Na tarde de hoje (22/03), será homologado o acordo entre a União e o Estado de Pernambuco para gestão compartilhada do arquipélago de Fernando de Noronha (PE).  Dentre outras regras, o acordo determina que o número de turistas no local não poderá passar de 132 mil por ano, sendo 11 mil por mês.

A Associação das Pousadas de Fernando de Noronha, que reúne 32 empreendimentos em funcionamento regular no arquipélago, reconhece que acordo é importante para um futuro mais promissor, no que diz respeito à sustentabilidade, preservação do ecossistema único de Fernando de Noronha e do equilíbrio socioeconômico da ilha. Porém, a Associação chama a atenção para o fato da sazonalidade do destino turístico por conta das temporadas altas e baixar e reitera que o acordo não prevê isso, sendo que todos os meses têm o mesmo número máximo de turistas.

Segundo a Associação, embora 132 mil pessoas no total é um número bom anualmente, 11 mil por mês não traduz a realidade da ilha ou mesmo da atividade turística em todos os meses. Além disso, pede ainda que seja considerado outro ponto: a finalidade da visita.  Servidores e profissionais de áreas diversas não vão para fazer turismo, porém, é comum a entrada de profissionais a serviço das próprias pousadas, que devido ao caráter emergencial do trabalho prestado – o que inviabiliza o tempo hábil para o pedido de dispensa da taxa ambiental – entram na ilha pagando a TPA como se turistas fossem.

Esses trabalhadores, ficam poucos dias na ilha e não movimentam a economia como um visitante a lazer. Isso é facilmente verificado pela diferença entre o número de turistas que ingressam na ilha e quantos de fato visitam o Parque Nacional. Por essas razões, a Associação das Pousadas de Fernando de Noronha solicita ao Governo de Pernambuco que tais questionamentos sejam levados em consideração .