia oferece isenção das taxas de remarcação e a flexibilidade de viajar até 30 de setembro de 2022 para clientes com voos cancelados até setembro de 2020.

Entre os clientes qualificados para os benefícios da Delta estão aqueles que: têm viagens próximas, reservadas entre agora e 30 de setembro, a partir de 17 de abril de 2020; cancelaram as viagens aéreas entre março de 2020 e setembro de 2020

E o preço das passagens aéreas para os próximos meses?

De acordo com o executivo da Azul entrevistado pelo Viajar é Simples, fazer previsões de tarifas neste momento em que há muitas incertezas é difícil. “Porém, nós acreditamos que as passagens fiquem mais baratas até estimular a demanda quando a situação começar a se normalizar”, explica Ribeiro. Segundo ele, a Azul também tem feito sucessivas promoções na comercialização dos bilhetes aéreos.

Ribeiro ainda dá uma dica. “A variação do sistema de precificação continua o mesmo. Se o cliente se programa e compra com antecedência e fora dos dias e horários mais concorridos, naturalmente ele encontrará uma tarifa atraente”, completa. Ou seja, nessa visão, caso possa se programar agora para viagens no primeiro semestre de 2021, as chances de conseguir um bom preço são maiores.

Dica da Azul é comprar passagens com antecedência – Crédito: Divulgação

Programas de fidelidade

As companhias aéreas também têm feito algumas mudanças em seus programas de fidelidade, já que os clientes não estão viajando com a freqüência habitual.
A Azul, por exemplo, postergou a expiração de pontos que venceriam em abril e maio no programa de fidelidade da companhia, o Tudoazul. Também garantiu a manutenção dos passageiros na categoria em que eles estão hoje no programa até o fim de 2021.

Air Canada anunciou várias atualizações para os membros do programa Aeroplan. Os status estão garantidos até que eles possam voltar a voar. As mudanças incluem a extensão do status atual até o final de 2021.

Além disso, a empresa passou a permitir que os associados ao Aeroplan compartilhem qualquer status alcançado em 2020 com uma pessoa querida. A Air Canada está oferecendo também novas oportunidades para quem quiser se qualificar para o status Altitude e ganhar milhas Aeroplan em casa.

A Emirates, que oferece o programa de fidelidade Skywards estendeu validade das milhas que expiram em breve até 31 de dezembro de 2020. Além disso, flexibilizou as políticas para que os clientes possam manter seus status de categorias com mais facilidade.

Será seguro viajar de avião?

De acordo com a IATA, é necessário seguir algumas regras temporariamente para que os voos sejam seguros. Elas já foram mencionadas neste texto, mas vamos relembrar e resumir quais são:

– Medição da temperatura de passageiros, funcionários do aeroporto e viajantes;
– Processos de embarque e desembarque com contato reduzido com outros passageiros ou tripulação;
– Movimentação limitada na cabine durante o voo;
– Limpeza da cabine mais frequente e reforçada;
-Procedimentos simplificados dos serviços de alimentação para reduzir a movimentação da tripulação e as interações com os passageiros.

De acordo com a IATA, as chances de contágio em voos são pequenas – Crédito: Divulgação Delta

Como vimos ao longo deste texto, pelo menos a maioria das orientações têm sido implantadas nas companhias aéreas.  Para completar, de acordo com o órgão, as evidências, embora limitadas, sugerem que o risco de transmissão de vírus a bordo de aeronaves é baixo, mesmo sem medidas especiais.

Um estudo de rastreamento de contato que analisou um voo da China para o Canadá com um passageiro com sintomas da covid-19 não revelou transmissão a bordo.

Outro estudo, dessa vez de rastreamento de contato, analisou um voo entre a China e os Estados Unidos com 12 passageiros com sintomas da covid-19 e não revelou transmissão a bordo.

A comunicação com as companhias aéreas membros da IATA indica resultados semelhantes. O órgão fez uma pesquisa informal da IATA com 18 companhias aéreas de grande porte entre janeiro e março de 2020. Nela, identificou apenas três episódios de suspeita de transmissão da covid-19 a bordo de aeronaves, todos de passageiros para a tripulação.

Outros quatro episódios foram relatos de transmissão aparente de piloto para piloto, que podem ter sido durante o voo ou antes/depois (incluindo escala do voo). Não houve casos de suspeita de transmissão de passageiro para passageiro.

Uma análise mais detalhada da IATA do rastreamento de contato de 1.100 passageiros (também durante o período de janeiro a março de 2020) que tiveram covid-19 confirmada após viagens aéreas não revelou transmissão secundária entre os mais de 100 mil passageiros nos mesmos voos. Apenas dois possíveis casos foram encontrados entre os membros da tripulação.

Por que essa suposta baixa transmissão nos voos? Várias razões explicam por que a covid-19, transmitida principalmente por gotículas respiratórias, não causou mais transmissão a bordo e porque as viagens aéreas são diferentes de outros modos de transporte público:

– O passageiro normalmente olha para frente, com interações face a face limitadas;
– Os assentos agem como uma barreira à transmissão para frente ou para trás na cabine;
-O fluxo de ar que sai do teto para o chão reduz ainda mais a possibilidade de transmissão para frente ou para trás na cabine; além disso, as taxas de fluxo de ar são altas e não favorecem a propagação de gotículas como em outros ambientes internos.
– Os filtros do tipo HEPA das aeronaves modernas limpam o ar da cabine, mantendo a qualidade de uma sala de cirurgia de um hospital, além dos altos níveis de circulação de ar fresco.

E, você, depois de todas essas explicações se sente seguro para comprar sua próxima passagem aérea? Conta aqui nos comentários e aproveite para tirar suas dúvidas. Ah, não se esqueça de colocar na bolsa muitas máscaras e álcool em gel na hora que, finalmente, fizer uma viagem de avião de novo.